Carolina Pombo é mãe de Laura. Formada em Psicologia com mestrado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, no Rio de Janeiro, vive atualmente na França, onde é doutoranda bolsista na École des Hautes Études en Sciences Sociales, pelo programa Erasmus Mundus Dynamics of Health and Welfare. Durante o ano de 2012, Carolina estudou na Universidade de Évora, na Escola Nacional de Saúde Pública de Lisboa e também na Linköping University e atualmente conduz uma pesquisa comparativa sobre o bem-estar de mães portuguesas, francesas e suecas. Ao passar, em carne e osso, pelo “vale da maternidade”, como ela própria diz, Carolina descobriu que o tempo é um definidor da maternidade e a imensa transitoriedade desta. Suas reflexões estão reunidas em A mãe e o tempo: ensaio da maternidade transitória.
Carolina se define como uma feminista brasileira na Europa e define sua obra como um manifesto pessoal e um exercício intelectual sobre a Mãe e a maternidade real. Para gerar o livro, ela mergulhou em pesquisas e na sua experiência como mãe. De acordo com a autora, a maternidade é um rótulo ambíguo. De um lado, estão os paradigmas da figura da mãe construídos pela sociedade ao longo do tempo. Do outro, a maternidade como pedra no sapato de quem decide ser mãe, de quem produz políticas públicas para as mulheres e de quem milita no Feminismo.
Segundo Carolina, o objetivo de sua pesquisa e ativismo é contribuir para que outras mães encontrem seu caminho além das paredes de um consultório e de um olhar psicanalítico. “Precisamos ouvir umas às outras. Nossas realidades como mães são diversas e nossas vozes são diferentes, mas podemos criar empatia, laços de solidariedade”, conclui ela. Porque, como diz Carolina, a maternidade é transitória.