23 de agosto de 1939: Hitler e Estaline, os dois ditadores mais temidos do planeta, estabelecem um acordo desconcertante. Se as suas intenções permanecem obscuras, os efeitos do pacto germano-soviético são, em si mesmos, visíveis. E brutais: oito dias mais tarde, a Alemanha desencadeia a guerra.
A leste, Polacos, Finlandeses, Bálticos e Romenos pagam na carne a aproximação das duas potências totalitárias, enquanto o petróleo soviético alimenta a blitzkrieg nazi a oeste. Mas a derrota francesa abala o cenário comunista de uma guerra prolongada e esgotante para os dois campos imperialistas.
A partir do Verão de 1940, a Wehrmacht e o Exército Vermelho encontram-se face a face: na partida de poker aldrabado que se estabelece, o bluff hitleriano prova - pela última vez - a sua eficácia, e a ofensiva do Reich, em 22 de junho de 1941, parece encontrar Estaline no trilho errado.
A amplitude - e os limites - da colaboração antiocidental do Reich e da URSS acabaram por emergir das polémicas da Guerra Fria. Contudo, se os projectos de colonização racista do Fuhrer são reconhecidos, os cálculos estalinianos nunca deixaram de suscitar o interesse dos investigadores, ainda hoje privados de supostos documentos encerrados nos arquivos presidenciais da Rússia.
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