Nenhuma vítima de injustiça foi mais inocente que o Filho imaculado de Deus. E, contudo, ninguém jamais sofreu agonia maior que ele sofreu. Ele foi executado cruelmente por homens que abertamente reconheceram a sua irrepreensibilidade. Não obstante, ao mesmo tempo, Barrabás, um insurrecionista assassino e ladrão, foi sumariamente libertado. Foi a maior imitação burlesca de justiça que o mundo jamais testemunhará. É fácil contemplar a cruz e concluir que essa foi a pior falha de justiça humana na história do mundo. E foi. Foi um ato cruel, perpetrado pelas mãos de homens ímpios. Mas essa não é a toda a história. A crucificação de Cristo também foi o maior ato de justiça divina já executado. Ela aconteceu de acordo com o “determinado desígnio e presciência de Deus” (At 2.23) — e para o mais alto dos propósitos: a morte de Cristo garantiu a salvação de um número incontável e abriu o caminho para Deus perdoar.
Religião e Espiritualidade