Memórias Póstumas de Brás Cubas

Memórias Póstumas de Brás Cubas Machado de Assis...




Resenhas - Memórias Póstumas de Brás Cubas


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Habib's_131 28/06/2024

Parece que saiu de um wattpad do século XIX ?
É um dos melhores livros que já li em toda minha vida!! Tô relendo essa trilogia do Machado e comecei por esse, amo o estilo de escrita Machadiana. Tirando pela escrita, os livros desse querido são atemporais!!
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Ariana Pereira 28/06/2024

Imortal
Machado de Assis registra a imutabilidade da miséria humana. Um livro sempre atual, uma literatura realista que nunca fica ultrapassada. Genial!
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Clio0 28/06/2024

O livro que menos reli de Machado de Assis é também um dos meus preferidos. O motivo pelo qual me excusei e me esquivei várias vezes de retomar essa obra é simples: lê-lo é olhar no espelho e ser estapeado pelo próprio reflexo.

Brás Cubas, em sua história de salvar a humanidade com seu emplastro universo, é o típico brasileiro que metade inocência, metade malícia, julga ser simples resolver os males do mundo. Seu objetivo nobre e inalcançável revela sua natureza volúpel, imediatista, frágil.

O séquito de personagens secundários não difere, parecem arquétipos das mesmas características e os acontecimentos seguem o fluxo natural de seus atos em momentos que passam facilmente por tragicomédia.

Quanto a escrita, é densa com diálogos de exposição que esmiuçam as ideias do autor - Brás Cubas, não necessariamente Machado de Assis. Não é propriamente complicada, mas notas de rodapé podem ajudar os leitores não acostumados com a literatura do século XIX.

Recomendo.
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cris 27/06/2024

Isso foi difícil, mas valeu a pena
Eu acho que foi a primeira vez q eu ri tanto lendo um livro, como o Machado é irônico, sarcástico, com piadas com a desgraça dos personagens, é incrível kkkkkkkk.
Esse livro até agora tá ocupando um triplex na minha cabeça, como pode uma pessoa viver uma vida tão pacata, sem significado, sem nada, mesmo tendo tudo ao seu alcance?
Foi inacreditável como o Brás teve todas as chances e só continuava se metendo em furadas, becos sem saida e situações ruins, nunca teve um pingo de juízo, um pingo de consciência, nada.
Esse livro me fez refletir muito sobre inúmeras coisas, problemas sociais, pessoas, sobre minha propria vida, sobre a que exatamente esse livro foi uma crítica.
E eu sinto que um dia irei ler novamente, pq ler uma vez só não é o suficiente pra absorver nem 80% do que o Machado realmente quer que você absorva com essa leitura, muito por causa do vocabulário.
Porem, é incrível, vale a leitura, Machado era um gênio.
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Bella :) 27/06/2024

Clássico excêntrico
Diferente de qualquer outra leitura já nos surpreende desde a proposta: um defunto autor
nos narra de outro plano o que e como foi sua vida
ou melhor, sua miserável e banal vida

essa é a principal mensagem que o ilustre brás cubas nos passa ao contar suas memórias
viveu uma vida de luxos mas sem nenhuma conquista ao qual se orgulha
pacato, sem herdeiros, deixa o livro para que assim lembrem quem foi aquele cadáver.
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Geovana.Mendonca 26/06/2024

"Matamos o tempo; o tempo nos enterra."
Não sei se é brilhante ou se é pura loucura. ?
O começo é bem arrastado, mas depois te instiga a continuar lendo e a saber o desfecho.
O protagonista é um cara muito estagnado, sem mínimas perspectivas além de usufruir do privilégio de sua posição. Suas atitudes falhas e medíocres levam ao seu fim.
Já sabia que não devia esperar muito do final, mas mesmo assim quis que ele tivesse um final feliz.

"Trata de saborear a vida; e fica sabendo que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la."
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hk.liv 26/06/2024

Rico vocabulário
Rico vocabulário, escrito no século XIX e muitas referências. muitos e reconhecida como uma obra excepcional da literatura brasileira
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spampfilms 26/06/2024

A escrita do Machado de Assis é realmente um desafio, esse é o segundo/terceiro livro que leio dele e claramente em ambos pensei abandonar a leitura no meio (mas segui firme e terminei ambos).
Senti como se estivesse lendo um diário e talvez de fato tenha sido, gostei da aparição do Quincas Borba pois eu não tinha noção de que ele e o Brás Cuba eram do mesmo universo literário e acabou sendo uma grande surpresa para mim.
Apesar da escrita difícil (com motivo), ler os livros do autor é sempre uma experiência muito interessante.

?Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria?.
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Caio.Donza 25/06/2024

Revolucionário
Gostei muito, o livro apresenta uma narrativa bastante revolucionária. Os capítulos mais "experimentais", como o de Adão e Eva, são brilhantes. Contudo, tenho uma opinião que talvez seja impopular: o personagem do Quincas Borba é insuportável. Chega um determinado momento do livro, já no final, onde ele ganha muito destaque e pra mim foi chato demais. Tirando isso, é um livro que conseguiu me causar um misto de sentimentos, da tristeza à alegria. Muito bom!
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Duda 25/06/2024

Definitivamente um livro!! bom pra caramba mas não é o tipo de leitura que eu goooosto. demorou um pouco pra eu pegar o embalo e realmente entender oq tava acontecendo, mas como uma pessoa que adora história do brasil, eu amei a narrativa e os plots, a maneira que ele se ?apaixonava? pelas mulheres, o jeito que ele bancava o espertao mesmo sendo um bunda mole miserável e consideravelmente uma pessoa ruim
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Jenni 25/06/2024

"Matamos o tempo; o tempo nos enterra..."
?"Ao verme
que primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
dedico como saudosa lembrança
estas
MEMÓRIAS PÓSTUMAS"
...
"Memórias Póstumas de Brás Cubas", escrito por Machado de Assis e publicado em 1881, é considerado um dos romances mais importantes da literatura brasileira. A obra narra a história de Brás Cubas, um homem já falecido que, do além, decide relatar os principais acontecimentos de sua vida, incluindo sua obsessão pelo Emplasto Brás Cubas, um suposto remédio anti-hipocondríaco. Escrito com uma combinação única de ironia e melancolia, o romance aborda temas profundos e complexos, refletindo sobre a condição humana, a passagem do tempo e a hipocrisia social.
...
A leitura de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" foi, para mim, uma experiência intensa e enriquecedora. Comparado a outros trabalhos de Machado de Assis, como "Dom Casmurro" e "A Cartomante", este romance se destacou por sua densidade e pela riqueza de significados nas entrelinhas. A edição que li foi particularmente valiosa, pois incluía notas explicativas sobre as várias referências literárias e históricas, o que aprofundou minha compreensão do texto.
Uma das características mais cativantes da escrita de Machado de Assis é sua capacidade de estabelecer um diálogo íntimo com o leitor. Em "Memórias Póstumas", essa habilidade é levada ao extremo, fazendo com que Brás Cubas pareça um narrador extremamente real e presente. A estrutura dos capítulos curtos contribui para a fluidez da leitura, permitindo pausas reflexivas que enriquecem a imersão na narrativa.
O tema da traição, recorrente nas obras de Machado, inicialmente me pareceu uma obsessão peculiar. No entanto, ao aprofundar meus estudos sobre o contexto histórico e social, percebi que a traição funciona como uma metáfora para a hipocrisia e a infelicidade ocultas na sociedade da época. O romance revela como indivíduos da alta sociedade, apesar de aparentarem ter tudo, viviam em constante insatisfação e dissimulação.
A ironia mordaz e o tom sombrio presentes no romance foram aspectos que me marcaram profundamente. As reflexões sobre a morte e o fluxo do tempo são magistralmente integradas à narrativa. A própria estrutura do livro, com seus capítulos breves e fragmentados, serve para ilustrar a percepção fragmentada e efêmera do tempo. Uma passagem que considero emblemática é quando Brás Cubas afirma: "Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados." Esta frase é uma sátira brilhante sobre a importância excessiva atribuída à opinião pública em detrimento do peso da própria consciência, coisa que não vale de nada quando se está no caixão.
A complexidade de Brás Cubas como personagem é outro ponto que merece destaque. Criado em um ambiente aristocrático que lhe proporcionava todas as oportunidades, ele nunca conseguiu realizar seus grandes sonhos. A dualidade de sua personalidade ? a ausência de arrependimentos contrastando com suas frustrações ? reflete a profundidade das contradições humanas. Ele desejava um herdeiro para continuar seu legado, mas também se alegrava por não perpetuar a miséria humana.
A abordagem da escravidão no romance é incisiva e significativa. O tratamento do personagem Prudêncio e seu escravo evidencia a crítica de Machado de Assis à sociedade escravocrata. Esta reflexão sobre o "sonho do oprimido de se tornar opressor" demonstra a visão crítica e consciente do autor sobre o tema, desmentindo qualquer alegação de alienação.
Em resumo, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" é uma obra atemporal e essencial. Mais do que uma leitura, é uma vivência que deve ser sentida e compreendida em toda a sua profundidade e complexidade. Machado de Assis nos oferece um espelho para refletir sobre nossa própria existência, com todas as suas ironias, tristezas e contradições.
DaviLector 26/06/2024minha estante
Excelente resenha. Fiquei empolgado para ler esta obra.

No entanto, nunca li Literatura. Na sua opinião, é um bom começo?


Jenni 26/06/2024minha estante
@DaviLector É um ótimo livro, achei meio denso comparado aos outros que li do autor, talvez não seja o melhor começo. Do mesmo autor tem "A Cartomante" que é um conto, mais curtinho e ainda tem a mesma essência e em romance, "Dom Casmurro" pode anteceder esse


DaviLector 26/06/2024minha estante
Obrigado, Jenni.

Excelentes leituras pra você. ?


Jenni 26/06/2024minha estante
De nada, para você também ?




henriqueacastro 25/06/2024

A vida do defunto-autor
O livro ?Memórias Póstumas de Brás Cubas?, escrito pelo renomado autor brasileiro Joaquim Maria Machado de Assis, é uma das obras mais importantes da literatura brasileira.

Situada no final do século XIX, a narrativa é uma autobiografia singular escrita pelo próprio defunto Brás Cubas, que se autodenomina como um "defunto-autor". Como protagonista e narrador, ele compartilha diversas histórias de sua vida com uma visão notoriamente pessimista, característica marcante do realismo presente na obra.

Ao longo do livro, Brás Cubas relata episódios de sua infância travessa, suas desilusões amorosas, o luto por um ente querido, entre outras memórias. Essas histórias são contadas com uma certa intimidade e nostalgia, essenciais para se compreender o personagem.

Um dos pontos centrais da obra é o amor proibido entre Brás Cubas e Virgília, esposa de Lobo Neves, um político e amigo do protagonista. A trama destaca a humanidade do personagem, que comete muitos erros e mantém uma visão pessimista da vida.

A leitura as vezes parece confusa em alguns momentos, com situações intercaladas por pensamentos e personagens que não são constantes na vida de Brás Cubas. No entanto, essa estrutura contribui para o caráter inovador da narrativa.

?Memórias Póstumas de Brás Cubas? foi pioneira do realismo no Brasil e satiriza diversas "situações" da época, como o evolucionismo de Darwin, através da filosofia do humanitismo apresentada pelo personagem Quincas Borba.

Minha experiência com o livro foi positiva. A leitura me deu a sensação de estar ouvindo as histórias de alguém mais sábio, que já está ?devastado pela vida e saciado dela?. Como o narrador não tem nada a esconder, suas histórias carregam aflições e incertezas que me fizeram refletir sobre minha própria vida e legado.
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stchnard 25/06/2024

Uma expectativa quebrada (em trilhões de caquinhos).
Eu não lembro muito bem o que me deu de querer ler Memórias Póstumas de Brás Cubas, do Machado de Assis. Sempre achei qualquer resenha e qualquer publicidade sobre o livro muito entediante ou, como posso dizer? Indiferente.

Para mim, MPBC (preguiça de citar) era um conceito. Sabe, uma coisa que todo mundo entra em consenso às vezes, mas que para mim, era indiferente. Um livro muito prestigiado que narra uma história importante, uau, que interessante!

Nenhuma resenha, nenhuma opinião pública, nenhuma recomendação ou imposição me trazia vontade de ler essa obra Machadiana. Para mim, era só um livro importante para a Literatura como muitos outros. Eu estava bem confortável lendo Fantasia e Ficção Científica, então, para que me aventurar nisso? Talvez só para encher minha lista de “lidos”, né?

Bem, então, do dia para noite pensei: Hm, e se eu ler? É curtinho, acho que eu consigo matar, e talvez depois eu me sinta mais portador de um CPF.

É, entendi porquê tem gente que faz mestrado baseado NESTA obra.

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## **Início da resenha**

Bom, no início do livro eu achei absurdamente difícil. Sério, de verdade. Nas páginas iniciais eu precisava ler com um dicionário ao lado, e às vezes, até com o google aberto, o que me desestimulava a continuar lendo. Era uma leitura com termos datados, extremamente maçante e desinteressante. Brás Cubas não se importava em me cativar, e eu não me importava em lhe dar minha atenção.

Não sei se isso configura como um relacionamento abusivo, mas essa falta de pretensão com o contato de leitor e autor, e essa falta atenção que eu queria receber, só me fizeram, e é importante acrescentar que isso só aconteceu a partir da página 90, querer continuar. É realmente irônico como Brás Cubas QUEBRA a sua expectativa contando sua história da forma que ele QUER. E você que se contente com isso. A história é dele para ele, e não para você, sinto muito.

Acho que é isso que me deixou, por tanto tempo, e por tantas páginas, de nariz torcido para esse livro. É um livro que, sem ou com você, não faz diferença. O defunto autor (desculpe o spoiler) não se importa com o que você vai achar de sua mediocridade, de suas divagações egocêntricas e nem de suas próprias redundâncias. Ele não vai narrar para você o que você quer, nem do jeito que você quer.

Diferente do romantismo, Machado parte ao meio (badum-tss) e encaixa, de forma abrupta e nada discreta, o cinismo, o sarcasmo, o humor cru, o egoísmo e a objetividade à literatura brasileira. Ou seja, o realismo estava colidindo com o romantismo na terra tupiniquim.

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## **Brás Cubas**

Brás Cubas é, para mim, um jovem medíocre. Ele não tem fortes ambições, não tem sonhos ou aspirações. Faz parte da elite brasileira, filho muito amado em uma família bastante prestigiada. Nunca precisou, até os dezessete, se importar com o que fazer para viver. Na mocidade, sofreu de amor, de paixão juvenil, e sua primeira paixão tinha nome, Marcela. Seu pai, ao perceber quanto o menino morria de paixão pela moça, e não pelo seu sobrenome, decidiu mandá-lo para Portugal, para que se formasse na faculdade.

Brás Cubas não se dá ao trabalho de descrever muito os anos em que passou estudando. Ele não se importa e nunca se importou com isso. E fora com uma carta de seu pai anunciando uma enfermidade na família que Cubas retorna ao Rio. Após a morte deste parente, seu pai decide apertar o calo do já então homem Brás Cubas, querendo elevá-lo à política. E sem muito protestar, Cubas aceita. Ele é, segundo o dito popular, o camarão que dorme. Entretanto, até este plano é frustrado, e em frustração morre o pai de Brás Cubas.

O que é narrado em seguida é realmente interessante, mesmo que Brás Cubas não se interesse pelo meu interesse! A vida, suas divagações e digressões começam a ficar mais intensas, mais absurdas e mais melancólicas. É fato que algo começou a penetrar essa casca vazia que o defunto autor chamaria de carne, mas, por enquanto, minha única opinião sobre a personagem é esta: Brás Cubas não tem direção.

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## **Leitura**

Já se encaminhando pro final, eu ainda não faço a menor ideia de onde essa história vai parar. Creio que esta seja a experiência mor deste livro, você, a cada capítulo, se surpreende, tanto para o bem quanto para o mal. E, com para mal, me refiro ao ritmo. O livro é pesado em ânimo, e, por vezes, enfadonho, e que bom que o autor sabe disso. No capítulo “O senão do livro”, Brás Cubas revela que sabe como a leitura deve estar sendo para a maioria de nós, e que bom, pois isso me dá confiança de que ele sabe o que está fazendo!

Ainda sobre o ritmo, está realmente sendo difícil para mim continuar a imergir numa história que, até agora, não tem construção direta, são altos e baixos, assim como é a vida. Com capítulos curtos, percebe-se o fluxo de pensamento que Brás quer dar à sua obra, e com grande ênfase à paixão, é notório o ouro que guarda na obra, a de seu amor. Repito, não faço a menor ideia de para onde está se encaminhando a narrativa, assim como nunca a tive. Isso tanto me impulsiona pela curiosidade, quanto me repele pela lentidão. Mas, segundo Cubas, o grande defeito deste livro não é o seu ritmo e construção, e sim eu, que sou um leitor apressado.

E EU JURO que eu quero acreditar no potencial da obra, mas, de verdade, para quem está saindo de uma ressaca, é penoso e punitivo. Porém, para quem está com o sangue quente, deve ser uma experiência estupidamente única ver-se face à face com uma inteligência literária tão única. Reconheço a grandiosidade da obra por não querer ser o que não precisa.

Para o final, lá para 85/90% da obra, percebe-se que as personagens começam a ter seus finais. Eugênia, Marcela, Quincas, Neves… todos iam padecendo de coisas diferentes, até que, por fim, Brás. Isso trouxe à obra um clima mais sério do que a mesma gostaria de passar, eu penso. Talvez, Machado não quisesse que esse sentimento brotasse como aquela velha flor que brotou em Cubas, mas o solo foi, e não me pergunte de que forma, regado e adubado. Agora, não resta muito além das últimas palavras.

Brás morre de forma a lamentar seu saldo “negativo”: sem compadecer-se com a morte de Dona Plácida, e nem com a semidemência de Quincas; sem se tornar ministro; sem ser califa; o emplasto, não produziu ganhos; não desfrutou de um casamento. Nhã-Loló morrera, Marcela, passara, Eugênia, nem pensar, e Virgília? Inalcançável. E no final, não quis propagar a outro tudo o que tinha, isso é, não o ouro, mas a miséria.

Com certeza Brás Cubas foi um ser chato do início ao fim, e para mim, o Humanitismo de Quincas Borba me era sonolento. Calma, por que estou falando assim? Enfim. Acho que minha experiência com esse livro se baseia em duas coisas, a admiração e a penitência. Enquanto admirava a forma como Machado conduzia a história de Cubas, através de capítulos com humor sarcástico e que quebravam a quarta parede, sentia-me pagando por um crime que não cometi, pois o livro se arrasta, e se arrasta com força.

Creio que o que resume toda a minha experiência fora um capítulo que Machado acertara com precisão sobre mim: LXXI, O senão do Livro. Este capítulo é, sem sombra de dúvidas, aquele que resume a minha experiência como leitor. Ver que Machado ENTENDE isso, me dá confiança de que li o livro com olhos corretos, o que só me mostra quão brilhante o autor (não o defunto) é.

Brilhante, curioso, mas não, não leria de novo.

O livro é exatamente o que ele deve ser, e agora que terminei, mesmo não tendo tido uma experiência viciante, entendo melhor isso. Esse livro é o que é, da forma brilhante que é, sem ou com você, leitor, pois o maior defeito desta obra é, como diz Cubas, você.

site: https://stchnard.notion.site/Mem-rias-P-stumas-de-Br-s-Cubas-fe792656ed5748198e4084abff78328c?pvs=4
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Black Jackson 25/06/2024

O livro é maravilhoso, nunca vi um personagem tão bem escrito.
No entanto, tenho grande dificuldade de entender o que está escrito, admito que seja falha minha e que o texto escrito daquela forma é um dos grandes destaques do livro, mesmo assim tive que tirar alguns pontos em sua nota final.
Enfim, com toda certeza irei lê-lo quando for mais velho, pois esse livro é aqueles que não serve para ser lidos apenas uma vez.
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Ana 24/06/2024

RIP Brás Cubas
No começo do livro foi complicado "entrar" na história. Não estou acostumada a ler clássicos, então o vocabulário tbm me deu uma empacada.
Mas depois de algumas páginas comecei a fluir na leitura e compreender (um pouco mais) as filosofias (menos o rolê de humanistas, pq isso daí foi osso) e os devaneios do Brás. Até simpatizei um pouco com o homem.
É um livro com ironia, humor, romance, drama e etc, de um jeito mais clássico (óbvio) mas ao msm tempo de uma maneira moderna. Sei lá, a escrita do querido Machado de Assis não é fácil de rotular. Achei q não gostaria, mas me surpreendi.
Recomendo, pode ser um pouco penoso mas vale a pena. O próximo da minha lista é vc Dom Casmurro...;)
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