Publicado pela primeira vez em português, 35 anos depois de sua edição original, A invenção da cultura, de Roy Wagner, é provavelmente o livro mais esperado pelo meio antropológico brasileiro nos últimos anos. Um divisor de águas, radicaliza uma reflexão sobre o polêmico conceito de cultura em antropologia - a partir da consideração dos modos de conceitualização nativos, ela reformula a própria disciplina antropológica, fazendo-a pensar sobre si mesma. Para Wagner, não se trata de entender o que outros povos produzem como "cultura" a partir de um dado universal (a "natureza"), mas antes, o que é concebido como dado, e portanto como cultura, por outras populações.
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