A Árvore da Vida (Cabala)

A Árvore da Vida (Cabala) Shimon Halevi

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A Árvore da Vida (Cabala) (Biblioteca Planeta #17)





A árvore cabalística da vida tem estado conosco há 2 mil anos ou mais. Cada era conheceu-a com seus próprios olhos e este livro é uma tentativa de amoldá-la aos termos do século XX, a fim de que ela possa florescer novamente.
A árvore da vida é análoga à do Absoluto, do universo, do homem. Suas raízes penetram fundo na terra e seus galhos mais altos tocam o mais alto do céu.
O homem, ponto de contato entre o céu e a terra, é uma imagem de seu Criador. Uma completa mas irrealizada árvore em miniatura, mais abaixo dos anjos, cabendo-lhe decidir se deve subir mais alto escalando os galhos de si mesmo, obtendo assim o fruto final.
A árvore da vida é um retrato da criação. É um diagrama objetivo dos princípios que atuam através do universo. Criada na forma de uma árvore analógica ela revela o fluxo das forças que emanam do divino até o mais baixo dos mundos e daí ascende em sentido contrário. Nela estão contidas todas as leis que governam o universo, bem como sua correlação. Ela é também uma visão completa do homem.
O universo relativo paira entre dois pólos. Tudo e nada. Tanto a ponta desse eixo flutuante pode ser encontrada em nada e tudo, quanto ambos os pólos tornam-se a entrada e a saída do absoluto que permanece separado da criação. Aqui temos a realidade por inteiro. Tudo mais é, para o supremo observador, ilusão - um drama cósmico organizado e dissolvido num movimento cíclico de peças dentro de peças, desde as mais sutis reverberações nos mundos do alto às mais baixas mudanças e torvos movimentos da mais acossada materialidade.
O Absoluto não tem contato direto com a criação, embora o ser impregne a matriz do universo, sustentando-o, como o silêncio atrás de cada som. Sem essa realidade negativa nada pode vir à existência, assim como a sombra não pode existir sem a luz. Aqui no mundo relativo movemo-nos entre partículas e ondas, sem que a maioria suspeite sequer de que tudo aquilo que se toca está sempre desaparecendo, e aquilo que se vê não está de fato ali. A solidez é uma charada, um estado temporário do nada, congelado provisoriamente numa forma familiar aos nossos sentidos, e nós próprios não passamos de viajantes neste cenário sempre em mutação que chamamos Terra.
A criação está separada de seu criador tanto ou mais quanto uma produção atual do Hamlet está distante de Shakespeare. Embora a criação seja sustentada por seu autor e malgrado a interpretação dos atores, a peça permanece essencialmente como o mestre a concebeu inicialmente. O universo relativo, como nossa analogia da peça, é constituído de protagonistas e elenco sobre uma série de cenários no qual diferentes desempenhos, buscando o equilíbrio, criam e representam os fatos dramáticos que constituem a evolução.
As relações entre os diferentes atores ou forças são muito precisas, embora eles possam assumir atitudes diferentes sob condições específicas. Esse conjunto de combinações é disposto na árvore da vida de um modo tal que dada situação pode ser examinada e seus participantes e respectivas posições podem ser revelados.
A árvore é um modelo do universo relativo. É o modelo do mundo, dentro de um princípio de ordem cíclico. Toda organização ou organismo é uma imitação de seu plano básico. O homem é o primeiro exemplo. Ele é um microcosmo do macrocosmo. Seu ser é uma réplica exata, em todos os detalhes, do cosmo acima dele. Na verdade, ele se move no mundo físico, é feito de átomos, moléculas e células, e ainda assim ele participa do sutil reinado das formas, toma parte na criação consciente e tem acesso ao divino.
Assim como o homem é uma imagem da criação, também a criação é um reflexo do Criador. Por essa semelhança tornamo-nos capazes de entender o que está abaixo pela observação do que está acima, e aquilo que não podemos observar acima pelo exame daquilo que se encontra abaixo. Através da árvore da vida temos uma associação objetiva que nos dá a visão interior e o conhecimento do princípio do paralelismo - dos universos superior e inferior, exterior e interior.
Em nosso relato, a origem da árvore da vida é traçada e em seguida é mostrado o poder de sua iluminação e de sua formulação. Seguindo o desenvolvimento de sua concepção, verificamos que os princípios cósmicos são aplicáveis a toda entidade total. Observando suas características percebemos como a árvore reúne numa ordem inteligente todos os aspectos dos fenômenos, demonstrando-os num quadro refletido, um universo no qual o Criador está presente até no mais denso da matéria.

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on 19/5/16


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Hidemi Saijo
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