Bem-vindos ao paraíso

Bem-vindos ao paraíso Nicole Dennis-Benn




Resenhas - Bem-Vindos ao Paraíso


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Lais Porto (@umaleitoranegra) 18/04/2023

Bem-vindos ao paraíso
O paraíso é a Jamaica, mas bem que podia ser Salvador ou alguma outra cidade litorânea do nosso país. Aquelas cidades onde o turismo é bem visto por exercer um grande poder econômico para uma minoria, enquanto a maioria estão em situações precárias de vida e dignidade, servindo nos subempregos para manter a cidade turística funcionando.

Muito se fala de como a literatura do grande Jorge Amado incentivou o turismo sexual, mas na literatura foi a primeira vez que vi sendo pontuado sobre o turismo sexual e fazendo isso de forma racializada, pois sabemos muito bem quais são os corpos e suas cores que se prostituem para conseguir o mínimo de renda para a família, além de mostrar quem são as pessoas que ficam nos segmentos do ‘entretenimento’ dos turistas, na obra temos as mulheres e homens do mercado e em Salvador temos as baianas, os capoeiristas, os rastas-hippes.

Outro tema que Nicole Dennis-Benn aborda e é muito caro para a população negra é sobre o embranquecimento por produtos químicos, já tinha assistido um documentário nigeriano intitulado Skin de 2019 produzido pela Be Naya Productions, com direção de Daniel Etim Effiong na netflix, ao ler na obra essa mesma temática me assustei, pois não pensei que esse processo de genocídio já estivesse fora do continente africano de tal forma, no fundo eu sabia que isso não se resumia somente em África, mas ler sobre te leva para outra dimensão e faz refletir de como as mesmas armas que mata o meu povo ainda está em vigor.

Nicole aborda temas extremamente delicados, outro tema é sobre a homossexualidade das mulheres negras, ainda hoje, século XXI, ano 2023, temos estupro corretivo de mulheres lésbicas, temos pessoas negras sendo expulsas de casa por se reconhecem e não serem aceitos pela família dominada pelos valores cristãos, temos o medo que permeia e impacta a relação das pessoas negras homossexuais.

Todos esses temas são detalhados de forma incrível durante a obra, Nicole tem o cuidado de apresentar as pessoas negras sendo atravessadas pelas opressões raciais, de gênero, de classe sem conceder o falso lugar de vítima, sem colocar no lugar do mocinho ou mocinha do romance, mas de estar construído na sua totalidade humana, e como humanos estão suscetíveis aos erros, a machucar o outro, a não saber lidar com as situações, a também reproduzir opressões.

Retirar a humanidade das pessoas negras foi o primeiro passo dos colonizadores, colocar o negro no lugar do animal possibilitou que pela igreja e pelas ‘leis’ fosse legal a escravização, dessa forma reivindicar a humanidade das pessoas negras, não pela perspectiva ocidental, mas pela nossa perspectiva africana se faz necessária e essencial para realizarmos a Sankofa, retornar ao passado e pegar o que foi esquecido.

Margot, Thandi, Verdene, Delores, Jullette, todas mulheres negras jamaicanas com tonalidades de negro diferentes nos levam a refletir sobre nós mesmas, mulheres negras em outros países no qual passamos por opressões semelhantes. A leitura do livro foi continua, não tive dificuldade em manter o ritmo ou a sequência, mas confesso que esperava um pouco mais do final, que tivesse sido mais detalhado assim como foi a história toda, apesar desse único aspecto, eu me apaixonei pela escrita e a forma de narrar da escritora Nicole Dennis-Benn, e super recomendo que vocês também se apaixonem.
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Luciana 28/01/2023

É um livro que começa devagar, se você tiver boa vontade de continuar e passar da metade ele se torna interessante devido aos diversos assuntos que aborda e a complexidade humana que ele expõe. Senti raiva de todo mundo, menos da Verdene, preciso dizer isso kkk
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Michele 28/01/2023

Não salva um.
Aquele livro que vc termina odiando todo mundo, querendo que todo mundo se dê mal, se lasque e tenha uma vida miserável kkkkkkk
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mendanha 11/01/2023

bom
é um livro difícil de ser lido mas que merece atenção. escrita incrível mas não é fluída. me decepcionei um pouco com a autora porque acredito que tenha se perdido durante o meio do livro. mas o final é fiel a todo o resto da história. recomendo!
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Maluzine 05/01/2023

Bem vindos ao paraíso
Bem vindos ao paraíso é um livro real, que mostra as ambições do ser humano.
Margot a personagem principal tem uma vida dupla para manter sua irmã mais nova em uma das melhores escolas da cidade. O enredo mostra a irá e as ambições de cada personagem para manter uma vida confortável, pois para as pessoas negras na Jamaica e no mundo, isso não é muito possível.
Eu gostei do texto, mas o final foi muito corrido, na minha perspectiva como leitor.
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anitalwz 01/12/2022

os capitulos são enormes então foi uma leitura muito arrastada e não prazerosa, porém válida.
é uma história que retrata coisas de enorme importância de serem discutidas, a prostitução infantil relacionada a miséria, o racismo velado e escancarado, e como a homofobia nesse cenário é algo dilacerador.
é tão cru, e mostra uma realidade tão diferente da minha que as palavras deixavam um gosto amargo na minha boca.
as personagens são muito reais, ninguém é herói e ninguém é vilão, todos tomam atitudes duvidosas e desagradáveis quando colocadas em situação extremas.
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Cla 18/09/2022

Gostei MUITO do livro. O começo foi um pouco custoso, mas o desenrolar é excelente. Livro denso, pesado, com vários gatilhos.
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Danielle 10/09/2022

" Lembrem qui ces sao descartáveis. Um descuido e ces tao fora."

Esse livro é desesperador, dilacerador. A escrita da autora deixa a desejar mas pode crescer nos próximos e eu terei total curiosidade pois esse ainda é seu livro de estreia. A. construção narrativa por vezes me deixou confusa e perdida. Em algumas passagens me lembrou um pouco quarto de despejo (situações bem parecidas).
O livro escancara a forma clara como o capitalismo joga as pessoas na miséria e na humilhação, o passado colonizador e racista, como uma trabalhadora é explorada ate os ossos para ganhar nem o mínimo para viver. O racismo do livro é tao doído e triste, você ve as garotas se odiando e apenas ?. Quanto mais eu acompanhava o dia a dia da prota no hotel com o nepotismo, racismo e privilégio escancarado mais eu ficava desesperada e incomodada. Poderia ser facilmente um livro de qualquer pais da América Latina. É tão triste sabe, nem imagino como é (sobre)viver nessas condições.
Agora sobre a história as personagens são meio chatinhas mas você entende porquê, a história de vida, as circunstâncias, o abandono sendo repetido a cada garota da família mas cada uma a sua maneira, a fome a miséria e o desespero para sair dali. Tem que ter muita paciência com a mãe das meninas, essa parte doi porque parece que ela não tem um arrependimento. Agora a Thati é uma adolescente com problemas de adolescente e achei a construção dela a melhor das três. Gosto das nuances das personagens, nem boas nem más, tomando atitudes completamente duvidosas por motivos mais duvidosos ainda. A minha personagem favorita não apareceu tanto (a amante/namorada da principal) também foi super bem construída. Apesar de ter várias passagens importantes sobre sexualidade eu nao acho que seja o ponto principal da história e sim a prostituição/turismo sexual. Eu super recomendo a leitura, mas com resalvas para pessoas sensiveis aos assuntos supracitados.
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akasaori 09/08/2022

Definitivamente não esperava a história que encontrei nesse livro. É o tipo de realidade que a gente pode acabar esquecendo que existe por ser tão "distante" da nossa vivência, falando por mim, uma mulher branca. O arco da Thandi foi o que mais me surpreendeu do início ao fim, amei acompanhar essa família.
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Bia 05/08/2022

História boa, mas final ruim.
Comecei a ler Bem-vindos ao paraíso, pois o livro era o escolhido para uma leitura coletiva. Apesar de ter ouvido muitas opiniões positivas sobre ele, não foi uma experiência tão satisfatória assim.
O livro com toda certeza é bom, mas não foi algo que eu precisava desesperadamente terminar, por diversas vezes pensei em abandonar, mas não foi pela história e sim por ter acabado de sair de uma ressaca literária, cair dentro de um livro tão pesado assim acabou não sendo muito legal.
Em alguns momentos achei a leitura um pouco complicada, foi muito difícil me prender a leitura, não fluiu nada bem, e para pessoas sensíveis ele contém gatilho.
O final não foi nada surpreendente, muito pelo contrário, foi decepcionante pois esperava mais. Enfim, não é algo que eu recomendaria e nem voltaria a ler, infelizmente.
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Michele 27/07/2022

Bem-vindos ao Inferno!
Para quem gosta de histórias com personagens que não são exemplares essa é uma boa sugestão. Aqui as protagonistas têm seu lado bom ferido pela exploração e miséria. A história se passa na Jamaica, país de origem da autora, e é protagonizada por mulheres negras. Delores é mãe de duas filhas, Margot, que trabalha em um importante resort da região, e Thandi, a mais nova, uma menina inteligente que teve a possibilidade de acessar a escola em função de uma bolsa conseguida pela irmã. O enredo fala de prostituição, racismo, violência sexual, homofobia e... sonhos!, tendo como pano de fundo o conflito de ser excluído da sociedade em um lugar em que os ricos/ brancos (turistas) podem ter tudo, tudo mesmo.
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Patricia YM 22/07/2022

Avassalador, profundamente triste.
A leitura do livro de estreia de Nicole Dennis-Benn foi um turbilhão de sentimentos. A escrita é incrivelmente fluida e já explicita muito do que a escritora quer deixar claro: colonialismo, desigualdades sociais, machismo.
O livro é muito difícil de digerir e está lotado de gatilhos: estupro, violência doméstica, homofobia. Cuidado se vc é de um público sensível à esses temas.
A construção dos personagens foi feita com muito cuidado pela escritora e podemos sentir a dor e o amor das realidades dessas mulheres. Por todo o cuidado que a autora teve, fiquei decepcionada com o final.
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-Nyx 12/07/2022

- Muito bom! '
- Não sou muito boa em escrever resenhas, mas vamos lá?
Esse é o livro escolhido para uma leitura coletiva em um grupo no qual eu faço parte.
Não estava nutrindo muitas expectativas, pois não é o tipo de leitura à qual eu estou acostumada. Porém, o livro me surpreendeu positivamente, com uma escrita diferente, personagens e ambientes bem desenvolvidos.
No começo, a história não me prendeu muito, mas a partir da segunda parte do livro a história ficou frenética e era quase impossível parar de ler. O final, no entanto, não me agradou muito, deixando vários pontos sem desfecho. Mesmo assim, eu gostei. '
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Lais 25/06/2022

Então?
Assim que eu li a sinopse ela me intrigou muito, decidi ler.
Então, a história é muito fascinante porque é uma realidade TOTALMENTE análoga à minha, se passa na Jamaica e mostra as piores partes e sofrimentos das personagens, possui muitos temas tensos (estupro, abuso, turismo sexual, homofobia, miséria). A escrita é muito sensível e bucólica, eu realmente gostava de voltar a ler toda vez que pausava por um tempo. Num geral eu não consegui me apegar aos personagens, apenas com dois. As vezes eu achava que as confissões e descobertas surgiam tão do nada e não me pareciam nada naturais, algumas partes eu senti que faltou naturalidade mesmo, nos diálogos e tal. Não sei explicar.
Eu esperava um pouquinho mais para o final do livro porque os 50% do livro eu gostei bastante. Acho que me deixou incomodada alguns pontos finais que faltaram ser colocados nas histórias de alguns personagens, porque eu passei o livro todo esperando o que iria acontecer e não acontece nada, a gente só pode imaginar. Foi uma leitura boa, porém esperava mais e não voltaria a ler nunca mais.
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Aegla.Benevides 23/06/2022

Nesse livro, acompanhamos a história de Margot, uma jovem ambiciosa que trabalha no maior hotel da sua vila e que precisa desenvolver outras formas de ganhar dinheiro para que sua irmã, Thandi, tenha acesso a uma educação de qualidade.

O livro aborda temas importantíssimos, muitos deles pouco falados na literatura: o consumo desenfreado, o racismo, a autoaceitação, a LGBTfobia e a prostituição. Apesar disso, a narrativa é fluida e todas as temáticas se encaixam de modo a construir não a história mais bonita, mas sim a mais condizente com a realidade.
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