"Jane Eyre", publicada pela primeira vez em 1847, atraiu de imediato a atenção do público da época e dividiu a crítica. Habituada às heroínas de Jane Austen, que pareciam conhecer exactamente o seu lugar na sociedade, a sociedade britânica sentiu-se desconfortável com o personagem feminino criado por Charlotte Brontë: embora as ações de Jane observem o código convencional de comportamento feminino, deixam transparecer também uma poderosa declaração de independência das mulheres.
A Paixão de Jane Eyre é a história de uma órfã que vive com a sua desagradável tia e os seus nada atractivos primos. Mais tarde, colocada num asilo, Jane começa a desenvolver um espírito independente para a época e aprende que a melhor maneira de manter o respeito próprio na adversidade é manter o autocontrole. Esta aprendizagem servir-lhe-á para toda a vida e permite-lhe repudiar noivos, ser auto-suficiente, mudar de identidade e encontrar um seu igual ao nível intelectual e da paixão sexual.
[Sobre a Autora]: Escritora inglesa, nascida em 1816, em Thornton (Yorkshire), e falecida em 1855, filha de um pastor anglicano, perdeu a mãe em 1821, ficando confiada aos cuidados de uma tia materna. Em 1842, foi estudar, juntamente com a irmã Emily, para Bruxelas, onde mais tarde exerceu a função de professora. Em 1846, publicou, com Emily e Anne, o volume de versos Poems by Currer, Ellis, and Acton Bell, vindo o primeiro romance que escreveu, The Professor, a ser publicado postumamente, em 1857. Publicou igualmente os famosos romances Jane Eyre (1847), Shirley (1849) e Villette (1853).
Literatura Estrangeira / Ficção