Este trabalho pretende repensar o problema do atendimento psicoterápico nos ambulatórios públicos, tendo como parâmetro conceitual a psicanálise. Considerando a dificuldade de muitos clientes destes serviços em adaptarem-se à psicoterapia dual, busca-se explicar as prováveis razões desta dificuldade e justificar a escolha da psicoterapia de grupo, como solução técnica capaz de contorná-la.
Os temas centrais, objetos de discussão teórica mais detalhada, são as variações das identidades subjetivas, sócio-culturalmente construídas, e a crítica a algumas concepções das teorias psicanalíticas de grupo correntes. Com base nas noções de Ego, narcisismo e imaginário estas questões são revistas, ao mesmo tempo em que se tenta fundamentar metapsicologicamente as opções teórico-práticas, sustentadas ao longo da argumentação.