Entre os europeus que se estabeleceram no Brasil durante os séculos 19 e 20, havia não apenas professores, artistas, engenheiros e arquitetos, mas também padeiros, confeiteiros e cozinheiros, muitos deles empreendendo no ramo da hotelaria ou se aventurando em uma invenção parisiense que tomava o mundo de assalto: o restaurante, trazendo a tiracolo seus menus, chefs, mâitres e garçons. No Recife, a influência francesa gradativamente ajudaria a moldar a sociedade local e os seus hábitos alimentares, da elite até as camadas mais humildes. Entre modernismos e estrangeirismos, a capital pernambucana passava a conviver com novas maneiras de comer e beber, em uma espécie de Belle Époque tupiniquim que envolvia jornalistas famintos por notícias, políticos comilões, banquetes espataculosos, cardápios afrancesados, culinárias idealizadas, cafés de reputação suspeita, o primeiro restaurante vegetariano do país e muito mais.
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