A Família de Santo nos Candomblés Jejes-Nagôs da Bahia, publicado em edição limitada pela Universidade da Bahia, em 1977, logo se tornou um valiosíssimo item nas bibliotecas dos aficionados do Candomblé. É uma referência fundamental, não apenas pela sua contribuição importantíssima ao estudo da organização interna dos terreiros, pautada no parentesco engendrado na iniciação ritual, como, também, pelas valiosíssimas informações sobre os grandes e pequenos pais e mães-de-santo da época da pesquisa, a solidariedade e o desentendimento que o parentesco ritual ou de sangue parece produzir, e as informações sobre os heróis e heroínas fundadores dos terreiros mais preeminentes de Salvador. A discussão sobre incesto, exogamia e homossexualidade, no contexto do parentesco ritual, é primorosa e inovadora.