A CASA GRANDE DOS LENÇÓIS

A “Casa Grande dos Lençóis” foi pioneira na ocupação do território do atual município de Dom Basílio. Deste morgado sertanejo, emergem dois núcleos familiares: os d'Oliveira e os Alves Pereiras. Fundada nas primeiras décadas dos setecentos, a Casa Grande tem sua importância na dinâmica territorial, econômica e cultural do povo dombasiliense. Os nossos maiores vultos são descendentes dos Lençóis e este projeto apresenta a trajetória de vida de duas grandes pessoalidades da nossa história, no século XIX, o Major do Maranhão e o Capitão Calisto. Manoel Alves Pereira (Major do Maranhão) nasceu em 1792, vindo a falecer, com 80 anos, em 1872. Casou-se com Dona Theodora Alves d’Oliveira, herdeira direta da Casa Grande dos Lençóis, juntos construíram, nos domínios da Casa Grande, um grande latifúndio chamado Sítio do Maranhão. Ao longo de sua vida matrimonial, teve dez filhos. Recebeu a sua patente militar com a criação da Guarda Nacional na década de 30 dos oitocentos. O patriarca Manoel Alves Pereira especializou-se na criação de gado, tendo na pecuária sua principal atividade econômica. Para os afazeres domésticos e da lida com o gado, o major utilizou de mão de obra escrava. Este personagem da história dombasiliense car rega muita importância, uma vez que suas histórias fazem parte do imaginário de toda a população local. Capitão Antônio Calisto d'Oliveira, herdeiro direto da “Casa Grande dos Lençóis”, casou-se com duas mulheres ao longo de sua vida. Não conhecemos o nome da primeira, pois não foi identificada nas fontes. Em segunda núpcia, o Capitão Calisto casou-se com a Dona Lizarda Maria de Jesus. Ao longo de sua vida matrimonial, teve 14 filhos. Nasceu em 1799 e seu falecimento se deu em 1888 com 89 anos de idade. Morador dos Lençóis, sua casa de morada era na Barra do Mulato, às margens do rio Brumado. Durante sua vida, tornou-se um grande latifundiário, tendo propriedades nos territórios que, na contemporaneidade, compreendem partes dos municípios de Dom Basílio.

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