denis.caldas 10/04/2021Bom assunto, prosa medíocreEu não conhecia o Fiuza até pouco tempo atrás (perdoem-me a falta de cultura), quando o assisti na Jovem Pano, ops, digo, Jovem Pan, e até gostei um pouco de suas falas sarcásticas e sua performance irônica, por isso me aventurei neste Manual do Covarde. Com a alta expectativa, veio a decepção: declamar não é o mesmo do que escrever, ou sofro de dissonância cognitiva.
Mas por que tanta brabeza, prezado companheiro?! É um dos livros que leio sobre a recente história de Banânia, em uma época pré-pandemia e, como eu lembro de manchetes na internet mas não acompanhei a crítica política na época, esperava ter acesso a melhor informação do que aconteceu, ao estilo Palmério Dória (mas sem camaradagem rubra). Mas o que encontrei foi, ao meu inepto ver, frases de rápido efeito mas sem longa duração, todas escritas com ironia; o problema não foi entender a ironia, mas o excesso dela empapuçou a minha leitura e perdi o prazer já no primeiro terço do livro. Assim, a segunda estrelinha é mais por causa de, claro, tratar historicamente sobre um período da nossa história, mas a tendência à baixa média móvel é devido ao estilo literário empregado.
Ah, e uma coisa interessante que não passou despercebida foi como o autor, diferente da postura atual (2019-2020), compara Lula e Bolsonaro como dois extremos que se retroalimentam (eu queria encontrar os dois trechos que falam sobre isso, mas não marquei), inclusive dizendo que o Birolipsum é um filho da Ditadura. Eita, quando o Fiuza mudou a narrativa?