Luiz 05/10/2022
A influência da Ordem Mundial no Brasil
Livro: Brasil e a Nova Ordem Mundial
Autor: Alexandre Costa
"Entendo a "Nova Ordem Mundial" como um conjunto de iniciativas que visa à criação de uma nova sociedade, planejada para permitir e sustentar um governo mundial totalitário, com ramificações de maneira a controlar todos os aspectos relevantes do cotidiano.
[...]
A Nova Ordem Mundial também pode ser entendida como uma evolução, um desdobramento, uma ampliação e um aperfeiçoamento de regimes ditatoriais que existiram ao longo da história. [...] O fracasso dos regimes coletivistas do século XX mostrou que uma mudança destas proporções não seria viável apenas com arranjos políticos e econômicos: para criar a nova civilização é preciso criar uma nova cultura e, conseqüentemente, um novo homem."
(Alexandre Costa, p. 24)
Alexandre Costa, assim como em seu livro anterior "Introdução a Nova Ordem Mundial", retoma alguns temas explorados anteriormente, de maneira mais sucinta, objetiva e fluída, neste livro além de conduzir e explicar melhor pontos que ficaram superficiais no livro anterior, agregando mais algumas informações das influências da Nova Ordem Mundial aqui no Brasil.
Um grande diferencial deste livro pro primeiro são, justamente, a objetividade da escrita, a excelente seleção dos conteúdos abordados, e principalmente, o enfoque de uma capítulo que responda dúvidas dos leitores. Ainda que no Livro "Introdução a Nova Ordem Mundial" tenha uma boa escrita, por vezes houveram repetições de sentença, e frases de efeito - por assim dizer -, coisa que não percebi neste livro. Outra questão importante é a retomada explicativa do tema do que é a Nova Ordem Mundial, pra quem ainda não compreendeu de maneira geral. Enquanto no livro anterior o autor tenha se preocupado em abordar diversos assuntos, aqui eles foram bem mais afunilados. O capítulo em que o autor responde a dúvidas frequentes também é muito bom pois não é algo que se costuma a ver, onde se propõe a responder questões que são sempre levantadas e a relevância dessas perguntas para o tema em questão, além de mostrar preocupação com os leitores e também criar maior vínculo com o leitor, é sem dúvida uma decisão acertada.
O livro, lógico, se propõe a falar sobre o Brasil e as influências da Nova Ordem, porém diria que apenas um capítulo tenha sido pouco, na minha opinião, ainda que tenha sido apresentado muitas coisas novas, pra mim, poderia o livro ter se delongado mais, visto que esse era o objetivo do livro, acredito que o espaço pra falar do Brasil foi pouco se comparado ao tamanho do livro como um todo.
Sobre a temática do Brasil é muito interessante compreender os mais diversos temas como: que desde a fundação do Brasil, o nosso país possui dívidas por conta de empréstimos com banqueiros no exterior, bem como a interesses políticos, invasores foram também financiados por banqueiros; financiamentos em ferrovias no Brasil também foram feitas, criações de ONGs e os mais diversos tipos de empresas estrangeiras surgiam para fazer frente ao poder político da época; influências ideológicas marxistas e socialistas que os governos tiveram; a influência nazista na construção de Brasília; o embate entre guerrilheiros e militares; a criação dos partidos de esquerda e a farsa da "direita" PSDB x "esquerda" PT; a operação lava-jato; o foro de São Paulo e os narcotraficantes, dentre outros assuntos.
É um livro muito interessante de ser lido, recomendo a leitura.
"Os confrontos entre o socialismo revolucionário vs socialismo fabiano, com pautas muito parecidas, mudando apenas a velocidade da implantação, já duram mais vinte anos (And Counting).
Atualmente, quando tento entender o desenvolvimento histórico recente desse cenário, tenho a impressão de que tudo não passou de um processo, com a era PSDB-FHC dos de Lula e seu partido. O primeiro, apesar de se declarar marxista várias vezes, exerceu o poder exatamente como prevê o ideal fabiano, agindo nas entranhas do Legislativo, abrindo brechas para implantações futuras; e o segundo, mais por instinto político do que por teoria, aparelhou e agigantou o Estado e o próprio poder valendo-se de táticas mais barulhentas, como conciliar pressão de cima (governamental) com pressão de baixo (militância organizada disfarçada de movimentos sociais). Ambos favoreceram enormemente os banqueiros e as grandes corporações, fato esse que pode ser comprovado tanto pelo noticiário econômico da época quanto pelo "carinho" com que foram tratados pelos barões do capital."
(Alexandre Costa, p. 103)
"[...] Não é por outro motivo que George Soros, por meio da sua ONG, a Open Society, financia grupos como Mídia Ninja e centenas de outras iniciativas parecidas. Também não é nenhuma surpresa o Santander financiar o Queermuseu e o Itaú bancar o Catraca Livre, ou aquela exposição do Museu de Arte Moderna onde uma criança era estimulada a tocar um homem nu."
(Alexandre Costa, p. 117)