Lívia 29/01/2022Uma bela confusãoVou começar essa resenha com um parágrafo de algo que escrevi a alguns dias atras enquanto tentava colocar em palavras a jornada que foi esse livro: “Eu vou ser totalmente honesta aqui, eu estou em 50% do livro e a única coisa que se passa na minha cabeça é: como eu vou colocar em palavras o quanto eu estou (e espero continuar) amando esse livro. E o resultado= eu não tenho IDEIA. Nunca foi tão difícil explicar o quanto eu estou gostando de um livro e o que exatamente que me faz querer continuar lendo. Então o que eu quero dizer sobre é: se você se sente capaz, LEIA!”
Bom, a minha vontade verdadeira é deixar a minha resenha por isso, pois nunca foi tão difícil explicar esse livro. Não me entenda errado, esse livro vai ficar marcado para a minha vida toda. Foi uma jornada incrível e totalmente diferente de tudo o que eu já li.
Porém, desde o começo do livro eu tive ressalvas para fazer, sem duvida alguma. A Vivian (personagem principal que narra a história) quando vai para Nova York, conhece a CÉLIA e segundo ela, essa mulher é uma das pessoas mais bonitas que ela já viu na vida, e ao longo de uma parte muito grande do livro a protagonista fala sobre a beleza de sua nova amiga de uma forma impressionante. Juntando isso com o fato de a história estar sendo contada pela Vivian bem mais velha para alguma mulher no futuro, tudo isso me pareceu um plágio claro de “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”. Mas, para a minha felicidade, o resto do livro não me pareceu mais parecido com a vida da inigualável Evelyn Hugo. Entretanto, isso não passou despercebido por mim e por isso eu não tive como não abaixar a nota por conta disso.
E o último fator que me deixou incomodada foi que em um momento (após os 50% do livro), a Vivian ter feito um erro realmente muito grande que fez ela sair de Nova York e voltar para a sua casa. Mas depois de um tempo ela acaba retornando a Nova York, aí vem a parte que me deixou meio em dúvida. A partir do momento que ela volta, a vida dela em NY muda totalmente, o circulo de amigos dela muda totalmente e no começo me pareceu que eu estava lendo uma história totalmente nova. Mas, isso também foi um fator que no começo me incomodou, porém depois eu acabei me adaptando e gostando muito também. Comecei a amar o novo circulo de amigos dela e me vi apaixonada pela nova vida dela e pelos novos personagens que a autora deu mais ênfase. E com isso, assim como o motivo anterior, mesmo eu tendo gostado no final, a nota não foi a mesma.
Eu sei que até agora foi só reclamação, por isso chegou o momento de falar sobre o quanto esse livro é bom!
Bom...
Eu honestamente não sei como explicar. Acho que o que eu tenho para dizer é que a experiência foi única, nunca nem fui a Nova York, mas posso dizer que pelas páginas que se passaram eu me senti como uma moradora de lá. Senti a dor de ser deixada para trás. Senti tudo e mais um pouco. Me senti vendo os personagens atuarem pela plateia. Me senti dançando no fundo do palco e acompanhando a música que deixava a plateia extasiada. Me senti a personagem principal da peça City of Girls.