A história do amor de Domingos e Maria Teodora e da Revolução de 1817
Cinco anos antes do Sete de Setembro os brasileiros, pela primeira vez, tiveram governo próprio, constituição, bandeira, exército, marinha, embaixador no exterior, e fizeram valer os princípios da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamados recentemente na França. Das Alagoas ao Ceará, a gente do povo se pôs em pé de igualdade com os poderosos, foi anunciado o fim da escravidão, e chegou-se a planejar o resgate de Napoleão dos rochedos de Santa Helena.
No meio desse torvelinho, a paixão de Domingos José Martins e Maria Teodora da Costa, até então proibida, pôde, enfim, se concretizar. O casamento deles foi talvez o mais importante que já houve no País, do ponto de vista político, e com certeza o mais comemorado pelo povo, embora tenha sido breve e acabado de forma violenta, juntamente com os novos tempos que anunciava.
A repressão foi terrível. E, além de fazer milhares de vitimas, também cuidou, ao longo do tempo, de apagar da memória popular as lembranças dos revolucionários de 1817. Mas elas são recuperadas por este admirável romance, onde tudo que é narrado de fato aconteceu.
Premiado nos concursos da Prefeitura do Recife (SIC) e do Governo do Estado (Funcultura), e lançado no Brasil e em Portugal, em 2007, esta obra também influenciou na criação de duas datas no calendário oficial de Pernambuco: o dois de abril, Dia da Bandeira, por decreto do Governo do Estado; e o seis de março, a Data Magna estadual, por iniciativa da Assembleia Legislativa.
Paulo Santos de Oliveira, jornalista, escreveu também O General das Massas, que narra a trajetória de José Inácio de Abreu e Limaao lado de Simón Bolívar; fez uma versão atualizada e comentada de A Guerra dos Mascates, de José de Alencar, cujo tema é a insurreição pernambucana de 1710; e é coautor da Série Pernambuco Libertário.
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