Relatos, pontos cantados, palestra, verbete, diálogos: com textos variados e em linguagem simples, “A Bandeira de Oxalá” traz um pouco do cotidiano da Umbanda, suas dores e alegrias, contextualizando-a no diversificado ambiente religioso, espiritual e cultural do Brasil.
A moça que vai ao terreiro em busca de "amarração" e descobre a beleza e a responsabilidade da mediunidade; a médium de personalidade difícil que humilha os irmãos; a mãe pequena que vê na criança não apenas o futuro, mas o presente (em todos os sentidos) da religião; a beleza e o amor maternal de Oxum; a verdadeira e digna malandragem de Zé Pilintra; o retrato desmistificado dos trabalhadores Exus são alguns dos temas abordados.
Religião plural, formada a partir de diversas matrizes, embora tenha um núcleo comum de fundamentos, a Umbanda possui rituais e maneiras de trabalhar que variam de região para região, de casa para casa. Conforme o autor, levar ao mundo inteiro a bandeira de Oxalá significa compartilhar no cotidiano, nas mais diversas circunstâncias, o amor e a paz, não forçar alguém/o mundo à conversão ou ao comparecimento a giras (o que, aliás, nenhum umbandista consciente faz), nem tentar impor "a minha" Umbanda como "verdadeira". A graça da Umbanda está na diversidade. Se conjugo "a minha" Umbanda à "sua", à "dele", à "dela", juntos, teremos UmBanda.
Religião e Espiritualidade