Depois do inferno do nazismo e do terror do comunismo, é possível que uma nova catástrofe se perfile no horizonte. Desta vez, é o neoliberalismo que quer, por sua vez, fabricar um “homem novo”. Todas as mudanças em curso, tanto na economia de mercado quanto na economia política, na economia simbólica ou na economia política são testemunhos disso.
O sujeito critico de Kant e o sujeito neurótico de Freud nos tinham fornecido, ambos, a matriz do sujeito da modernidade. A morte desse sujeito já está programada pela grande mutação do capitalismo contemporâneo. Decaído de sua faculdade de juízo, impelido a gozar sem entrave e não mais se referindo a nenhum valor absoluto ou transcendente, o novo “homem novo” começa a aparecer à medida que se entra na era do “capitalismo total” no planeta.
Essa verdadeira mutação antropológica e suas implicações no mínimo problemáticas para a vida dos homens, isto é, o que o autor chama de “a arte de reduzir cabeças”, são o que esta obra analisa. O autor trata, assim como filósofo, das questões práticas com as quais são confrontados hoje sociólogos, os psicanalistas ou os especialistas da educação, interrogando-se muito concretamente sobre o futuro das jovens gerações que está às voltas com novas formas de consumir, de se informar, de se educar, de trabalhar, ou simplesmente, de viver com os outros.
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