Feliz Ano Velho

Feliz Ano Velho Marcelo Rubens Paiva




Resenhas - Feliz Ano Velho


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Rafa 08/02/2015

Do pulo ao luto
Marcelo Rubens Paiva, nos conta a sua história, um jovem paulista de classe média alta, música, com muitas namoradas, muita farra e pouca responsabilidade, especialmente em dar um mergulho no lago em estilo "Tio Patinhas". Resultado? O lago tinha meio metro de profundidade e o autor lesionou a quinta vértebra cervical e comprimiu a medula.

O autor nos conta seu drama a partir desse trágico momento, e relata a força que seus amigos lhe passavam dia após dia do acidente, e a força de sua mãe. Sua mãe de personalidade forte, teve sua casa invadida na época da ditadura militar e levaram seu marido Rubens Paiva(Pai de Marcelo), e nunca mais voltaram a vê-lo, e nem tiveram informações de sua morte e/ou o porque ... Sua mãe foi torturada na época da ditadura, sempre com as mesmas perguntas sobre ideais políticos de seu marido. Depois de solta, foi questionar onde estava seu marido, mais ninguém lhe dava respostas, e até hoje ninguém noticiou onde e como foi sua morte(não precisa ser muito inteligente para adivinhar)


Marcelo Rubens Paiva nos relata o seu drama de sobrevivência, onde a todo momento queria voltar segundos antes de dar aquele pulo estilo patinhas, com um pouco de sarcasmo e bom humor o autor nos faz pensar e remediar todas as nossas atitudes, pelo menos no meu ponto de vista a dar valor a pequenas coisas que não se podem perceber quando se tem tudo ao seu alcance até um acontecimento mudar tudo.

Nas noites de insônia o autor lembra-se de um garoto normal que subia em uma pedra e gritava: "Aí Gregor, vou descobrir o tesouro que você escondeu aqui embaixo, seu milionário disfarçado"

Feliz Ano Velho!

Frase que gostei.
.
"O amor não é eterno, mas sim infinito enquanto dure"
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De Cara Nas Letras 16/03/2015

Feliz Ano Velho - Marcelo Rubens Paiva
Marcelo é um jovem paulista de classe média alta, que leva uma vida tranquila, no auge dos seus vinte anos. Estudante de Engenharia Agrícola na Unicamp, tem muitas namoradas, até que a poucos dias do Natal de 1979 vê sua vida mudar completamente, após mergulhar num lago com meio metro de profundidade com a pose do Tio Patinhas. Após o acidente, Marcelo acorda na UTI, sem fazer ideia do que tenha acontecido. Quebrara a quinta vértebra cervical e comprimiu a medula. Em outras palavras, Marcelo agora era um tetraplégico.

Então, o narrador que é o próprio Marcelo começa a contar pro leitor o lento processo de recuperação. Foram longos meses na UTI, onde enfrentou dias e noites intermináveis. Como ele mesmo denominou: é “a ante-sala do céu e do inferno”. Fez cirurgias, usou um colete de ferro, fisioterapia e cadeira de rodas. Foram 12 meses de recuperação onde o único intuito era sair do hospital andando. Marcelo não se conformava com pequenos sinais de melhora, ele queria ficar curado. Em muitos momentos ele se revoltou por aquilo ter acontecido justo com ele, e quis desistir, e muitas vezes Marcelo pensou em suicídio. Para ele morrer seria mais fácil que encarar aquilo tudo.

Mas, apesar de se tratar de um tema trágico, o drama não toma conta do livro, muito pelo contrário. Marcelo tem um bom humor incrível, e deixa isso registrado nas páginas de sua história. Em vários momentos ele intercala seus momentos no hospital com lembranças da sua infância e adolescência. Podemos conhecer o Marcelo antes do acidente, suas conquistas amorosas e decepções, sua relação divertida com os amigos, família, aventuras na música e na política. Uma das partes mais impactantes é, sem dúvida, quando ele fala da relação de amizade que tinha com o pai: Rubens Paiva foi levado da própria casa por militares, e nunca mais foi encontrado.

A leitura é fluida e agradável, cheia de humor e irreverência. Marcelo Rubens Paiva consegue misturar tragédia e humor de forma incrível, ele se revela um jovem autor muito talentoso, e consegue nos prender ao livro. Eu, particularmente, já reli o livro inúmeras vezes, e em todas às vezes me emociono. É um livro que todos deveriam ler, para contemplar essa maravilhosa obra brasileira.

Ao ler Feliz Ano Velho, nós sofremos com Marcelo, lutamos com ele, nos divertimos, e nos emocionamos. Mas apesar de tudo, assim como Marcelo, não perdemos a paixão pela vida.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Jeny 21/07/2015

-.-
Bom, ja faz um tempo que li esse livro, e só tenho elogios à ele. Por ser uma história real e bem transparente, me prendeu de uma forma que não sosseguei enquanto não terminei a leitura. Pra quem ainda não tem o habito de ler, recomendo. A partir desse livro minha vontade de ler só aumentou (pena que não tenho muito tempo pra isso mais).
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Nete 25/08/2015

"Não esquenta a cabeça se não caspa vira mandiopan"
Quando li este livro aos 17 anos fiquei encantada. Primeiro pela garra ao enfrentar o acidente e a ausência forçada do pai; segundo por mostrar uma face do país tão claramente. Releio anualmente e é um dos meus livros que não empresto por nada!!!
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Portal JuLund 21/10/2015

Feliz Ano Velho, @alfaguara_br
Biografias nunca são fáceis de fazer, pois dar nossa opinião sobre a vida de alguém é algo muito complexo. Principalmente se temos que dar nossa opinião sobre alguém que tinha uma vida e de uma hora pra outra vê toda a sua vida desfeita dentro do contexto da sua realidade. Assim é Feliz Ano Velho, ele nos mostra o Marcelo antes e o depois do dia fatídico.

Leia a resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/feliz-ano-velho-alfaguara_br
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Camila1856 03/11/2015

Viver vale a pena!
"Meu futuro é uma quantidade infinita de incertezas".
É como o autor Marcelo Rubens Paiva finaliza essa interessante autobiografia de 1982.
E quem pode saber o que acontecerá no futuro?
Diante de tantos planos, sonhos, tanta vida saudável pela frente, esse jovem de 20 anos, mergulha numa lagoa rasa e arrebenta a quinta cervical ficando tetraplegico.
O que fazer agora? Como ou quando vou voltar a namorar, estudar, tocar, enfim... levar uma vida "normal"?
Não é um livro de auto ajuda, ele não é um herói, modelo a ser seguido e nem um falso moralista.
Conta com um humor as vezes ácido, a sua desgraça, mas quem conhece o autor sabe que ainda que com suas limitações se tornou um escritor, dramaturgo e jornalista respeitadissimo em seu meio.
Sua biografia nos mostra que não somos donos do nosso futuro, mas que mesmo com todas as adversidades, ainda que não saibamos os percalços que encontraremos no nosso caminho, viver vale a pena!
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Érica 05/01/2016

Tem que ler!
Eu conhecia o Marcelo Rubens Paiva apenas porque assisti E Aí, Comeu? na televisão, e por isso o nome dele não me era estranho, mas nunca li nada dele até esse ano. E vou dizer, esse é daqueles livros que mudam a nossa vida.

Feliz Ano Velho (Alfaguara, 2015, 272p.), lançado originalmente em 1983, conta a história do próprio autor, que, aos 20 anos bateu com a cabeça ao dar um mergulho, ficou paraplégico. Ele mistura sua adaptação à nova condição física às memórias dos bons tempos de adolescência e início da vida na faculdade, onde basicamente ele quebrava tudo, vivendo a vida como se não houvesse amanhã: a vida de um jovem universitário brasileiro nos anos 80, muito sexo, drogas e rock'n roll.

Marcelo fala muito também do pai, o deputado e jornalista Rubens Paiva, que foi assassinado pela ditadura, e todo o sofrimento e provações que a família teve que passar em razão do trágico fim do pai, a força da mãe que, sozinha, teve que criar cinco filhos. É também um livro político, relembra os horrores da ditadura, o silêncio pós ditadura, a criação do PT e como todos acreditavam que seria um partido diferente dos demais, um partido de mudanças.

Mas engana-se quem pensa que o livro é triste, ele não é! E acho que é por isso que eu considero esse um livro life-changing, porque ele consegue falar sobre assuntos sérios e pesados com leveza e muito humor: a solidão no hospital, a perda de muitos amigos, suicídio, ter uma ereção sendo tetraplégico e depender de outras pessoas para atividades simples do cotidiano. Marcelo não quer nossa condescendência, não quer piedade, ele apenas quer contar a sua história, e contá-la como ele é e como ele era. Li comentários dizendo que ele era um paulista burguesinho e machista, mas eu li apenas um adolescente, um menino vivendo sua vida, em um processo de amadurecimento que foi acelerado em razão do acidente e é assim que devemos analisar o protagonista. Quem diz algo assim, certamente já veio pronto ao mundo, nunca errou, aham...

É esse o sentimento que tenho por ele, a mais pura admiração. É um cara a ser seguido: sigo no facebook, leio a coluna no Estadão, leio seus livros. Marcelo Rubens Paiva tem um lugar especialíssimo em meu coração de leitora.

site: www.serleitora.com.br
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@plataformadolivro 06/01/2016

Desabandonado
O livro conta a história de Marcelo, que ficou paraplégico quando pulou de uma cachoeira rasa. Fora o autor achar que os índios são burros e o PT é uma maravilha, de chato eu só achei quando ele começa a falar de bunda.
Queria saber se ele voltou a andar.
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Horroshow 17/01/2016

Resenha por João Pedro (Blog Horrorshow)
Sincero. Assim eu descreveria o livro, se dispusesse de apenas uma palavra. É um texto que não guarda muitos segredos, que não tenta ser genial, que não se preocupa com um rigor literário, que não tem a menor ambição de ser tão impactante quanto é ─ ou pelo menos não deixa transparecê-lo. E que é extraordinariamente sincero.

"Tinha que sofrer, tinha que estar só, tão só que até meu corpo me abandonara. Comigo só estavam um par de olhos, nariz, ouvido e boca.
Feliz Ano Velho, adeus, Ano Novo"

De repente, Marcelo Rubens Paiva está te contando sobre mais uma tarde na praia com os amigos, comum à sua juventude cheia de energia. Um mergulho de uma pedra, fazendo graça: "aí, Gregor, vou descobrir o tesouro que você escondeu aqui embaixo, seu milionário disfarçado". No ar, "a pose do Tio Patinhas". Na água (não tão funda quanto o previsto), a melodia: "BIIIIIIIN".

(Continue lendo no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2015/08/feliz-ano-velho-marcelo-rubens-paiva.html
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Jefferson.Carlos 18/02/2016

muito bom
gostei muito do livro. Vale livros de continuidade.
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Suélen 07/03/2016

Reflexão dos bens oferecidos pela vida
Nesse livro, Marcelo conta sua trajetória de recuperação após pular em um lago raso, quebrar uma vértebra e ficar paralítico.
Ele passa pela UTI (segundo ele o espaço entre a vida e a morte), pelos quartos do hospital onde passou meses e aos poucos ia inclinando a cama até que quando preparado volta pra casa e continua o tratamento por lá.
Marcelo enquanto se recupera, vai contando histórias vividas em sua vida, sendo ele um jovem de 20 anos que já havia vivido bastante e agora se sentia impotente.
É interessante, o quanto o livro me fez refletir sobre simples coisas que estamos acostumados a ver todos os dias e nem percebemos o valor delas. Ele ficou meses sem ver o céu e quando com custo conseguiu o ver, achou lindo. Nós, que temos condições de parar pra observar o céu, nunca o fazemos.
É um livro que prende o leitor pela linguagem próxima.
Recomendo.
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Paraíso das Ideias 08/03/2016


Boa tarde!

Não sou colunista do Blog, mas me ofereci pra fazer a resenha do meu livro favorito e a Kelly permitiu. Prazer, Natan! rs
Vou falar do livro Feliz Ano Velho, do autor Marcelo Rubens Paiva, não muito conhecido no momento, mas que vale muito a pena e que eu recomendaria à qualquer um.

O livro é basicamente uma autobiografia do autor, mas em forma de romance e, apesar de teoricamente ter um enredo triste, não é o que acontece no decorrer das páginas.
Marcelo era jovem, e como a maioria das pessoas da idade, não pensava muito nas consequências dos próprios atos, então, um dia, em um passeio na companhia dos amigos, Marcelo resolve dar um mergulho em um lago, ele salta estilo Tio Patinhas, bate a cabeça no chão e ouve a melodia: Biiiinn. E é aí que tudo começa!

Com a queda, Marcelo fratura a vértebra, ficando tetraplégico.

O que eu gosto neste livro, é a forma como toda a situação é abordada, o livro é extremamente rico em detalhes, já que o autor viveu tudo aquilo. Ele relata os dias na UTI, todas as dificuldades, as reflexões e as incertezas diárias que o atormentavam.

No decorrer das páginas, Marcelo tem lembranças do passado, talvez o autor tenha feito isso para preencher alguns espaços, e tenho que falar que acabou deixando o livro meio confuso em alguns momentos, mas nada que atrapalhe ou deixe a história a desejar.

A escrita é totalmente informal, o que pode facilitar ou não ou entendimento, eu gostei, achei uma leitura fácil e a narração muito verdadeira, como não poderia deixar de ser.
Quem ler o livro, vai notar também uma quantidade considerável de palavrões, há apologia às drogas e também fala-se muito em sexo, em todas as namoradas que ele teve antes e depois do acidente.

Tenho que dizer também, que o nosso protagonista é um pouco revoltado, machista e totalmente fora do padrão de personalidade que idealizamos no início, mas, temos que lembrar que não é uma ficção e que o autor não abstraiu detalhes e, como eu disse, é isso que acaba deixando tudo mais interessante.

O livro tem também pontos históricos importantes, já que Marcelo é filho de um deputado famoso que na época, desapareceu durante a ditadura militar, onde fica o mistério até hoje do paradeiro do pai dele.

É um livro que eu recomendo muito, pra todo mundo, há vários ensinamentos no decorrer da história, você passa a refletir sobre a própria vida, e também passa a entender um pouco a rotina difícil dos cadeirantes, e no quanto a sociedade não está até hoje, preparada para sanar todas as necessidades de quem vive preso à uma cadeira de rodas.

No mais, tenho certeza de que, quem pegar para ler, com certeza se envolverá no drama do personagem... Talvez você chore, talvez você ria, mas com certeza, não irá querer largar até a última página (eu li em um dia e meio).

Tenham todos uma boa leitura.


Quotes:
As pessoas não entendem o que é a morte, porque a morte não é parar ser entendida, é para ser apenas a morte.


[...] Foi aí que eu descobri o que é uma UTI. É uma espécie de ante-sala do céu ou do inferno. Se você entrou nela, ou morre, ou sai com profundas lesões. Eu não tinha tanta certeza se eu preferia sair ou passar pro outro lado.

By Nathan Gatti

site: http://paraisodasideas.blogspot.com.br/
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Mariana 24/04/2016

Muito bom!
Gosto do jeito despojado que o Rubens trata o acidente, claro que pra mim nem tudo que é relatado aconteceu de verdade, para mim algumas passagem foi simplesmente o que ele queria que tivesse acontecido. Mas é um livro gostoso de lê e recomendo com certeza.
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Rafaela Rezende 03/06/2016

Que livro, que história, que autor!
Simplesmente amei tudo sobre esse livro. Enquanto lia, imaginava um monte de coisas que poderia dizer sobre ele aqui, mas agora as palavras me fogem e não está saindo nada útil. Enfim, a história de Marcelo tem um ponto sensível para mim, pois vivo algo parecido com um familiar, mas a história dele serve de inspiração para qualquer pessoa, em qualquer situação, pois a superação, aceitação e as dificuldades de Marcelo são um 'baita empurrão'. Ele lutou para viver e isso é um bom motivo para inspirar qualquer pessoa.
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