A Aura Enfeitiçada: o fetiche como espetáculo é uma tentativa de compreensão da nova configuração que a mentalidade coletiva e a personalidade individual tendem a tomar na sociocultura informacional eletrônica integrada ao contexto do capitalismo de consumo. A cultura narcísica e o indivíduo narcísico são apontados como a origem principal do fetiche contemporâneo. A teorização que faz Antônio Muniz de Rezende no prefácio deste livro ajuda a compreender teoricamente essa relação, mas igualmente indica como o fetichismo se cntrapõe à abstração simbólica e à busca do "verdadeiro pensamento". esse texto pode ser lido na sua complexidade por psicanalistas e intelectuais da política, mas também pelos leitores de outras áreas do conhecimento. Claudio Laks Eizirik mostra a passagem que faço do livro A Parábola do Soberano, no qual a política tem um suporte esquizoparanóide para o fetiche contemporâneo, cuja base é o narcisismo. Trata-se de uma meditação sobre narcisismo<->social-ismo, em que a ira narcísica de pesoas e grupos se torna a base de todas as violências que conspiram contra a esperança de um mundo melhor. O homem contemporâneo desdenha a solidariedade comunitária empurrado para a arrogância individualista, tanto pela aversão ao outro quanto pela competição destrutiva. O enigma da Esfinge é atualmente desvelar o fetiche.