Toda terça

Toda terça Carola Saavedra




Resenhas - Toda Terça


12 encontrados | exibindo 1 a 12


Tito 15/04/2012

Semeavam estragos, distraídos.
comentários(0)comente



Mi 24/08/2023

Toda Terça
Gosto da escrita da Carola, mas a história não me pegou muito. Terminei o livro brava com absolutamente todos os personagens
comentários(0)comente



Ísis 20/06/2022

Foi uma leitura bem fluida, mas esperava mais da história. Em muitos momentos achei engraçado. Principalmente as falas de Laura com o psicólogo dela.
comentários(0)comente



Mila F. @delivroemlivro_ 28/11/2023

Toda Terça nos leva a uma exploração profunda e sensível da vida cotidiano
Toda Teça (2007) é mais um livro de Carola Saavedra, que leio, pois já li Paisagem com Dromedário (2010), Com Armas Sonolentas (2018) e O Inventários das Coisas Ausentes (2014), vale ressaltar que escritora nasceu no Chile, mas desde pequena mora no Brasil e este é o romance de estreia da autora.

Sem mais delongas, vamos falar de Toda Terça, minha recém terminada leitura da autora. A grande chave do volume é que temos uma narrativa que atravessa três pontos de vistas que vai contar a história pela perspectiva desses três narradores que são: Laura, uma estudante, no Brasil; Javier, um migrante latino-americano em Frankfurt e um terceiro ponto de vista que é um verdadeiro mistério, permanecendo oculto até o último capítulo e vai esclarecer muitas pontas obscuras dos outros dois pontos de vistas.

Logo nos primeiros capítulos já vamos percebendo que vários pontos das histórias de Javier e Laura tem algo em comum, porém, não conseguimos identificar o que exatamente é. Essa sacada é genial, porque Carola Saavedra, ao passo que vai desvendando vários pedaços do enredo também consegue conservar uma vasta extensão de mistério na sombra.

Toda Terça nos leva a uma exploração profunda e sensível da vida cotidiana, das conexões humanas e da passagem do tempo. O livro desdobra a história de Laura que, como o título sugere, se encontra com seu psicólogo todas as terças-feiras, nos acaba sendo criando uma rotina que é ao mesmo tempo simples e complexa, além disso ela é uma jovem voluntariosa que não sabe muito o que quer, vive mudando de faculdade e de um romance para outro, para completar vive às custas de um amante mais velho e casado, inclusive, as sessões de terapia são pagas por esse amante.

Já o outro narrador, Javier, que vive em Frankfurt, Alemanha, também não sabe muito o que quer da vida, faz bicos como passeador de cachorros e mora com sua namorada alemã Ulrike, porém, ter uma namorada e viver com ela não o impede de dormir com as colegas de apartamento da moça e nem ter outras planos que não envolvam Ulrike.

O fato é que ambos protagonistas e narradores nem sempre são verdadeiros e boa parte da história ficamos nos perguntando o que é realidade e fantasia, para completar temos uma terceira visão que é uma verdadeira incógnita.

Sem dúvida, Carola Saavedra tece a narrativa com maestria, mergulhando nas emoções, pensamentos e reflexões dos personagens. O leitor é convidado a contemplar a intensidade desses encontros regulares, que, por sua regularidade, revelam a evolução das personagens e a natureza efêmera da vida.

A autora constrói uma atmosfera envolvente e introspectiva, explorando temas como amor, solidão, expectativas e a busca de significado na rotina. Toda Terça é um livro que convida à reflexão sobre a complexidade das relações humanas e as pequenas alegrias e desafios do dia a dia.

Para concluir só poderia elencar minhas indicações, sobretudo para aqueles que apreciam narrativas literárias que exploram a profundidade psicológica dos personagens e a essência dos mesmos sendo falsos ou verdadeiros.

Toda Terça é uma leitura cativante que deixa uma impressão duradoura. Carola Saavedra demonstra sua habilidade em criar uma história poética e impactante que ressoa no leitor trazendo reflexões sobre o que está sendo narrada e sobre sua própria vida.

Espero que tenham gostado, até a próxima postagem!

site: www.delivroemlivro.com.br
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Carol Poupette 29/12/2021

O desamor da Carola
Inesperado, casual, cheio de marcações (que eu mesma faço) gravando as palavras jorradas, jogadas, da Carola.
Seus livros seguem o fluxo das divagações, das associações livres - como um bom Psicólogo diria.
Como Psicóloga, digo que fiquei fascinada pela corrente e fluxo de ideias que acontecem paralelamente (internamente) na cabeça do paciente. Na maneira como ele quer enganar, fingir, zangar-se, fazer-se necessário pro psicoterapeuta.
comentários(0)comente



pedro_cbss 13/06/2024

Confuso
Foi uma leitura gostosa de final de semana. Gostei da escrita da autora e dos pontos de vista completamente diferentes.
Só que achei meio estranho, queria ter respostas e simplesmente não tem como??
Que ngc foi aquele de Camila e n sei oq?
Enfim, recomendo pra quem tem paciência
comentários(0)comente



Antonio 28/12/2014

Nenhum ponto sem nó
Em Toda Terça, fragmentos aparentemente desconexos de um instigante quebra-cabeça são espalhados página após página num convite ao leitor para que este monte o quadro final: um belo retrato da vida acontecendo agora.
Conhecemos Laura no Rio de Janeiro, mais precisamente no divã de seu analista, Otávio, e facilmente identificamos nela um tipo bem presente na juventude classe média moderna: inteligente, cosmopolita e antenada, ela gasta seus dias dormindo até tarde, assistindo à televisão, indo à academia e brincando com o gato – tudo à custa de Júlio, homem casado com quem tem um caso.
Já Javier se nos é apresentado vivendo na Alemanha, num outro clássico da moçada atual (embora não necessariamente da moçada e nem da atual, admitamos): o do garotão que coloca a mochila nas costas e vai buscar em outras paragens sua razão de viver, tendo que conviver com pessoas completamente diferentes de si.
Para contar-nos a história de ambos, Carola Saavedra vale-se de uma escrita sofisticada, muito elaborada, salpicando, durante a trama, passagens bem humoradas que amenizam a sufocante agonia que acompanha cada um dos dois.
E o melhor de tudo fica para o final: na segunda parte do livro, uma terceira narradora propicia um desfecho empolgantemente surpreendente e a autora fecha o trinco com chave de ouro.


site: leioedoupitaco.blogspot.com.br
comentários(0)comente



sandryelle 04/10/2020

Sessão de terapia
A maior parte do livro eu achei bem confusa, acho que não me dei muito bom com o modo de narrativa da autora, porém assim que eu entendia o que estava acontecendo e o que queria ser dito a história me parecia muito interessante. Confesso que eu admiro muito o Otávio e toda a profissão ligada à psicologia em si porque eu honestamente não teria paciência para lidar com a Laura, que na minha perspectiva é uma personagem que vê o mundo de maneira completamente deturpada, o que obviamente requer um tratamento psicológico, mas lidar com alguém assim exige um esforço e uma paciência que eu não conseguiria ter. Entretanto, devo dizer que eu amei a complexidade dos personagens e - apesar da demora na apresentação do personagem que está narrando - gostei bastante de "estar" na cabeça deles, tentar entender um pouco porque eles são assim. Gostei bastante também de como as sessões de terapia da Laura com o Otávio ajudam a entender o final da história, o que eu acredito que entendi, só não sei se foi a interpretação certa. Apesar de ter gostado do livro como um todo, não leria outras obras da autora porque como não me dei bem com o seu modo de narrativa, a leitura se tornou maçante para mim, creio que não funcionaria de outra forma.
comentários(0)comente



vaporbarato 16/06/2023

Confesso que eu fiquei muito confusa com os capítulos, e isso não é segredo pra ninguém, inclusive ainda estou um pouco depois desse final. Mas eu gostei da escrita, gostei ainda mais da Laura e da relação - conturbada - dela com o psicológico.
comentários(0)comente



Rafael G. 25/10/2023

Num consultório no Rio de Janeiro, Laura faz sessões difíceis de análise toda terça-feira - marcadas por silêncios, jogos e provocações que parecem dizer de sua crescente atração por Otávio, o próprio analista. Por outro lado, em Frankfurt, acompanhamos Javier, o outro narrador (e que ocupa a maior parte do livro), um latino-americano que vive de bicos ocasionais e veste-se de muitas mentiras ao se aproximar de Ulrike, uma estudante interessada por cinema nigeriano, astrologia e discussões sociais.

As duas tramas se cruzam num dado momento, mas este não é um livro folhetinesco, que guarda um grande plot-twist - o que não acho demérito. Os dois fios se enlaçam a partir de uma presença quase etérea, quase não-presença, possível invenção: Carola Saavedra (autora que amo) faz um trabalho interessado nos limites da ficção, mas investiga essas bordas de uma maneira muito sua, através das margens que a ficção deixa para as invenções de si, para os sentidos e contornos que damos a nós mesmos. Laura e Javier são personagens evitativos, escorregadios, de quem sabemos pouco, de quem não sabemos o que esperar, porque estão continuamente (de)formando as máscaras que vestem. Nunca se deixam conhecer, mas talvez porque não tenham contornos tão delimitados, e angustiam-se passando pela vida sem realmente serem capturados por algo.

O final, que torna ainda mais nítida a costura das duas tramas, impacta porque diz justamente de um não conseguir escapar: é sobre a aproximação violenta do outro, sobre uma incapacidade de estabelecer limites, um deixar-se invadir, tomar, ocupar, porque afinal demanda menos força do que o confronto.

Acho que li muito tomado por questões que me interessam agora - que é sempre a única leitura possível. E gostei muito.
comentários(0)comente



12 encontrados | exibindo 1 a 12


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR