Festa todo dia. Orgias regadas a drogas, champanhe caro e mulheres sedentas por sexo. Dinheiro usado para acender charutos cubanos. Carros glamourosos jogados dentro de piscinas. Hotéis quebrados por rock stars enfurecidos.
Esse pode ser o cotidiano de bandas como Led Zeppelin ou Rolling Stones. Em Goiânia, a situação é diferente. Centavos são economizados para produzir festivais, shows e eventos. Todas consideradas pela mídia especializada como as mais legais do País. Transformar a cidade que fica longe de tudo (leia-se eixo Rio-São Paulo) no principal celeiro do rock alternativo brasileiro foi tarefa árdua, com muitos heróis anônimos e gente tirando grana do bolso para arcar com custos de eventos deficitários.
Parte dessa história é contada no livro "Em terra de cowboy quem toca guitarra é doido - 10 anos de Goiânia Noise". De como a Monstro Discos, com parcos apoios e incentivos escassos, conseguiu consolidar aquele que é o melhor festival de rock do Brasil e um dos mais longevos da cena alternativa.