O homem da Amazônia - seus valores, suas verdades, suas angústias, seu universo - é a matéria de Peregrino Júnior, que através de "A Mata Submersa" nos transporta à alma dos seringais, "refúgio de crimes, de desgostos, de tristezas, de arrependimentos, de misérias de toda ordem", e onde "a solidão e a escravidão criavam afinal para todos a fraternidade melancólica de um destino comum".
[Sobre o Autor]: João Peregrino da Rocha Fagundes Júnior, nascido em Natal, RN em 1898, passou a juventude em Belém do Pará, onde conheceu de perto a vida amazônica, tema de seus contos, e onde iniciou o curso de medicina que concluiu no Rio. Jornalista desde a adolescência, fazendo pequenos jornais manuscritos na escola, logo passou a trabalhar na imprensa do Pará e, depois, no Rio de Janeiro, foi redator de diversos jornais e colaborou em revistas literárias e, já médico, em publicações científicas, inclusive estrangeiras. Formado, dedicou-se à clínica e ao magistério. Embora já vivesse no Rio quando do movimento modernista, não participou dele efetivamente, mas o acompanhou com simpatia desde sua coluna em "O Jornal". Procurou dar um sentido de modernidade ao gênero a que se filia sua obra, servindo-se dos preceitos do modernismo para renovar o regionalismo. O comedimento da linguagem e o enfoque realista dos seus contos amazônicos são uma reação contra o "gigantismo" costumeiro em autores do gênero, até aquele tempo, como Euclides da Cunha e outros. A partir do seu segundo livro, o regional em Peregrino Júnior atinge o universal através da harmonia entre o documental e o ficcional, alguns contos sendo pequenas obras-primas de criação literária sobre os dramas amazônicos. Ingressou na Academia Brasileira de Letras, que presidiu várias vezes. Além de contos, sua bibliografia inclui crônicas, ensaios e obras médicas.
Aventura / Comunicação / Contos / Crônicas / Drama / Ficção / Geografia / História do Brasil / Literatura Brasileira / Suspense e Mistério