bella 30/04/2021
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Esta foi a releitura de um dos livros que marcaram a minha vida. "Édipo Rei" abriu os olhos da pré-adolescente eu que já gostava de ler, para algo que ela não esperava que uma leitura pudesse lhe causar. A tragédia das tragédias, obra de Sófocles, me tocou muito mais do que eu pudesse compreender à época e ganhou outros significados com o tempo.
O livro trata da história de Édipo e acredito que não há spoiler para um livro de 400 anos a.C. A vida deste que, desde o momento de seu nascimento, foi uma eterna fuga e encontro com seu destino, o pior de todos. Desde que nascera, Édipo estava fadado a matar o pai e se casar com a própria mãe.
O mito vem de muito antes. Crescera separado dos pais biológicos que, sabendo de seu destino, condenaram à morte o recém-nascido; salvo por camponeses, o menino cresceu. E, nas linhas tortas de sua sina, Édipo mata seu pai, Laio, e acaba por se casar com sua mãe, Jocasta, com quem tivera filhos; se via agora rei de Tebas. A peça se revela quando uma nova praga ataca cidade, como não vista há muito, e a solução para seu fim é encontrar e expulsar o assassino do antigo rei, Laio. O Oráculo anuncia, mas o protagonista se recusava a enxergar o que estava diante de seus olhos, não era preciso esforço algum, o assassino estava no trono, era ele o impostor.
Quando percebe o trágico cenário que ele mesmo construíra, como castigo, Édipo se cega. Porque se quando enxergava não conseguia ver a verdade, de nada valiam seus olhos.
Minhas considerações sobre essa, e as próximas, estarão num post seguinte. Sigo agora para o “próximo” da trilogia, "Édipo em Colono”.
E deixo aqui um agradecimento (simbólico) à professora de minha antiga escola que, sem saber, marcou tanto minha vida ao pedir esta como “leitura obrigatória”. Obrigada.
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