Alberto, o personagem principal, viu – se na Amazónia como exilado político na sequência da revolta fracassada de Monsanto em 1919, dos monárquicos contra o nascente regime republicano em Portugal.
Ao chegar ao Brasil, acolheu – se à protecção de um tio que já lá estava. A breve trecho, este cansou – se de o sustentar e o moço foi forçado a ir trabalhar como seringueiro. A adaptação foi difícil. Moço de estudos, sentia – se superior aos que o rodeavam, e esperava ser tratado com alguma consideração. Evidentemente que tal não aconteceu. Passou anos muito penosos. Para além do trabalho em si, havia risco de vida devido a possíveis ataques de índios, que consideravam os exploradores como intrusos das suas terras ancestrais, e não lhes perdoavam.
Um golpe de sorte retirou – o do trabalho de campo, para o escritório. O trabalho era mais leve e de acordo com aquilo que sabia; mas continuava a sentir – se prisioneiro, e só desejava sair dali.
Entretanto, recebeu notícias de amnistia política, pelo que poderia retornar a Portugal. Sendo impossível juntar dinheiro para o regresso, tanto mais que continuava com dívidas, pediu ajuda à mãe que lha enviou. O romance termina com a fuga de alguns seringueiros, a sua captura e entrega ao “dono” por outros seringueiros; o castigo cruel imposto pelo “dono” e executado por um dos seus homens de mão. O final é dramático.
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