Calibã e a Bruxa

Calibã e a Bruxa Silvia Federici




Resenhas - Calibã e a bruxa


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Nanda 11/12/2020

Que livros, senhoras e senhores
Um dos primeiros livros que leio neste formato denso, e eu realmente gostei! Tantos novos horizontes apresentados! Eu só gostaria de ter mais bagagem para fazer melhores conexão.
Felizmente, sempre se pode reler algo.
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Maikel.Rosa 09/12/2020

"o mundo deve ser desencantado para poder ser dominado"
na mesma semana que comecei a ler "Calibã e a bruxa", a revista Piauí publicou o caso de assédio moral e sexual sofrido pela atriz Dani Calabresa, duas meninas de 4 e 7 anos morreram atingidas por balas perdidas no Rio e 1.000 dias se completaram do assassinato não solucionado da vereadora e socióloga Marielle Franco.

infelizmente não há como saber quando as mulheres se tornaram o alvo preferido da violência irracional, mas este livro traz pistas contundentes de como a perseguição ao sexo feminino se intensificou entre os séculos XVI e XVII.

pra nomear a obra que conta sobre esse momento obscuro da história, Silvia Federici escolheu o ameríndio Calibã e sua mãe, a bruxa Sycorax, personagens de Shakespeare que metaforizavam os povos colonizados e o movimento de resistência que marcou a triste "transição" da economia feudal ao capitalismo.

o livro mostra, por meio de dados históricos e conexões surpreendentes, o quanto o nosso atual sistema econômico-social está ligado ao racismo e ao sexismo. o tema central - a caça às bruxas, contemporânea ao processo de colonização e extermínio dos povos nativos do novo mundo - traz uma terrível conclusão: a de que sempre que o sistema capitalista se vê ameaçado por uma grande crise econômica, a elite acumuladora dá início a um processo de colonização e escravização em grande escala.

é um alerta de que precisamos, urgentemente, nos atentar aos numerosos sinais dos tempos sombrios que se assomam no horizonte.

porque, quando a "nobreza" se amedronta, atacando o que há de mais frágil e encantador no mundo, todos nós damos um passo em direção à fogueira.
Marina 07/01/2021minha estante
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déb 14/11/2020

Indispensável!!
NECESSÁRIO!
ESSENCIAL!
RICO!
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Antônio 20/10/2020

Um livro de cabeceira.

Como a própria Silvia Federici aponta na sua obra, a principal lição que se pode tirar da leitura desse livro é que o capitalismo, enquanto sistema econômico-social, está necessariamente ligado ao racismo e ao sexismo. Durante o fenômeno da acumulação primitiva, podemos perceber diversos outros acontecimentos violentos como a feminização da pobreza, a escravidão, o papel da Igreja e do Estado na criminalização das resistências contra a expropriação de terras e as consequências materiais da colonização para o extermínio de populações originárias e das suas culturas. A caça às bruxas no mundo todo nasceu desse movimento.
Silvia Federici é um dos maiores nomes do feminismo marxista hoje e a sua obra se propõe a revisitar os conceitos trazidos por Marx e Engels no estudo da transição do capitalismo para o feudalismo fazendo um recorte de gênero e como a caça às bruxas foi fundamental para esse processo. Classe, gênero e raça são assuntos centrais para entender a dinâmica violenta do sistema capitalista que se estende até os dias atuais através do imperialismo e da subjugação de diversas culturas não-ocidentais.
É impossível resumir a grandiosidade desse livro, que vai me acompanhar nos meus estudos por muito, muito tempo. Um livro essencial para todas/os aquelas/es que estudam gênero, mas também para quem estuda os movimentos de opressões resultantes do capitalismo.
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Bianckah 12/10/2020

Os verdadeiros motivos da caça às bruxas revelado
Em um primoroso e completo estudo sobre a caça às bruxas e a origem do capitalismo, Calibã e a Bruxa nos trás as verdadeiras razões do ataque as mulheres nos séculos XVI, XVII e XVIII.
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@umapaixaochamadalivrosblog 06/10/2020

Calibã e sua mãe Sycorax...
Bom dia, leitores.
Terminei essa #leitura ontem, levei três semanas pra ler, por se tratar de um livro denso, histórico e bibliográfico. Achei incrível a autora ter conseguido manter a fluidez, apesar de tantas referências, material de pesquisa e imagens que foram essenciais para a construção do #livro. Falarei dele no meu próximo vídeo de Segunda-feira, mas posso adiantar que a autora cria um traço cronológico misógino desde a Idade Média até 1990, baseado na repressão, desumanização e criminalização como ferramentas de silenciamento da população feminina, negra, indígena e assalariada. A editora disponibiliza o livro, em pdf, para baixar, em seu site: http://coletivosycorax.org e foi dessa forma que o li.

O livro discorre sobre a violência brutal empreendida contra as mulheres durante a transição do feudalismo para o capitalismo na Europa, e sustenta que a "caça às bruxas" relacionou-se diretamente com criação de um novo sistema econômico, forjado na escravidão, na colonização e na exploração e dominação do corpo e dos saberes femininos. O título da obra faz referência a duas personagens shakespearianas - Calibã e sua mãe, Sycorax, uma bruxa - para simbolizar a dimensão sexista e racista que o capital impõe a quem resiste à sua ordem. Baseada em uma exaustiva pesquisa documental e iconográfica, e em farta bibliografia, Silvia Federici argumenta que o assassinato de centenas de milhares de bruxas foi, juntamente com a submissão dos povos africanos e americanos, um aspecto fundacional do sistema capitalista, uma vez que designou às mulheres o papel de ?produtoras de mão de obra?, obrigando-as, pelo terror, a exercer gratuitamente os serviços domésticos necessários para sustentar os maridos e os filhos homens que seriam usados como força de trabalho do sistema nascente. Nesse sentido, Calibã e a bruxa apresenta um contraponto ao pensamento de Karl Marx sobre a acumulação e dialoga ainda com de Michel Foucault, a quem critica duramente por não haver levado em conta em sua História da sexualidade a campanha contra o corpo feminino e o extermínio de centenas de milhares de mulheres na fogueira. #recomendo

#calibaeabruxa #silviafederici #elefante #2017 #sociologia #notacinco 464p. #leitora #leiamulheres #feminismo

Beijos e até a próxima.
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Carol Castro 20/09/2020

Conheci Silvia Federici este ano, é a felicidade de ter iniciado está leitura reflexiva é essencial, me faz, enquanto mulher e pesquisadora dos estudos de gênero, perpetrar e entusiasmar outras mulheres a ler cada página e refletir sobre como a caça às bruxas não se finda, ela se transveste com novas roupagens.
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raskova 02/09/2020

silvia federici por favor me sente na porrada pq eu gosto de apanhar de mulher extremamente competente. esse livro entra no meu gênero de escrita preferido que é "autores metendo pau em outros autores de um jeito muito coeso e sensato". sendo marxista ela reformula a teoria da acumulação primitiva levando em conta o corpo da mulher (e basicamente metendo pau no marx, de quebra levando foucault, descartes e hobbes e toda lógica da modernidade junto
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Palestrinha 01/09/2020

Bruxas existem e o capitalismo tem medo delas
Como uma boa marxista a autora direciona a leitura através de momentos históricos para que se tenha total compreensão do tema apresentado. No decorrer do livro nos é apresentado uma forma nova de se observar a caça as bruxas e seus efeitos na sociedade, principalmente no que diz aos corpos das mulheres. Desse modo, essa Era, antes localizada na idade média, encontra-se nos primórdios da modernidade como forma de controle da classe detentora da produção e renovação da classe trabalhadora, ou seja, as mulheres. Tudo se desenrola através de uma reinterpretação da acumulação primitiva de Marx.
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Maju 27/08/2020

Esse livro é uma das minhas bíblias sagradas. É isso.
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Cinara 24/08/2020

Silvia Federeci aborda a questão do corpo feminino e a acumulação primitiva. Durante a narrativa ela associa a caça às bruxas como componente principal da instalação do capitalismo.
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Mavi 17/08/2020

indigesto.
conta de forma muito clara como o capitalismo precisou da caça as bruxas para se sustentar. como a ideia da bruxaria foi criada de forma muito minuciosa como forma de impedir as políticas dos direitos reprodutivos das mulheres. como o homem nunca soube lidar com o fato de não ter o controle dos nossos corpos.
é baque atrás de baque. mas muito necessário!
Julia.Marcondes 19/08/2020minha estante
se eu já queria ler antes, agora então!!




Alexia 05/08/2020

Primeiramente, esse livro é um dos mais bonitos que já vi na minha vida! Sou completamente apaixonada. Tem um didática incrível com linguagem simples, apesar de ser necessário entender um pouco sobre marxismo para compreender melhor a obra. Silvia é profunda em suas análises, apresenta diferentes pontos de vista e uma bibliografia imensa. Já estou ansiosa para releitura!
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Aninha 01/08/2020

Porque ocorre a execução de milhares de bruxas no começo da era moderna e pq o surgimento do capitalismo coincide com essa guerra? Federici reflete a parte que falta em O Capital (O processo de acumulação capitalista): como o processo de acumulação capitalista interferiu na divisão social do trabalho.
O livro é divido em 5 partes, que aclaram a retirada das mulheres nas relações de trabalho, assim como a intervenção do Estado sob o corpo feminino (que no século xvii acreditava que quanto maior o volume populacional, maior seria a riqueza de uma nação). Nesse período, com um levante a caça as bruxas na Europa, o corpo feminino é violentamente expropriado. Com a chegada ao Novo Mundo, as autoridades e o clero encontram a confirmação de suas teses sobre magia e adoração ao diabo.

- A caça as bruxas, que executou milhares de mulheres, mostra como o feminino foi guiado por um regime patriarcal opressor. Se as mulheres tinham controle sobre si próprias, a transição do sistema feudal para o sistema capitalista culminou. A perseguição iniciada no século xv, reflete na atualidade e nos concede a luta por direitos ? por nós. Federici é clara e oferta uma leitura grandiosa, com ótimas ilustrações. Minha primeira referência sobre um feminismo anticapitalista; não poderia ser melhor.
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