Este trabalho se insere num contexto de reivindicação de mudanças e busca pela autoconsciência da Arqueologia Brasileira, abordando sobretudo pesquisas que se ocupam do estudo da cultura guarani. Para tanto, as teorias e conceitos utilizados pelos arqueólogos brasileiros, no tocante à cultura indígena, são analisados e sua adesão a modelos rígidos (como Tradição Tupiguarani e, posteriormente, subtradições Tupi e Guarani) é debatida.
Seguindo-se a esta abordagem, definições de etnicidade, identidade étnica e grupo étnico são apresentadas, ressaltando algumas das teorias que nortearam as pesquisas de taxonomia humana com o passar do tempo, nas Ciências Humanas, em geral, e na Arqueologia, em específico.
O livro finaliza defendendo a importância de um exame crítico sobre as fundações teórico-metodológicas da Arqueologia, em escala mundial e local, sugerindo a relevância de uma Arqueologia autocrítica e o seu papel frente aos povos do presente.