O título da obra já demonstra a coragem do autor: “A indústria da Justiça do Trabalho — a cultura da extorsão”. Advogados e juízes parecem ter, há muito tempo, perdido a noção, em primeiro lugar, das origens do Direito do Trabalho e do seu braço judiciário no Brasil e, em segundo lugar, dos seus efeitos nefastos para com os interesses dos próprios trabalhadores. O autor descreve com precisão o calvário que significa o judiciário trabalhista para os pequenos e médios empresários, que, muitas vezes, chegam diante dos juízes tão “míseros” quanto os reclamantes. As armadilhas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e das leis processuais colocam todos os empregadores em situação de flagrante desvantagem perante os empregados, desprezando solenemente o princípio da igualdade, “assegurado” pela Constituição Federal de 1988.