Putas assassinas

Putas assassinas Roberto Bolaño




Resenhas - Putas Assassinas


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Lucas.Sampaio 06/10/2021

Uma introdução a literatura do Bolaño
Um início auspiciosa, eu diria.
Um dia, sem nenhuma explicação, eu lembrei do nome de um autor que eu mal conhecia, e esse nome brilhava na minha cabeça, e diferente do protagonista de "Vagabundo na França e Bélgica", conto presente nessa coletânea, o nome Bolaño não brilhou como um fósforo, mas sim cono uma fogueira, e eu comprei logo 6 livros de uma vez, sem ter lido nenhum.
Idiota, não? Pensava o mesmo, até dar de cara com o primeiro texto desse livro, "O Olho Silva", em menos de 15 minutos, eu já estava em prantos, que pancada bem merecida, e me mostrou que o dinheiro investido nesses 6 livros desse autor até então desconhecido (por mim), valeu cada centavo.

O livro está longe de ser consistente, e como com todos os livros de contos (salvo exceção raríssimos casos), os contos variam de qualidade, alguns fracos, mas que possuem seu mistério, tudo tem mistério. No entanto, quando a pancada vem... ela é direta, justa, potente, e foi o que me fez continuar lendo e lendo e lendo.

Eu destaco: O Olho Silva, Últimos entardeceres na terra, Prefiguração de Lalo Cura, O Retorno, Buba e Carnê de Baile.

Na verdade, de forma geral, eu recomendo demais esse livro, as discussões sobre a ditadura do Pinochet (algumas vezes postas de forma sutil), as torturas sofridas pelos militantes, uma visão crítico-reflexiva mezzo auto-acusatoria sobre a esquerda e seu papel na sociedade, aparecem nas páginas e tudo isso em poucas páginas, de forma concisa, no entanto poética e ultraviolenta.

Estou ansioso para reencontrar novamente a narrativa do Bolãno.
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Anica 17/10/2010

Putas Assassinas (Roberto Bolaño)
Publicado no Brasil pela Companhia das Letras pela primeira vez em 2008, e agora em 2010 ganhando a primeira reimpressão, Putas Assassinas trata-se de uma coletânea de contos do escritor chileno Roberto Bolaño. Eu confesso que ainda estou começando a conhecer o autor (lendo 2666 aos poucos, lembram?) e fiquei bastante impressionada com o que vi, ainda mais quando os fãs de Bolaño dizem que esse é o livro mais fraco dele. Se realmente é, fico imaginando os demais deve ser excelente.

Não é que todos os contos sejam perfeitos. Mas todos chamam a atenção por algum aspecto, mesmo os que se revelam mais sem graça. Os temas são recorrentes (e inclusive ecoam no romance 2666): sexo, violência, exílio, pesadelo. A maioria das personagens mostram aquele deslocamento de quem vive em vários lugares mas não reconhece nenhum como seu. São de outros países, vão para outros países e se perdem, tentando se encontrar em resgates de memória.

O mais interessante é o que ele faz com o gênero. Não escondo que sou da escolinha Allan Poe de apreciação desse tipo de texto: acho que é quase como o haikai da prosa, e ganha quem consegue dizer muito com pouco. Mais além, acredito que um efeito só é causado no leitor se houver concisão. Mas Bolaño segue o caminho oposto e se dá muito bem. É quase como se pintasse um quadro e incluísse detalhes mínimos, visíveis apenas para quem se aproxima da tela. Informações que parecem irrelevantes se fundem ao texto e complementam os sentimentos e dúvidas das personagens, dão vida ao espaço e muitas vezes – surpresa – fluidez à narrativa.

O retorno é de longe o meu favorito, talvez por ser o que mais bem-humorado. É ler as primeiras linhas do conto para já ser conquistado: “Tenho uma notícia boa e uma má. A boa é que existe vida (ou algo parecido) depois da vida. A má é que Jean-Claude Villeneuve é necrófilo.” Ou quando quase no fim de Dias de 1978 diz “Esse relato deveria acabar aqui, mas a vida é um pouco mais dura que a literatura.” São passagens que continuam com você mesmo após fechar o livro.

Chama a atenção também como ele consegue tirar mais do ato de narrar, como faz no conto que dá título ao livro. Em Putas Assassinas temos o registro da fala de uma mulher, e as respostas do homem são descrições de suas ações. Funcionou muito bem porque inicialmente você apenas deduz o que está acontecendo, para em determinado momento, as ações deixam óbvio, e aí a fala da personagem confirma o que você previu. Muito interessante mesmo.

Outra questão são os aspectos autobiográficos. Eu acabei caindo em tentação e fui atrás de um pouco mais da biografia de Bolaño enquanto lia Putas Assassinas, e em alguns contos elementos da vida do autor ficam bem evidentes, como o pai que era um ex-pugilista e aparece no excelente Últimos entardeceres na terra. Pode ser que Bolaño tenha colocado pistas falsas no texto, mas não dá para não estabelecer essas relações, sobretudo quando a personagem assume um kafkniano “B” como nome.

Assim, dá para dizer que mesmo que com alguns momentos não tão bons, no geral os contos são excelentes, fazendo de Putas Assassinas uma ótima leitura. Foi também muito bom conhecer o lado contista de Bolaño. E volto a insistir: se esse é o trabalho mais fraco dele, preciso urgentemente ler mais dele.
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Marina 14/05/2021

Nunca li nada como Bolaño, assim visceral, explícito, autêntico, carregado de uma risada irônica das tragédias do sul do mundo no século passado (que ainda nos perseguem), de quem já não mais se surpreende com as bizarrices da vida por aqui, das coincidências, mas as aproveita, faz poesia, prosa inesperada, cômica, sei lá, é bom demais. De alguma forma sempre me transporta pra um banheiro sujo fedendo a cigarro de algum estabelecimento nos Desertos de Sonora ou de um café de segunda categoria num país europeu, onde vou encontrar um cadáver, um dedo cortado perdido, alguma parte do corpo ou fantasma de algum poeta jovem-velho latino-americano, algo aleatório do tipo, e estranhamente eu gosto tanto de ser levada por esses caminhos meio improváveis, meio sem sentido que de alguma forma que não sei se amarram.
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Lilian 09/05/2021

Contos
Trata-se de um livro de contos que qualidade bem diversa: alguns são excelentes, inesquecíveis; outros dão sono.
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Janaina 11/04/2021

Foi a minha primeira experiência com o autor e eu estava com as expectativas altíssimas. Esperava ser "tomada de assalto", ser "arrebatada" e ter todas as minhas estruturas abaladas por esse ícone da literatura chilena, mas nada disso aconteceu.
?
Expectativas...
Não deixa de ser injusto com o autor, no final das contas.
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Wallace17 10/01/2021

Viva Bolanõs, a grande literatura chilena
Gracias a la vida, que me ha dado tanto". Citar a chilena Violeta Parra para celebrar o conterrâneo dela, Roberto Bolaño. Putas Assassinas é um livro de prosas excepcional. Contos substanciais que retratam a vida de personagens exilados. Roberto Bolaños viveu o exílio, para fugir da sanguinolenta ditadura chilena. Me parece que os dramas das personagens foram vivenciados pelo autor. Nitidamente viver longe do Chile causou-lhe muito dissabores. Melancolia, indiferença e sobretudo, desilusões políticas com a esquerda chilena. •

Sobre o livro, logo no conto inicial nos deparamos com um prostíbulo infantil na Índia e uma tradição que condena meninos a castração. Uma história dilacerante.Em outro conto impactante, Bolaño descreve uma cena de necrofilia numa pegada sobretural. O conto sobre os caralhos latinos americanos é extremamente psicodélico, uma viagem pornográfica trágica, com um final desolador. O conto que da nome ao livro não fica para trás, muito angustiante, explora o absurdos de um encontro premeditado.

A substencialidade literária de Bolaño chega ferir. Vida e morte o tempo todo se alternando. É uma sucessão de tragédias humanas. Longe dos condicionalismos sociais, Bolaño apresenta uma sociedade que me parece sem futuro. Por muitos momentos, fiquei com a respiração entre-cortada. O cara pesou a mão na hora de escrever. Gostei da obscuridade da obra. Revela o lado da vida que tentamos dissimular. Ansioso para ler outros trabalhos dele. •

Desde que decidir ampliar meus horizontes literários, "descobrir" a literatura latina-americana tem sido uma ótima experiência! Bolaño já entrou para lista de escritores preferidos. Um brinde à Roberto Bolaño e ao Chile! 🇨🇱

site: https://www.instagram.com/p/B_V5ChCnNxF/
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Carlos Henrique 16/11/2020

Bolaño em porções rápidas
Putas Assassinas é um livro de contos que apresenta alguns dos temas favoritos do autor em pequenas porções mais rápidas de digerir. Entre contos sobre violência, pornografia, futebol, fantasmas e expatriados vemos a alma do povo latinoamericano se revelar. Se 2666 ou Detetives Selvagens parecerem pesados demais para uma leitura inicial de Bolaño, esse livro pode ser uma boa entrada.
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Jessica.Rodrigues 10/05/2020

O cotidiano na literatura
Bolaño transforma histórias do cotidiano em contos de muita qualidade. Alguns me prenderam mais do que outros, como sempre acontece em coletâneas de contos, os preferidos foram: Ojo Silva, putas assassinas e Buba. Achei a vibe muito parecida com a série animada (Netflix) "love, death and robots".
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Aline | @42.books 03/05/2020

?É a única história particular possível?
?
"A arte (...) é parte da história particular muito mais do que da história da arte propriamente dita. É a única história particular possível"
?
A pequena coletânea de contos é uma imersão na mente de personagens perturbados em suas particularidades, que, entre a realidade e a fuga dela, narram histórias misticamente cotidianas.
??
No que caminha por entre diversos cenários da América Latina, entre a história de um homem que em alma segue seu próprio corpo, a história de jogadores de futebol em um pacto de sangue, ou a de uma puta assassina que anuncia seu crime (como indica o título), Bolaño escreve a história de seus personagens inquietos em suas tramas particulares rumo a finais diversos e, as vezes, desconcertantes.

?
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withsomegrace 05/03/2020

a menção a lalo cura (personagem icônico de 2666) foi o que eu mais gostei e apesar de entender bolano como entendo poucos autores, esse livro não me fisgou. pareceu incompleto ou mesmo desnecessariamente prolixo em algumas partes.

o conto da puta assassina ficou maravilhoso.
do lalo cura idem.
aquele do futebol também maravilhoso.
as menções literárias simplesmente fantásticas.

sugiro ler tudo de bolano antes de ler esse.
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Luiz Miranda 13/07/2018

Belive the Hype
Os Detetives Selvagens e 2666 são os livros badalados de Bolaño, 624 e 856 páginas respectivamente. Então, se você quer primeiro fazer um "test drive" antes de encarar essas Bíblias, recomendo Putas Assassinas.

13 contos que mantém um alto e estável padrão de qualidade. Temos momentos autobiográficos e curiosos voos ficcionais. Em todos a força da escrita de Bolaño fica evidente, uma prosa capaz de dar cor e sabor aos fatos mais corriqueiros e banais.

Dos 13, apenas o pedante "Fotos" me desagradou. De resto, pode acreditar no hype e na tal Bolañomania, trata-se de um baita escritor.
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Maitê 22/02/2018

gostei bastante dos primeiros contos, apesar de que cheguei a pensar no começo que não eram contos,e sim capítulos, mas aos poucos percebi que sim, alguns se conectam, e outros aparentam se conectar por ter um teor como que autobiográfico. Depois do conto que referencia "Ghost", passei a perder o interesse pelo livro, as historias simplesmente não me interessavam mais, não que fossem ruins mas algo estava faltando para mim.
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r.morel 05/04/2017

As considerações de B
1. Os contos, melancólicos irônicos, de Roberto Bolaño, em “Putas Assassinas”, são visuais e com um cineclima propício a grande tela. Aqui a imaginação é fundamental - para Bolaño, para os personagens, para os leitores. Equivalentes cinematográficos de alguns desses treze contos seriam filmes da Nouvelle Vague (atmosfera semelhante, cheiro de cigarro com tristeza no ar) e “Trinta anos esta noite” (1963) de Louis Malle.

2 Os personagens-narradores são “repetidores” de histórias; possuem a aura de protagonistas, porém não o são porque, de certa forma, se escondem e encontram algo mais interessante em outra pessoa; estão sem vontade na realidade “tanto faz”.

3. Acompanhamos esses personagens, geralmente homens solitários (exilados, entediados, perdidos?), apreciadores de poesia, e sentimos o que eles pensam (as dúvidas, as certezas); a maioria das páginas são viradas com eles, no entanto, o principal, nos quatro primeiros contos, é a história de outro personagem, que é narrada explicitamente (exemplo: “O Olho Silva”; “Dias de 1978”) ou nas entrelinhas (exemplo: “Gómez Palacio”; “Últimos entardeceres da terra”) - importante é o que fica no espaço, na passagem, de uma frase a outra frase, de uma palavra a outra palavra (o mistério).

4. Raros personagens são nomeados (nota: exilados apenas têm relações transitórias?). E o medo deles: ser um artista apagado pelo tempo, um autor que não fez a diferença.

5. As aparências não duram; sexo é só sexo, e às vezes nem isso, e o amor, se existe, é desencantado, distanciado; logo, também não existe: o vazio se completa. Exemplo: “Embora a escute com atenção, é pouco o que entende. A mulher conta fatos desconexos: crianças balançando-se num parque, uma velha tricotando, o movimento das nuvens, o silêncio que, segundo os físicos, reina no espaço exterior. Um mundo sem ruídos, diz, onde até a morte é silenciosa. A certa altura B pergunta, só por perguntar, em que trabalha, e ela responde que é prostituta. Ah, sei, diz B. Mas diz por dizer. Na realidade, para ele tanto faz. Quando a mulher, por fim, adormece, B procura a Luna Park, que está jogada no chão, quase debaixo da cama” (trecho do conto “Vagabundo na França e na Bélgica”.).

6. A técnica é a de uma narrativa oral (em muitos contos temos uma história dentro de uma história dentro de uma história - Matrioshka, bonecas russas), contudo, o essencial não pode ser captado pelo lido/escutado/visto: a percepção de cada um trará o significado desejado, o que, dependendo do indivíduo/leitor, será o Absoluto Nada; enxergar dessa maneira é válido, pois os contos de “Putas Assassinas” sustentam-se com a leitura superficial, tão prazerosa quanto descobrir visões, vidas e sonhos em palavras (histórias) alheias, onde, de repente, não existam; sinais de coisas que podem acontecer, presságios, coisas que podem nunca acontecer, histórias em suspensão, angústia no tempo parado no limbo.

7. Em/com Roberto Bolaño, a constatação: a vida é vazia e sem sentido. E o questionamento decisivo: o que é a arte? Como se relaciona a vida e a arte? Os personagens (objetos, corpos) que carregam essas dúvidas são escritores desconhecidos ou boleiros que inesperadamente encontram o sucesso e tornam-se craques; são escritores esquecidos, cineastas marginalizados ou personagens que não alcançaram seus desejos e sonhos e aspirações: desistiram (ou pelas circunstâncias foram forçados a desistir). Em/com Roberto Bolaño existe a força de vontade para persistir, mas ela é bem fraca, é cinza, um equilíbrio instável, a qualquer hora pode cansar e sumir, simplesmente desaparecer sem vestígios (um nada), romper-se. Para Bolaño, a arte pode ser um poeta beat se apaixonar por uma egípcia morta há 2.500 anos (seu único amor), pode ser também um personagem terminar de ler um livro e, antes de sair de casa para vagar pela rua, jogá-lo no lixo: a arte é um instante inexplicável.

site: [Outras Breves Análises Literárias em popcultpulp.com]
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Gustota 06/07/2014

Bolaño em pílulas
O homônimo do Chapolin tem um talento inigualável para escrever calhamaços incrivelmente fáceis de ler, mas neste "Putas Assassinas", ele consegue um estilo enxuto daquilo que estamos acostumados a ver em "2666", "Detetives Selvagens" e "Noturno no Chile": autobiografia confundida com fina ficção, personagens alemães excêntricos,a femme fatale latina, referências ambíguas a intelectuais latinos e muitas e muitas biografias de poetas que talvez ou nunca tenham existido.

Nas esquinas dos contos, podemos ver um Roberto Bolaño jovem e tímido arrumando encrenca em acapulco com seu priápico pai em Últimos Entardeceres da Terra"; um Bolaño exilado perdido entre os chilenos de esquerda em "Dias de 1978"; a incrível (talvez verídica?) história de um amigo fotógrafo enfrentando um dilema moral na Índia em "O Olho Silva"; um curioso conto de formação que mostra não só uma constrangedora paixão pelo poeta mainstream Pablo Neruda, mas também seu rompimento com o mestre Jodorowski pelo mesmo motivo em "Carnê de Baile".

No entanto, é quando a imaginação de Bolaño flui que eu acho que sua escrita se agiganta como poucos ou nenhum escritor latino consegue alcançar. No conto de humor negro "O Retorno" sobre um sujeito que morre na França e trava uma inusitada amizade com o maior estilista do país, que por acaso também é o necrófilo que abusa de seu morto corpo.

No conto "Buba", meu favorito, vemos uma curiosa relação de amizade e ocultismo entre jogadores chilenos e um africano no Barcelona, e um estranho pacto mágico que consegue tirá-los da mediocridade. Aqui a sensibilidade com que os personagens são tratados é fora de série, e tenho certeza que a Ivete Sangalo participa deste conto sob o pseudônimo de Liza.

Para quem gosta do "Detetives Selvagens", há também o conto "Fotos", capítulo perdido do livro com uma reflexão do poeta peregrino Artur Belano a respeito de um livro de fotos de poetas.


Para os iniciados no autor, espere um estilo único, espere por reviravoltas pouco usuais e em momentos inesperados e espere também por finais anti-clímax, mas que não poderiam ser mais pró-climax, pois deixam sempre o gancho em aberto para a mente fechar nossas próprias interpretações.

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Fred 02/07/2014

Putas Assassinas
Putas assassinas é um trabalho quase que biográfico, este que demonstra muito da base psicológica da literatura de Bolano personagens exilados em busca de sua identidade esquecidos pela sociedade, estes pertencentes a um mundo repleto de vícios onde a solidão se torna a única forma de consolo.
Obra que reafirma o autor como um dos melhores achados do fim do último século
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