Uma das características mais relevantes da Bíblia é o fato de ter sido escrita por homens com inspiração divina e não por anjos, tornando-se assim uma obra muito mais sublime e humana, diz Luiz Paulo Horta, um dos maiores especialistas em religião da imprensa brasileira. Reportando-se a passagens do Antigo e do Novo Testamento, o autor revela em A Bíblia: Um Diário de Leitura a atualidade dos personagens bíblicos enquanto tece reflexões sobre dilemas e sentimentos típicos do homem
contemporâneo.
Fascinantes, esses personagens dialogam com o leitor, desafiando-o a pensar e sentir para além da realidade. É exatamente esse movimento que é recriado no livro através de comentários do autor. Luiz Paulo Horta articula com maestria os textos sagrados, analisando e desmitificando a linguagem dessa coleção de livros. Mais do que interpretar as histórias pinçadas no Antigo e no Novo Testamento, ele as relaciona de modo inesperado, tornando acessíveis temas amplos que realçam as fraquezas e potencialidades do homem na vida cotidiana.
O autor ressalta ainda a vitalidade inesgotável que há neste livro-texto da civilização ocidental, desafiador, vivo. E aponta um rico conjunto de estilos literários: o gênero histórico, presente em o Livro dos Reis, o Livro de Esdras, o Livro de Neemias, o Livro dos Macabeus; os livros de sabedoria, Provérbios, Eclesiástico; os que são verdadeiros poemas, Jó, o Cântico dos Cânticos, a coleção de Salmos. Há também os Livros Proféticos e os que pretendem contar histórias edificantes, como Ruth e Tobias.
Com uma narrativa de fácil compreensão esse livro permite uma “leitura dinâmica” da Bíblia, tornando futuras leituras mais enriquecedoras.
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