Surpreendente por seu "extraordinário brilhantismo caleidoscópico", como classificou o The Boston Globe, A Morte de Che Guevara é uma exploração ficcional incisiva da vida, obra e morte de "El Che", o líder guerrilheiro de imenso carisma, nascido na Argentina, que desempenhou papel tão decisivo na Revolução cubana e em outras através do chamado Terceiro Mundo.
Com uma brilhante combinação de cartas, um poema uma entrevista, uma peça, um roteiro e vários diários, Jay Cantor conjura uma biografia subjetiva totalmente convincente da figura central da Revolução cubana e uma das personalidades mais carismáticas deste século.
A primeira metade do livro trata da juventude de Guevara na Argentina, sua fascinação por Gandhi e o envolvimento eventual na violenta luta revolucionária na Guatemala e em Cuba. Em 1965, Guevara, desiludido com Fidel Castro - a quem encara agora como charlatão e fracassado -, decide deixar Cuba e juntar-se a outras lutas de libertação que estavam sendo empreendidas em outras parte do mundo.
A segunda metade do livro relata a condenada tentativa de "criar um outro Vietnam" na Bolívia, ajudado pela misteriosa "Tânia" e por Regis Debray. Já no final da obra, há um episódio comovente em que Guevara e "Tânia", já casados e confortavelmente instalados em Miami, assistem, uma noite, a um filme sobre a destruição de um pequeno grupo guerrilheiro pelas forças bolivianas.
Romance intelectualmente fascinante, A Morte de Che Guevara delineia da maneira mais interessante o desenvolvimento ficcional da ideologia revolucionária de Che Guevara e sua luta por traduzí-la em ação.