"A INDIFERENÇA É MORRER COM A SOLIDÃO AOS PÉS DA CAMA é um relato doloroso, sofrido, impiedoso, mas, também, terno, afável, resignado de um velho que morre na mais solitária das indiferenças na companhia de um tumor, o único que não o abandona até ao fim, quando os vizinhos que não suportam os maus cheiros, dele dão conta.
A solidão, o abandono, a indiferença, a hipocrisia, o egoísmo, o desinteresse, a penúria de sentimentos, a falsidade são as cores a preto com que o autor pinta o retrato deste velho, (de todos nós), que morre agarrado à esperança de não lhe queimaram a memória, único património que lhe resta e quer levar consigo."
Ficção