Publicado 75 anos atrás, A revolução dos bichos mantém em sua narrativa alegórica uma reflexão fundamental para os nossos tempos. No entanto, a correlação com os fatos que inspiraram o autor a escrevê-la quase sempre foi omitida. Aqui apresentamos a obra como ela, de fato, é: uma crítica contundente a Revolução Russa, ao socialismo real que foi posto em prática e a figuras como Marx, Lenin e Trotsky. Sátira política devastadora e fábula moral espirituosa, na tradição de Esopo, La Fontaine, Swift e Voltaire, narra a rebelião dos animais de uma granja contra o dono da propriedade, em busca de uma vida melhor. Porém, não muito tempo depois, os elevados ideais de liberdade, justiça e igualdade são traídos e um novo regime de opressão substitui a tirania anterior. “Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que os outros” passa a ser o único mandamento em vigor e condensa em poucas palavras como o poder corrompe até mesmo as causas mais nobres. Em A revolução dos bichos, Orwell, espírito independente e radical nato, desencantado com os descaminhos da Revolução Russa de 1917, satiriza, por meio de uma fábula, o totalitarismo do regime stalinista, feito de mentiras, traições e terror.
Ficção / Fábula / Política / Sociologia
A Revolução dos Bichos, escrito na época da Segunda Guerra Mundial, ataca de forma alegórica o modelo soviético sob a ditadura de Stalin. Dessa maneira, cria-se um retrato muito fiel, por meio dos bichos, do que ocorre de fato na tentativa de implantar o comunismo. Um leitor distraído pode pensar que se trata de um livro infantil e de fato, a engenhosidade de George Orwell é tamanha que, além de ser uma denúncia do que ocorre na União Soviética, ta... leia mais