Os tigres de Mompracem

Os tigres de Mompracem Emilio Salgari




Resenhas - Os tigres de Mompracem


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Antonio Luiz 14/03/2010

O colonialismo visto do avesso
Em um ensaio sobre Marguerite Duras, a crítica literária Jovita Noronha descreveu as linhas gerais do típico romance colonial francês, tomando como paradigma a obra de Pierre Loti (1850-1923). Seus romances se construíam sistematicamente em torno de uma mesma intriga: um europeu que vive uma aventura erótica com uma nativa em um país estrangeiro exótico, explorando impressões sobre a vegetação luxuriante e hábitos licenciosos, até que o protagonista a abandona por se convencer de que as diferenças que, de início, o atraíam, acabavam por criar uma barreira intransponível

"Os Tigres de Mompracem" é quase a inversão dessa fórmula: Sandokan conquista o coração da bela napolitana Marianna Guillonk, loura de olhos azuis que era filha de pai inglês e mãe italiana, rouba-a ao tio e tutor e ao noivo indesejado, um par de altivos e fidalgos gentlemen britânicos que bem poderiam ser heróis de Kipling.

Não só é o nativo que vive uma aventura erótica com a européia, como também porque, em vez de desistir dela devido à força das circunstâncias ou das barreiras culturais, faz de tudo por torná-la sua esposa. A fórmula favorita de Salgari, é o anti-herói – pirata, bandido, fora-da-lei, rebelde – que se apaixona pela filha do inimigo e trava quantas batalhas for preciso para transpor o abismo que os separa.

Mas as mulheres salgarianas não são as típicas mocinhas dos romances vitorianos, úteis apenas para serem salvas ou para desmaiar nos momentos oportunos. No mínimo, como Marianna Guillonk, a “Pérola de Labuan”, elas também sabem caçar e atirar, estão dispostas a usar uma espada ao lado dos heróis, serem cúmplices de sua artimanhas e ajudaem a salvá-los de seus excessos. E às vezes são a protagonista de suas histórias, como a Capitã Dolores del Castillo, heroína de "A Capitã do Iucatã", Shima, a protagonista japonesa de "A Heroína de Porr Arthur" e, naturalmente, o “Capitão” Tormenta.

Os livros de Salgari não têm as características de refinamento e boa escrita que as tornaria recomendáveis para as aulas de literatura, nem as lições de moral convencional demandadas pelas escolas como literatura paradidática. Mas são boas aventuras que, contadas de maneira despretensiosa, expandem os limites da imaginação, da moral e da política não só além do que era de se esperar para o início do século XX, mas de maneira que ainda hoje parece ousada. Mostrou aos vitorianos do passado, e ainda pode mostrar aos do presente, um mundo que não é racista nem sexista, cosmopolita no sentido próprio da palavra – cidadão de todo o mundo, incluídas suas terras tropicais, não simplesmente cidadão da Europa ou do “Ocidente”. Para entender a novidade, é preciso lembrar o contexto do romance colonial do qual se diferenciou.

Como gênero literário, o romance colonial atingiu seu apogeu na “Era dos Impérios” de Eric Hobsbawm, nos anos de 1870 a 1914 nos quais o Império Britânico e seus concorrentes – Portugal, Espanha, Holanda, França, Bélgica, Itália e Alemanha – impuseram o domínio europeu à quase totalidade da África e à maior parte da Ásia.

Não que tenha desaparecido imediatamente depois. Tornou-se cada vez mais popularesco e de menor qualidade, à medida que os escritores de primeira linha abriam os olhos para a injustiça e a tragédia da exploração colonial, mas continuou a existir até a queda definitiva dos impérios coloniais, já bem depois da II Guerra Mundial.

Entre suas muitas derivações, estiveram quadrinhos de aventuras como Tintin, do belga Hergé: na série "Tintin no Congo", de 1930, vivida em meio a negros estúpidos e caricatos, o herói dá uma aula a crianças africanas: “Meus caros amigos, hoje vou lhes falar de sua pátria: a Bélgica” – e seu cãozinho, Milu, vigia e denuncia os africaninhos: “Tintin, dois ali estão conversando...”

Boa parte da ficção científica se inspirou na literatura colonialista, disfarçando os impérios coloniais europeus sob a máscara de impérios galácticos e acrescentando um verniz extra de exotismo aos cenários de suas aventuras.

Nas metrópoles coloniais, muitos foram os escritores, grandes e pequenos, a nadar a favor da corrente e contribuir para convencer a opinião pública de que esse empreendimento os enobrecia e enriquecia e ao mesmo tempo seria benéfico aos povos submetidos.

Os nomes mais conhecidos incluem Henry Rider Haggard, John Buchan, Florence Dixie, Conan Doyle e Joseph Conrad no Reino Unido, assim como Pierre Loti, Paul Vigne D’Octon e Paul Bonnetain em França, mas o mais conhecido e representativo e um dos mais hábeis desses autores foi provavelmente Rudyard Kipling, britânico nascido na Índia, cuja postura foi perfeitamente resumida pela primeira estrofe do poema O Fardo do Homem Branco, publicado em 1899:

Tomai o fardo do Homem Branco -
Envia teus melhores filhos
Vão, condenem seus filhos ao exílio
Para servirem aos seus cativos;
Para esperar, com arreios
Com agitadores e selváticos
Seus cativos, servos obstinados,
Metade demônio, metade criança.

Este poema foi escrito com o propósito específico de saudar a recente chegada dos Estados Unidos ao clube das potências coloniais, devida à conquista das Filipinas e Porto Rico ao decadente império colonial espanhol em 1898. Honestamente, Kipling prevenia os estadunidenses de que a aventura tinha riscos e um lado sombrio, sem deixar de ser, a seu ver, nobre e grandiosa.

Essa capacidade de temperar com realismo a apologia do colonialismo o tornava tanto literariamente superior quanto propagandisticamente mais eficaz do que a ingênua descrição da opressão colonial como uma aventura divertida e benéfica de conquistadores bondosos, iluminados e amigos dos nativos, perturbados apenas por uns poucos vilões arruaceiros e obscurantistas.

Muitas outras potências européias criaram narrativas semelhantes, entre elas a retardatária Itália, a última delas a se lançar às peripécias do colonialismo. A lembrança da propaganda da aventura colonial ainda está bem viva na memória dos italianos que eram crianças quando Mussolini tentou a anexação da Etiópia, nos anos 30.

Esse quadro geral torna bem interessante e atípica a obra de Emilio Salgari (1862-1911), que provavelmente foi o mais bem-sucedido autor italiano de romances de aventura de todos os tempos, muito mais lido do que Dante Alighieri. Seu nome não é particularmente conhecido no Brasil, mas foi e é extremamente popular na Itália e também na América Hispânica. Entre seus fãs confessos, além de Federico Fellini e Umberto Eco, estão ou estiveram Gabriel García Marquez, Isabel Allende, Carlos Fuentes, Jorge Luis Borges, Pablo Neruda e Che Guevara. Este último leu 62 dos 84 livros autênticos de Salgari (existem ainda 64 outros apócrifos, escritos por imitadores).

Do ponto de vista da linguagem e da técnica literária, é fácil deixar Salgari de lado. Seus livros seguem a receita, já gasta e abusada em sua época, do folhetim romântico. Seus heróis que nada ficam a dever, em façanhas impossíveis, exaltação verbosa e repetição de chavões aos Mosqueteiros ou ao Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas pai – embora este tivesse a desculpa de escrever sessenta anos antes, em pleno auge do romantismo, enquanto as obras de Salgari, criadas entre 1895 e 1911, são contemporâneas de Émile Zola, Machado de Assis, Eça de Queirós, Henry James e Joseph Conrad.

Entretanto, Salgari se diferenciou no seu gênero por tomar a perspectiva oposta: não a do conquistador e suposto civilizador colonial, mas a do nativo que resiste às suas atrocidades. E isso logo após a Itália ensaiar seus primeiros passos no colonialismo (iniciara a ocupação da Eritréia em 1869 e a transformara em colônia em 1889) e seus soldados sofrerem uma humilhante derrota para os etíopes, na primeira guerra ítalo-abissínia, de 1896.

Mesmo em épocas muito mais recentes, um escritor popular contrariar dessa maneira o chauvinismo patrioteiro seria uma ousadia. Tornar-se, nessas condições, o autor favorito da juventude seria insólito. Seria como se um autor estadunidense de quadrinhos virasse mania popular e conquistasse as grandes editoras com histórias sobre guerrilheiros da selva que humilham tropas ocidentais, nos anos que se seguiram à derrota dos EUA no Vietnã. Ou como se em vez de contar as aventuras de um gaulês que lutasse contra os romanos, René Goscinny e Albert Uderzo, ficassem famosos com a luta de uma aldeia árabe contra os colonialistas europeus.

O Asterix de Salgari, o mais famoso de seus surpreendentes personagens, é Sandokan. Criado em 1900, é um pirata de Bornéu, "negro" pelos padrões do autor e de seu público, que combate os colonizadores britânicos, holandeses e espanhóis das ilhas malaias em meados do século XIX. Tem como seu ajudante e imediato, seu Obelix ou Robin, um europeu branco, um português de olhos cinzentos chamado Yanez de Gomera.

Yanez de Gomera é pouco convincente como português, tanto pelo nome quanto pelo hábito, mais próprio de italianos de sua época, de exclamar “Por Baco!” ou “Por Júpiter” a cada momento. Funciona bem, porém, como o companheiro de cabeça fria, moderador dos excessos temerários do herói romântico. Sandokan e Yanez são o que seriam Dom Quixote e o Sancho Pança se o mundo mais propício a heróis românticos.

Yanez foi também o personagem principal do último livro da série, publicado postumamente depois que Salgari, oprimido pela exploração dos editores, pela pobreza e pela doença mental da mulher, suicidou-se por seppuku, à maneira tradicional dos samurais japoneses, em 1911.

Outro dos mais importantes personagens salgarianos é Emilio Roccanera, o “Corsário Negro” que, como Sandokan, tornou-se pirata para vingar o assassinato de sua família por um governador colonial no Caribe da pirataria ocidental clássica. Seguem-se em fama o Capitão Tormenta (na verdade, uma mulher disfarçada), herói de aventuras de O Leão de Damasco, situado no Império Otomano do século XVI e Tremal Naik, o caçador de tigres de O Mistério da Floresta Negra.

Conhecer esses personagens, assim como as outras criações de Salgari, não tem sido muito fácil para o apreciador brasileiro de romances de aventuras. A edição brasileira de "O Leão de Damasco", pela Ediouro está esgotada. Adaptações para cinema e quadrinhos existiram, mas são ainda mais difíceis de encontrar.



@andressamreis 19/10/2020minha estante
Rapaz...que aula! Como faz pra curtir um milhão de vezes. Aprendi muito!




Willjf 12/02/2022

Cheio de aventuras em alto mar, situado em 1849, este livro da série dos piratas da Malásia, do autor italiano Emilio Salgari, segue o pirata Sandokan, conhecido como o Tigre da Malásia, em sua missão para raptar a Pérola de Labuan, uma mulher que aparece em seus sonhos, enfrentando exércitos de várias nações, animais selvagens e a fúria da natureza.

Como uma história infanto-juvenil o livro diverte bastante, mas a estória é carregada de clichês, lugares comuns, coincidências e saídas fáceis, o que pode tornar a leitura um pouco maçante.
Rafael Kerr 12/02/2022minha estante
Oi. Tudo bem? Talvez você já tenha me visto por aqui. Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar obrigado.




@andressamreis 06/12/2020

Importante, mas pra mim não rolou
Emilio Salgari foi um escritor italiano nascido em 1862 em Verona.
Desde a infância alimentou o desejo de conhecer o mundo e viver grandes aventuras. Sonho frustrado mesmo tendo servido à Marinha por alguns anos. Não foi longe!

Mas, talvez influenciado pelo tio exímio contador de histórias, tenha lhe despertado o gosto por escrever narrativas que possibilitassem a seus leitores conhecerem locais longínquos, exóticos e a viver grandes aventuras ao lado de piratas, forasteiros e foras da lei.
Muitas das referências de pirata que temos nos dias atuais vem de suas obras

Salgari dizia "Escrever é viajar sem o aborrecimento da bagagem."

Mesmo tendo escrito mais de 60 obras, principalmente para o público infanto-juvenil, sempre foi ignorado pela crítica e sofreu diversos reveses de seus editores, vivendo na miséria com a esposa e 4 filhos.

Após a morte da esposa, Salgari atolado em dívidas aos 49 anos despede-se assim: ?Aos meus editores: A vocês que enriqueceram com a minha pena, mantendo a mim e à minha família em uma contínua quase penúria, ou mais do que isso, só peço que, para compensar os lucros que lhes proporcionei, se encarreguem do meu funeral. Despeço-me, quebrando a minha pena."

Salgari foi super importante para o processo de construção do sentimento nacional durante a unificação italiana ao popularizar o idioma entre as diversas regiões do território ítalo.

Esta obra é a terceira envolvendo o famoso pirata Sandokan, o qual encontra-se rico e poderoso, mas ferido na alma diante das atrocidades vividas por sua família. Ao lado do companheiro Yanez viverão grandes desafios contra o império britânico, perde um pouco o foco quando conhece a bela Mariana, que aparentemente seria uma donzela intocada, revela-se uma ótima companheira de capa e espada.

Gostei de conhecer o autor, sua biografia e influência. A escrita é bem fluida. Lê-se num tirinho, porém, não é o meu estilo! Acredito que não leria outra obra do autor. Mas recomendo a todos que gostam do gênero de aventuras.
A edição está belíssima com várias ilustrações e um bom texto introdutório.
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Inlectus 24/04/2010

Boa leitura.
Típica obra de Emílio Salgari, cheia de emoção e momentos fortes onde o leitor se enfurece, se angustia, celebra e muitas outras coisas junto com as personagens. Leitura recomendavel.
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@garotadeleituras 14/01/2017

Viva o tigre da Malásia!!!
.
Os tigres de Mompracem é uma aventura datada no ano de 1849, no qual o personagem principal é um pirata feroz, de feições enérgicas e orgulhosas, além de uma estranha beleza. Conhecido e temido por todos os capitães de Bornéu, Sandokan é na verdade referência em saques e destruição por onde passa. Invencível, ao lado do seu fiel amigo português Yanéz e seus filhotes de tigre, assim apelidados carinhosamente, o pirata tem sua morada fixada na ilha de Mompracem, uma toca inviolável até o momento, onde nenhum inimigo ousa atacar.

“Naquele momento era o temido líder dos ferozes piratas de Mompracem, o homem que há dez anos ensanguentava as costas da Malásia, o homem que por onde andara, travava terríveis batalhas, o homem cuja audácia extraordinária e coragem indômita lhe valeram o apelido de Tigre da Malásia”. (p.21)

Destemido por natureza, Sandokan persegue de forma implacável os ingleses, ou os inimigos de raça branca, os quais estão entrelaçados a tragédia de sua família no passado. Uma reviravolta acontece na vida do pirata ao ouvir falar da bela Mariana, popularmente conhecida como a pérola de Labuan. Marianna Guillonk é descrita como a mais bela mulher: loura de olhos azuis, filha de pai inglês e mãe italiana, responsável por aprisionar o coração do temido tigre de Mompracem.
Decidido a conquistar a bela, Sandokan reúne seus prahos e parte para Labuan; é claro que durante o caminho, irá acontecer várias aventuras: ataque dos ingleses, a fúria da natureza, batalhas, mortes e acidentes. Além de conquistar o coração da moça, Sandokan terá que lutar contra o tio que não aceita a ligação entre os jovens, considerando-o um pretendente indesejado, um suposto noivo que fará de tudo para matá-la, proteger seus filhotes e sua ilha da fúria dos inimigos, traçar um plano para libertar Mariana das garras do inimigo em segurança, e claro, salvar a própria pele.

Ao ler o prefácio do livro de Emilio Salgari, você encontrará além das referências a vida e obra do autor, outros grandes nomes que liam suas aventuras de forma apaixonada como Umberto Eco, Gabriel Garcia Márquez, Isabel Allende, Carlos Fuentes, Borges e Nerunda entre tantos outros. É impossível então, com tantas referencias não iniciar a leitura com altas expectativas, expectativas essas que no caso dessa humilde leitora não foram suplantadas. Emilio Salgari foi um escritor italiano, que na sua vasta produção literária, escreveu mais de oitenta obras reconhecidamente de sua autoria e quase cento e cinquenta contos.
Os tigres de Mompracem é literatura infanto-juvenil, e como nesse tipo de estórias, a trama inteira é recheada de várias batalhas entre os dois inimigos: São tiros, lutas com cimitarras, tempestade em alto mar, um Sandokan astucioso escapando das mãos do inimigo, planos mirabolantes traçados pelo português Yanês e muitos suspiros do pirata pela Peróla de Labuan. Aquele amor impossível do conto de fadas com uma dose extra de aventuras. Sabe aquele livro que provavelmente uma criança apaixonada por ação se apegaria? Então, os Tigres de Mompracem com certeza ocuparia um lugar no pódio. Se tivesse conhecido Emilio Salgari na mesma época que Monteiro Lobato, provavelmente estariam lado a lado na lista dos queridinhos da infância. Ainda sim, é uma leitura gostosa de fazer. Remete à infância e aquela mentalidade típica, onde imaginamos grandes perigos vencidos pela habilidade do herói. Gostei tanto, que adicionei outros livros do autor para ler posteriormente.
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Livia M. 14/10/2022

Embarquei nas aventuras e desventuras do Tigre e seu fiel escudeiro Yanez. Tensão a todo instante com a expectativa de um final Romeu e Julieta. Tiro, porrada e bomba e eu torcendo por um final feliz. Viva o Tigre da Malásia! Salve a Rainha de Mompracem, Pérola de Labuan!
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Marília 05/12/2022

O amor traz redenção
Gostei do final dessa história . As pessoas sempre podem.mudar de vida e serem felizes aínda assim.
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Marcos Faria 26/04/2011

Um que não é datado, mas chegou atrasado para mim foi Emilio Salgari. O pirata Sandokan poderia ter sido um dos meus ídolos se eu tivesse lido Os tigres de Mompracem (São Paulo: Iluminuras, 2008) ali pelos 11 anos, junto com os romances de Jules Verne. Como adulto (e por mais que eu goste de aventura), o pirata romantizado me entediou. O personagem e o autor chegaram a me irritar às vezes, um pela repetição de lugares-comuns e o outro pela inépcia como herói de ação.

(Originalmente publicada no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2011/04/02/meninos-eu-li-10/)
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Jesner 11/09/2018

Batalhas e mais batalhas
Um livro de aventura pautado em um romance proibido. Conquistas, derrotas, e batalhas, muitas batalhas. Emilio traz uma incrível narrativa em tom frenético na maior parte da obra, e principalmente nas descrições das batalhas, criando uma atmosfera tensa antes de cada uma.
Envolvente, e deixa um "quero mais" para as próximas obras da coleção.
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Daniel263 20/06/2020

O romantismo ?revolucionário? de um italiano
32º livro de 2020.

Na?o e? um bom livro, mas tava em di?vida para conhecer o autor e revisitar esse estilo.

Entre capa e espada e romance de cavalaria, Tigres de Mompracem narra as aventuras de um terri?vel pirata ficti?cio do Oceano I?ndico: Sandokan.

Rebelde com causa, extremamente autoconfiante e sortudo, o protagonista escapa de uma emboscada, e? ferido e se apaixona pela sobrinha de um oficial ingle?s cac?ador de piratas.

Escrito no final do se?culo XIX, o livro e? carregado de cliche?s e preconceitos eurocentricos. Tambe?m tem coisas estranhas sobre a fauna e flora: ha? um trecho no livro em que o protagonista assiste a um duelo entre um orangotango e uma pantera... ?????

Enfim, o homem e? fruto de sua e?poca, e Emi?lio Salgari com certeza escreveu com a melhor das intenc?o?es. Mas, afinal, e? lendo livros me?dios e regulares que voce? valoriza mais boas obras!
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Pri | @biblio.faga 29/08/2020

You're gonna hear me roar!
.
De início, tenho que confessar que, com base apenas na minha interpretação do título [quem nunca?], tinha uma ideia diferente do qual seria o enredo/ a temática do livro.

Trata-se de um livro infantojuvenil, onde desbravamos as águas desconhecidas da Malásia e conhecemos a mística figura de Sandokan, o Tigre de Mompracem, um ?homem de olhos brilhantes, longos cabelos negros e com um rosto no qual se lia nitidamente uma coragem mais que indômita e uma energia mais exclusiva do que rara?.

As aventuras do pirata anti-herói que combate o tirânico Império Britânico nos mares do sul asiático, são contadas em uma série de onze histórias, tendo aparecido pela primeira vez em 1883.

Emilio Salgari é considerado o pai do romance de aventuras e da ficção científica na Itália e foi um dos mais produtivos escritores já vistos: em seus 35 anos de vida, estima-se que publicou cerca de 90 romances e, após a sua morte, foram divulgados 50 apócrifos pelos seus filhos.

Como um bom romance de aventura que se preze, segue o já conhecido roteiro dos romances de folhetim, o livro é repleto de ação, embates físicos e entraves em alto mar, mudanças drásticas de situações, acontecimentos improváveis, monólogos e diálogos ?exagerados?, personagens curiosos e cenários exóticos.

Contudo, sua narrativa pela perspectiva do nativo que resiste às atrocidades do colonizador dá uma frescor e certa originalidade a obra. Sandonkan se define não como um pirata por ambição, mas justiceiro, um vingador da sua família e do seu povo.

Merece destaque ainda os personagens Yanez de Gomera, companheiro cabeça fria e eficiente apaziguador dos excessos do pirata, e Lady Marianna Guillonk, a Pérola de Labuan, interesse romântico do protagonista, uma mulher disposta a empunhar uma espada pelo seu amor.

Enfim, foi uma leitura agradável, um pouco cansativa, mas divertida; eu não ameeei o livro, mas amei ter lido.

Recomendo aos fãs do gênero.
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Renata.Mieko 03/05/2023

Realmente uma aventura!
Quem não gosta de uma boa história de piratas?
A história é tão legal que você torce pelos piratas o tempo todo.
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Isadora.Oliveira 23/09/2023

Lala
Lembrei que li esse livro em 2021, e que achei ele meio méh
Só isso mesmo, não lembro muito, mas lembro que a leitura foi um porre.
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Caroline Vital 29/10/2023

Lido em 2018
Um clássico infanto juvenil sobre piratas. Aventura pura, muito bom dentro da proposta. Alguns termos bem repetitivos.
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Michelly.Novaes 15/02/2024

Sem palavras!!! Sempre fui apaixonada por histórias de aventura e piratas, grandes batalhas... e Emílio Salgari já tinha meu coração com o livro O corsário negro, que li há muuuuuuuitos anos atrás, então quando ganhei esse livro fiquei super empolgada!!! É uma história empolgante, em que você fica com o coração na mão e precisa saber o que vem a seguir. Sandokan é incrível (imprudente? Talvez kkkkk) e toda a história se desenrola muito bem. Só depois de chegar na metade do livro que descobri que caí num esquema de pirâmide (tem mais uns 6 livros da coleção), mas não vejo a hora de continuar acompanhando a história de Sandokan e a sua Pérola de Labuan ?
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