A "degola" do PM pelos sem-terra em Porto Alegre

A "degola" do PM pelos sem-terra em Porto Alegre Débora Franco Lerrer


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A "degola" do PM pelos sem-terra em Porto Alegre


De como a mídia fabrica e impõe uma imagem




Em "A degola" do PM pelos sem-terra em Porto Alegre – De como a mídia fabrica e impõe uma imagem, o objetivo principal é evidenciar o papel dos jornalistas na construção de uma memória ficcional sobre o conflito entre trabalhadores sem-terra e soldados da Brigada Militar no centro de Porto Alegre, em 8 de agosto de 1990, do qual resultaram a morte "por degola à foice" de um policial, o ferimento à bala de uma sem-terra, dezenas de feridos e várias condenações de sem-terra à prisão.



A pesquisa para este trabalho baseou-se na consulta dos 28 volumes dos autos do processo criminal instaurado para apurar a autoria do assassinato do soldado Valdeci de Abreu Lopes; na Edição Extra impressa pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, em agosto de 1990, conhecida como Versão dos Jornalista; em matérias de veículos da "grande" imprensa – os jornais Zero Hora e O Estado de S.Paulo e a revista Veja – e nos depoimentos de jornalistas, advogados, militantes do MST, membros da Brigada Militar e ativistas de direitos humanos.



A versão difundida pela imprensa brasileira na época é desconstruída, ao mesmo tempo em que se procura refletir sobre a ambigüidade do papel dos jornalistas nas lutas sociais – mais especificamente, na luta pela reforma agrária. Ao mesmo tempo em que foram responsáveis pela versão que ficou impressa nas páginas e na memória pública, alguns jornalistas foram os autores de sua desmontagem



Ao desconstruir a versão da mídia sobre este trauma que abalou cidadãos porto-alegrenses, este livro enquadra uma sociedade que, apesar de todas as suas lutas, continua a reproduzir um padrão de desigualdade e discriminação. Nela, grande parte da população tem seus direitos negados muitas vezes por ser simplesmente impedida de expressar seu ponto de vista, como é o caso de Elenir, a mulher baleada na Esquina Democrática, mas condenada por ser "de qualquer modo" responsável pela morte de seu provável agressor.

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17/01/2010 01:53:44

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