Tropicalismo: enfim um 'ismo' tipicamente brasileiro! Curioso e genial o título do trabalho que a poeta e professora Cristina Ramalho se propôs a apresentar em uma das seções de comunicação do Seminário "Tropicalismo: a explosão e seus estilhaços", realizado na UnB em outubro de 1977. A idéia era esta: refletir sobre manifestações culturais tipicamente brasileiras ocorridas na décadas de 1960, cujo pólo de concentração e de abertura recebeu o nome de Tropicalismo. Trinta anos depois das primeiras manifestações, a partir da obra musical letrada dos compositores-ícones do período, Caetano Veloso e Gilberto Gil, e de toda a polêmica comportametal provocada por atos, palavras e criações, não só dos músicos, como também de jornalistas, poetas, artistas plásticos, dramaturgos, cineastas e políticos que viviam e refletiam um contexto nacional conturbado (com os militares no poder, a repressão, a censura, a guerrilha e o exílio), o que é forte pulsa? Os desdobramentos ocorridos durante essas ultimas décadas - e o que contribuiu para o enriquecimento mais profundo da identidade nacional - são discutidos na presente obra.