Resenhas - A Menina da Montanha

Niájera 05/03/2020

Tocante.
Essa história doeu na minha alma porque eu sabia que era real. O que mais me impressiona é que hoje Tara é uma mulher de 33 anos, ou seja, toda ignorância e brutalidade com a qual ela foi criada, aconteceu nos dias atuais.
Não há como terminar esse livro sem admirar essa mulher e principalmente, ter a certeza que estudar transforma e nos leva a ter a capacidade de sair do mundo da ignorância e pensar com as suas próprias ideias. Leitura imprescindível!

rfalessandra 22/04/2022

"A menina da montanha"
A história é tão tensa e cativante quanto qualquer ficção, o fato de ser real torna tudo mais intenso.
E que vida cruel a Tara Westover teve que viver até se libertar da culpa por achar que estava fazendo algo abominável ao sair de casa.
Ela lidou com tantas questões importantes e impactantes: a bipolaridade e o fanatismo religioso do pai, conviver com um irmão abusivo e a mãe submissa... toda a violência física e psicológica...
Teve fatos chocantes que nos fazem refletir, como podem ter pessoas ainda nos dias de hoje, vivendo à margem de ignorância.
Mas a história deixa uma mensagem, é que a educação transforma vidas.
Leia você não irá se arrepender.

Marlonbsan 17/05/2022

A Menina da Montanha
Tara Westover nasceu nas montanhas de Idaho, caçula de 7 irmãos, criados sob a visão de seu pai, trabalhavam em prol de se preparar para o fim do mundo. Nenhum deles frequentava a escola regular, até quando um dos irmãos mais velhos vai para a faculdade, mostrando que há um mundo a se explorar além da montanha o que influencia Tara a fazer o mesmo.

O livro é narrado em primeira pessoa e acompanhamos, através da visão de Tara, a sua vida. A linguagem é simples, mas há alguns momentos de densidade maior, por conta das descrições e algumas repetições.

A história de Tara é impressionante, daquelas que costumamos ver em filmes ou em livros, por conta da peculiaridade e de todo o contexto no qual ela está inserida. Mas esse é um relato real de sua vida e sobre o que ela viveu com a sua família.

Confesso que iniciei esse livro tendo a impressão de que teria uma aversão maior quanto aos pais de Tara, mas creio que ela tenha deixado a história de uma forma mais leve e menos crítica sobre a visão deles, principalmente do pai, apesar de deixar claro o posicionamento dele e as suas ideias.

Uma parte interessante do livro é entender um pouco sobre o processo de aprendizado e questionamentos feitos por Tara durante a sua jornada de conhecimento, algumas gafes por não conhecer termos e o quanto ela se dedicou a aprender e como essas coisas foram acontecendo em sua vida.

A parte que envolve a família e suas crenças também são interessantes para se conhecer, assim como analisar a sua visão de mundo. E pode-se traçar paralelos com ideias de fanatismos que muitos têm hoje sobre vários assuntos. Não me aprofundei em pesquisar se as concepções apresentadas nos livros são gerais, ou específicas do pai de Tara.

O livro mostra, essencialmente, como cada pessoa traça seu destino e mesmo estando em condições adversas, é possível fazer escolhas e se desprender de amarras que parecem sem fim e o conhecimento ainda é o melhor caminho para isso.

Day 25/01/2022

Um dos melhores da minha vida.
Sempre tenho um pouco de medo de falar sobre os livros que realmente me tocaram. São poucos, talvez três ou quatro em toda a minha vida (não que eu tenha lido muito), mas acontece que é sempre o mesmo medo de não fazer jus às milhares de coisas que a história significou, me ensinou e me fez sentir enquanto lia.

A Menina da Montanha é uma autobiografia, a minha primeira, e isso é importante porque jamais tinha lido um livro consciente de que todas as coisas absurdas que acontecem nele aconteceram de fato. Quando penso nisso, me lembro de um momento em que Tara, já na faculdade, fica chocada ao descobrir que um acontecimento histórico ocorreu na mesma época em que sua mãe estava viva, porque percebe que aquilo à aproxima da história de uma forma que vai além da relação estudante×matéria.

Da mesma forma, também fico chocada ao pensar que muito do que aconteceu com Tara aconteceu enquanto eu já tinha nascido e já caminhava pelo mundo.

Tendo crescido em meio a uma família cujas algumas das principais crenças eram a de que o governo usava as escolas para fazer lavagem cerebral e o Sistema Médico era perigoso, Tara Westover passou a metade da vida privada de educação e teve de enfrentar diversas situações em que a medicina profissional deveria ser a primeira opção e não foi. Isso, somado aos abusos físicos e psicológicos, à exploração e à negligência de membros importantes de sua família, tornaram para Tara o processo de encontrar a si mesma e seguir seus objetivos um caminho de luta, que deixou traumas com os quais ela teve de lidar na outra metade de sua vida. Hoje, uma doutora formada pela Universidade de Cambridge, que estudou também em Harvard e escreveu um livro que alcançou o topo do New York Times, Tara Westover, embora afastada dos pais e de alguns dos irmãos, diz estar em paz consigo mesma e suas escolhas, o que, depois dessa leitura difícil, me deixa encantada e inspirada por sua força.

Demorou um pouco após o início da leitura para que eu percebesse como ficaria encantada, mas tendo visto o quanto seria bom, não quis mais parar.

Eu e a autora temos, com certeza, histórias completamente diferentes, mas foram mais que um fascínio pelas coisas que ela viveu ou pela sua superação que me permitiram ser amarrada a esse livro como fui a pouquíssimos outros. É nesse momento que eu sei não explicar exatamente o motivo de ter amado e tenho medo de não fazer jus ao que sinto, mas, se tivesse que chutar, diria que o que me une a Tara, o que me fez querer chorar em alguns momentos, o que me fez marcar diversos trechos, o que me fez sentir mal em muitos outros, é alguma coisa mais universal, alguma coisa que não fala só sobre Tara ou sobre mim, mas sobre outras tantas pessoas que leram esse livro e ficaram sem palavras ao terminá-lo. Alguma coisa sobre andar pelo mundo e descobrir a si mesmo à medida que o desbrava, alguma coisa sobre identidade, sobre dever, sobre o desejo e o medo de desejar. É como se, por mais que sua história seja tão singular, assim como é a de todos os seres humanos, Tara também contasse uma história comum a muita gente, o que permitiu que eu me identificasse com ela e, assim, não pudesse esquecê-la.

É o que A Menina da Montanha se tornou para mim: inesquecível. Por isso, se tiver lido até aqui, espero que não descarte a possibilidade de fazer essa leitura também, porque pode se identificar também, porque pode amar também.

Gabs 29/01/2024

Mais uma autobiografia incrível pra conta.
Tara foi uma pessoa que teve a vida completamente transformada pela educação. Uma história inspiradora e emocionante de uma garota que, mesmo tendo crescido em meio a uma família pirada de fundamentalistas religiosos que sequer permitiam que ela frequentasse a escola, conseguiu quebrar barreiras e tornar-se Doutora em História entre duas das melhores universidades do mundo.
Leitura muito boa.

MMo 12/06/2022

A MENINA DA MONTANHA
Tara Westover, nascida em Idaho, morou grande parte de sua vida numa montanha, longe de uma educação formal, criada numa família tóxica, fanática e abusiva. Nunca alimentou sonhos enquanto lá viveu.
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Sua história inspiradora e emocionante é, ao mesmo tempo, angustiante e assustadora. Uma leitura que sensibiliza, alimenta e nos permite uma análise do verdadeiro significado da educação: a transformação.
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Uma história de vida que jamais passará desapercebida, pois a perseverança, a resiliência e a libertação são fatores que fazem de Tara um ser de infinita admiração.

Rafa 27/07/2022

Pílula antialienação
Em meio às experiências com a violência e o fanatismo religioso, a autora imprime uma séria discussão acerca da importância da educação. A obra reacende o conceito de transformação inerente ao conhecimento.

Ana 17/12/2023

Eu não sei como, se por desatenção ou até meio de propósito, mas ignorei o fato de que essa se tratava de uma história real. E foi isso que fez com que fosse possível digerí-la. Um livro muito pesado, e muito potente. Foi uma leitura incrível!

Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

A menina da montanha, de Tara Westover – Nota 9,5/10
A partir de suas memórias, Tara narra a experiência de ter sido criada em uma família que se isolou do resto do mundo. Baseados em um fanatismo religioso e na crença de que o fim dos tempos estava próximo, seus pais decidiram criar Tara e seus irmãos nas montanhas do interior dos Estados Unidos, com o objetivo de depender o mínimo possível do sistema repressor que é o Estado. Assim, durante a sua infância, a autora nunca frequentou uma escola, nunca entrou em um hospital ou conviveu com crianças que não fossem seus irmãos. Os episódios relatados por Tara revelam situações de sofrimento físico e psicológico que iriam marcá-la pelos anos que estavam por vir. Seu pai, que claramente sofre de transtornos psicológicos, é apresentado como um homem obcecado pela religião, enquanto sua mãe, facilmente manipulada, acaba sendo arrastada pela loucura do ambiente em que vive. Na primeira parte da leitura, senti que o livro se limitaria aos episódios trágicos de sua infância.

A situação, no entanto, começa a mudar quando os irmãos mais velhos de Tara resolvem se livrar dessas crenças extremistas e saem de casa para tentar viver como um “jovem comum”. Com isso, a curiosidade por entender o que havia além daquele pedaço de terra em que vivia passou a atormentar a autora. E o mais interessante na obra é poder acompanhar justamente essa transformação vivida por Tara: um lento e sofrido processo de tomada de uma consciência própria, em que pode ser livre para ter opiniões e questionar a única visão de mundo que conhecia. Mas ao começar essa realidade até então desconhecida, Tara passou a enfrentar uma constante crise de identidade. Em qual versão acreditar? Como ter uma opinião diferente se isso podia colocar em risco os seus laços familiares – que apesar de conturbados, eram os únicos que tinha?

No final, terminei o livro com a sensação de ter lido não apenas um relato sobre uma infância fora do comum, mas de ter conhecido as memórias de uma identidade em formação, em que o novo e o aterrorizante podem estar nos pequenos detalhes.

site: https://www.instagram.com/book.ster/

Gleika Samila 21/06/2020

Libertador
O livro prende bastante a atenção, é uma leitura fácil, forte e impactante...
No decorrer da leitura me vi esquecendo que o livro retrata uma história real, devido o absurdo do contexto vivido e narrado por Tara. Tive várias reflexões sobre a influência da família e o peso emocional que isso tem na vida de uma pessoa, o quanto isso pode criar abismos, o quão difícil pode ser o desvinculo, esse que por fim pode ser o único meio para o encontro da paz na alma.

O livro mostra a força de uma menina que trilhou um caminho diferente do comum para viver a liberdade que só a educação pôde proporcionar.

É incrível. Leiam!

Évelin Noah 28/06/2020

Incrível!
Me faltam adjetivos para descrever esse livro. Receio também que qualquer possibilidade de descrição ou elogio acabe gerando um spoiler.

O que posso afirmar, é que, a história de Tara é a mais incrível e inacreditável que eu já li nos últimos anos.

É necessário relembrar a todo instante que o livro não retrata uma ficção ou algo ocorrido a décadas passadas. Muito pelo contrário. É algo muito recente.

A cada momento que eu lia, onde ela citava datas e anos, eu pensava: - Meu Deus! Enquanto eu tinha uma vida perfeitamente normal, essa garota passava por toda essa loucura. Inacreditável!

Enfim, mais do que recomendo. Leitura obrigatória para todo ser humano!

Matheus.Salvador 04/09/2020

Linda leitura
Uma leitura gostosa, uma história de vida que merece ser conhecida por todos.

Alessandra Bevilaqua 19/06/2020

Esse livro é poderoso!
O livro é espetacular. Poderoso de verdade. Eu fiquei muito encantada com a forma que a Tara narrou a história, pois me envolveu de uma forma que as vezes eu esquecia que se tratava de uma autobiografia e quando me lembrava, sentia o impacto duas vezes do que estava lendo. A forma como ela entrega os detalhes das lembranças e dos seus sentimentos, a forma como ela encerra cada capítulo que sempre dá um gancho ótimo para o próximo.
É aquele livro que não dá para parar de ler. E que me causou diversas reflexões sobre família, crenças, privilégios, diversidade e principalmente sobre a educação. Como ela transforma, é grandiosa e tende a nos fazer pessoas tão grandes quanto.
Eu me emocionei bastante também com a forma que ela ama a sua família incondicionalmente e mesmo assim consegue, com muito esforço, se desvencilhar deles quando preciso.
Fazia um bom tempo que eu não lia um livro tão bom, que me causasse múltiplos sentimentos e fiquei completamente satisfeita quando terminei de ler ‘A menina da montanha’. Nem consegui ficar triste por ter acabado simplesmente porque eu tinha lido algo tão incrível.

Leonardo.Broinizi 27/07/2021

Uma história impressionante e emocionante.
Esta autobiografia, apesar de ser um livro de estreia da autora, é muito bem escrita.

A história é cheia de percalços, principalmente em relacionamento familiar. Os rumos que a protagonista tomou são surpreendentes, dadas as condições em que ela cresceu. Os desfechos ainda são provisórios, já que a autora ainda é nova (nasceu em 1986).
Nessa história veremos fanatismo religioso, relações familiares complicadas, questões morais e psicológicas sendo levadas a extremos, machismo, teorias da conspiração e como tudo isso pode afetar duramente pessoas que simplesmente cresceram nesse contexto.

Leitura indicada a todos!

Rafaelbing 07/05/2022

4,0????????
Eu nem sei por onde começar a falar sobre essa história.

Tara teve uma vida bem sofrida, envolta de pessoas com transtornos mentais, não confiáveis, e mesmo assim ela lutou para vencer.

O fato dela estar onde esteve até aos 17 anos de idade, faz com que pensamos no que temos e tivemos para ser alguém na vida.

A impressão que você passa à pessoas em sua volta faz de você quem você é? O que falam te faz parar ou te dá impulso para continuar?

Esse livro me fez muita raiva em vários episódios tratados ali. Me questionava porque a Tara não seguia sua própria vida e deixava o passado para trás, mas ela tinha origem, tinha raizes que faziam dela o ser humano que foi transformado no final dessa história.

Depois de um certo momento entendi que ela precisou passar por tudo para chegar onde chegou.

?Ninguém, a não ser nós mesmos, pode libertar nossa mente.?
Bob Marley. ??

Recomendo a viajar nessas páginas ???