A Frente Oriental (Coleção General Benício)

Ignorada e pouco estudada, a Frente Oriental desempenhou um papel decisivo no desfecho da Primeira Guerra Mundial. Max Schiavon sugere revisitar a Grande Guerra nos Bálcãs. De abril de 1915 ao final de 1918, os exércitos Aliados do Oriente (britânicos, franceses, italianos, sérvios, russos e depois gregos) enfrentaram as tropas turcas, austro-húngaras, alemãs e búlgaras em condições terríveis.

No auge da batalha, quase 600.000 homens de ambos os lados se enfrentaram. Os desembarques e combates dos Dardanelos, em Gallipoli, começaram em abril de 1915, com o objetivo de tomar Constantinopla. Decepcionantes, sangrentos, vão durar nove meses, ao final dos quais os Aliados percebem a dimensão do desastre e o fracasso da operação. Então, por dois anos, as tensões entre os Aliados, a falta de tropas e a complexidade da situação se combinaram e resultaram, apesar de algumas operações, em uma neutralização virtual da frente de Salônica. Centenas de milhares de homens estão ali imobilizados, muitas vezes na inércia e na dor, porque longe de terem vivido uma expedição exótica, os soldados do Oriente também conheceram ali sofrimentos terríveis. Foi só no final de 1917 que o general Guillaumat, nomeado chefe dos exércitos aliados, corrigiu a situação e permitiu que seu sucessor, o general Franchet d'Esperey, tivesse uma força poderosa e eficaz. Este último, graças ao seu talento estrategista e à sua audácia, conduzirá à vitória os exércitos Aliados do Oriente, imporá armistícios à Bulgária e à Turquia, acelerando assim o fim da Primeira Guerra Mundial.

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