No meio da noite, Clarice recebe a notícia de que seu pai está morto. Imediatamente, ela parte para sua cidade natal, Sinimbre, o que também marca o fim do relacionamento abusivo com sua até então namorada. Tudo o que Clarice sabe é que seu pai faleceu em circunstâncias misteriosas em um dos corredores do Hotel Castro, uma antiga e lúgubre construção que pertence à sua família há dezenas de anos. Agora, enquanto a última Castro viva, o hotel pertence à ela.
Aos poucos, Clarice percebe que o local não apenas foi palco de outras dezenas de tragédias, como a própria cidade parece temê-lo. Um sentimento mórbido e vozes e visões inquietantes passam a atormentá-la desde a primeira vez em que atravessa as portas do Hotel Castro, e de algum modo todas as manifestações e descobertas a levam à Elena de Manacá, estrela da música que caiu no ostracismo. Segundo as poucas reportagens que encontra, Elena se apresentou no Hotel Castro em meados dos anos sessenta e jamais foi a mesma a partir deste ponto.
O que teria acontecido com Elena? O que o ocorrido com ela pode revelar sobre o lugar? E quanto ao pai de Clarice? Porque tantas tragédias consecutivas aconteceram e ainda acontecem no Hotel Castro? Estas são algumas das perguntas que pairam na cabeça de Clarice enquanto ela adentra um submundo relegado à memória dos poucos que sobreviveram ou enterrado com os seus mortos. Essa é uma história sobre como os maiores monstros são humanos, o peso dos laços familiares e como a impunidade e alguns horrores criam um mal tão grande que ganha vida própria.
Terror