É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Michelle.Danielle 15/05/2021

Sensível e doloroso
É isto um homem ? Primo Levi
Antes de comentarmos esta obra, é essencial falar sobre o autor.
Primo Levi foi um químico italiano, um judeu e um häftling (prisioneiro). Primo Levi foi detido pela milícia fascista no dia 13 de dezembro de 1943, aos 24 anos. No campo de contentração ele foi um número de uma imensa multidão de seres desprezíveis , fazendo parte do mecanismo que alimentava a economia do nazismo. Primo Levi ficou confinado entre 1944 e 1945.
?É isto um homem? é uma das primeiras literaturas de testemunho, e uma obra fundamental sobre os horrores do Nazismo.
?É isto um homem? até que ponto um ser humano pode aguentar situações degradantes, e, nos faz refletir, até que ponto somos considerados humanos e não meros animais, o que significa ?ser um humano?? está pergunta serve, não só para os prisioneiros, mas também para os que aprisionam, matam, entregam e veneram um poder sem questionar, pessoas assim podem ser consideradas um ser humano?;
Nos faz refletir sobre o que consideramos certo e errado, dependendo do contexto existente, afinal de contas todos os envolvidos, desde a população alemã até os guardas da SS, sabiam o que aconteceria com os prisioneiros no momento em entrassem nos vagões dos trens; Mas, o problema não era deles. (Não é assustador? Em pensar vemos coisas que nos remetem a essas atitudes hoje em dia).
?Ali estava, então, sob nossos olhares, sob nossos pés, um dos famosos comboios alemães, desses que não retornam, dos quais, com um calafrio e com uma pontinha de incredulidade, tantas vezes tínhamos ouvido falar. Era isso mesmo, ponto por ponto: vagões de carga, trancados por fora, e, dentro, homens, mulheres e crianças socados sem piedade, como mercadoria barata, a caminho do nada, morro abaixo, para o fundo.?
Imagine você, ao chegar nos campos de concentração, em alguns momentos eles abriam as portas dos dois lados dos vagões, e, dependendo do lado escolhido para descer pelo prisioneiro, ele iria direto para a morte.
A luta por um pao, por um calçado furado, por uma linha. Nesta obra o autor nos mostra como era a organização da sociedade dentro dos campos, como funcionava o mercado e o valor dos produtos, um calçado furado, uma colher amassada, um botão. Todo tinha valor, e, girava em torno da cotação de mercado.
Neste mundo, você ter um calçado, ou não, pode significar a diferença entre a vida e a morte.
?Assim como a nossa fome não é a sensação de ter pulado uma refeição, assim o nosso modo de sentir frio exigiria um nome particular. Dizemos fome, cansaço, medo e dor, dizemos inverno e outras coisas. São palavras livres, criadas e usadas por homens livres que viviam, gozando e sofrendo, em suas casas.?
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Silva 17/05/2021

Impressões
Primeiramente, um fato, embora óbvio, porém extremamente importante e que deve ser constantemente ressaltado: os testemunhos de Levi contribuíram de modo significativo ao evidenciar as barbáries do Estado totalitário.

Em seguida, é válido dar voz ao autor em: "a história dos campos de extermínio deveria ser compreendida por todos como sinistro sinal de perigo", como em inúmeros outros momentos para compreensão da constante luta contra uma possível repetição de Auschwitz (parafraseando Adorno).

Uma ressalva pertinente: é necessário ter cuidado para não banalizar o mal.

Um comentário adicional: o livro é recheado de uma sensibilidade enorme, expressa muita dor e sofrimento que nos impulsiona a refletir sobre a própria condição humana (ou de inumanos, subumanos).

Enfim, uma reflexão em forma de afirmação: existem Estados de Exceção permanentes que continuam a produzir vida nua (aquelas fabricadas nos campos).

O autoritarismo pode ser definido como um sistema político em que o poder é exercido de forma centralizada e autoritária, geralmente sem o consentimento do povo e com a supressão de liberdades individuais e direitos civis. Ele pode se manifestar de várias maneiras, desde a imposição de leis restritivas até a repressão violenta de opositores políticos. O autoritarismo é frequentemente associado a regimes ditatoriais ou totalitários, nos quais o governo exerce controle absoluto sobre todos os aspectos da vida pública e privada.
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Leh 19/05/2021

Até onde o ser humano é capaz de ir ?
Primo levi conta a verdade nua e crua dos dias que sobreviveu em Auschwitz, com relatos devastadores e histórias de vidas que se foram mediante a ignorância e violência incompreensível que os alemães tinham para com os judeus. Gostei do fato de misturar linguagens e como Levi não se prende em dar uma lição ou mostrar um lado bom, porque realmente não há.
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juresenhas 24/05/2021

duro e muito necessário
acho importante ver a visão de pessoas que passaram por situações como essas, porque muito conhecimento q adquirimos na escola não necessariamente é condizente com o que aconteceu.
ler sobre o campo de concentração na visão de alguém que vivei nele é algo triste mas muito interessante de se ler.
indico muito se você tiver estômago, pois não é algo fácil
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Carol 30/05/2021

Não vou nem resenhar porque esse livro é tão bom que vou escrever um artigo científico sobre ele.
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dami.cavalcanti 16/06/2021

Visceral é a única palavra que chega perto de descrever o livro.

Ele é magistralmente escrito. O tom sereno causa uma certa confusão na mente do leitor, pois apesar da extrema dureza dos fatos contados e dos horrores vividos é possível continuar a leitura sem desabar em lágrimas.

Todavia isso não faz com que esteja imune as reflexões tão necessárias trazidas. Do desespero em conhecer o máximo da crueldade humana, do quanto é possível enfrentar e lutar pela vida e das pequenas bondades do caminho.
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Steph.Mostav 17/06/2021

"Até que um dia, dizer amanhã não terá sentido algum"
"É isto um homem?" conta a história real do período em que Primo Levi, um judeu italiano, viveu no campo de concentração de Auschwitz e os horrores pelos quais passou por lá. Descreve a rotina exaustiva e monótona, a hierarquia do campo, o trabalho forçado diário, a fome, o frio, o cansaço. Mas, mais que isso, trata do processo de desumanização que se passou nesses territórios de tortura. Porque os Häftling não apenas perderam anos de sua vida, seus familiares e, na maior parte dos casos, a vida. O sistema de punição nazista foi tão cruel que arrancou deles cada parte que os fazia humanos: seus nomes, suas histórias, sua língua, seus pensamentos, seu senso de cooperação e de amor ao próximo. De tão exaustos, eles não pensam em nada além da sobrevivência e para isso tratam uns aos outros como rivais. Até mesmo as alianças são feitas em nome de vantagens que podem ser obtidas com elas, como uma porção a mais de comida ou de roupas. Com o tempo, eles se tornam insensíveis à própria dor e aos dos outros, a ponto de deixar morrerem companheiros sem qualquer socorro de sua parte. De propósito, prisioneiros de várias nacionalidades são postos em um mesmo campo para dificultar a comunicação entre eles, o que Levi compara a uma torre de Babel. O tempo perde valor, porque se repete na dor e na apatia; e, sem tempo, não há futuro ou esperança. E o passado só traz mais sofrimento se comparado ao presente, neste estado de permanente fome e exaustão. Foi assim que a tortura nazista destruiu a humanidade dentro dos homens, que só pode ser recuperada quando o campo foi abandonado pelos soldados e o senso de comunidade e de empatia regressou, a passos lentos, para os que restaram.

"Destruir o homem é difícil, quase tanto como criá-lo: custou, levou tempo, mas vocês, alemães, conseguiram. Aqui estamos, dóceis sob o seu olhar; de nós, vocês não tem mais nada a temer. Nem atos de revolta, nem palavras de desafio, nem um olhar de julgamento."
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Anderson916 26/06/2021

Surreal
Nao tenho o que falar do livro, tem que ter estômago pra ler. Durante a leitura sempre me vinha a mente "como pode alguém, um ser humano como eu, tratar outro alguem dessa maneira" como o ser humano pode ser cruel, baixo, infame, desgraçado...

Nem preciso dizer quem nesta hora esta pagando boquete pro satanás ne?

Cara, que ser humano foi o Hitler?? Meu Deus do céu... E tem adolescente brasileiro mais precisamente do Recife que vai passear no shopping com um símbolo nazista... Da pra acreditar??? Um vagabundinho desses merece o que?? No meu país, ele levaria uma surra e permaneceria preso por 1 ano numa cela sem janelas.

É incrível que exista brasileiro nazista, eu fico perplexo com esses ignorantes desgraçados. Mal sabe eles que se topassem com um nazista raiz eles no mínimo iriam levar uma surra... No mínimo do mínimo...

Meu Deus, sei que o senhor com toda a certeza estar a nos olhar... Talvez chateado?
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thealvesamanda 30/06/2021

Leiam.
"Chega. Acabou-se. B o último ato: começou o inverno e, junto com ele, a nossa última batalha. Já não há como duvidar: será a última. Qualquer que seja o instante do dia em que a gente dê ouvidos à voz de seu corpo, interrogue seus membros, a resposta é uma só: não agüentaremos."

Eu gostaria de conseguir escrever como foi para mim ler esse livro, ler a dor que essas pessoas passaram, a sensação de "normalização" da morte, a falta do que nos torna humanos ... Só leiam esse livro, leiam em doses homeopáticas, pois acho difícil ler em uma única vez, apesar de ser um livro curto.
O sofrimento está estampada das mais diversas formas nesse livro, seja com eles aceitando que apanhar não era tão ruim, uma que vez "quase ninguém morria de apanhar", mas de trabalhar morriam aos montes, seja eles aceitando a morte de um colega e deixando corpo para ser mexido somente após os afazeres.
Assim como Olga e Anne, e tantos outros, eu não consigo imaginar o que era aquela dor. Imaginar que algo assim aconteceu em um passado não tão distante assusta. E muito.
Não acho possível em obras como essa, com tanta vivacidade do aconteceu e ao mesmo tempo com tanta falta de humanização, falarmos sobre características da escrita, como avaliar um sofrimento ? Como dizer que o autor, um SOBREVIVENTE de uma das maiores, senão da maior, demonstração de FALTA DE HUMANIDADE, de GENOCIDIO poderia ter escrito de outra forma ?


"No ano passado, a esta hora, eu era um homem livre; fora da lei, porém livre, tinha nome e família, uma mente ávida e inquieta, um corpo ágil e saudável. Pensava em muitas coisas, todas tão longínquas: no meu trabalho, no fim da guerra, no bem e no mal, na natureza das coisas e nas leis que regem as ações humanas e também nas montanhas, em cantar, no amor, na música, na poesia. Tinha uma imensa, arraigada, tola confiança na benevolência do destino; matar, morrer pareciam-me coisas estranhas, literárias. Os meus dias eram alegres e tristes, mas eu tinha saudade de todos eles, todos eram cheios, positivos, o futuro estava à minha frente como um tesouro. De minha vida de então, só me resta o que basta para sofrer a fome e o frio; já não sou vivo o bastante para ter a força de acabar comigo."
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Felipe770 20/07/2021

Pesadíssimo relato sobre a brutalidade dos campos de concentração. A gente se sente um pouco do Ka Ba, nos Blocos, e o frio do inverno polonês entra nos ossos junto com a descrição da realidade do que sofreram judeus e outros presos. Vale muito a pena.
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Karina.Carvalho 02/08/2021

Soco no estômago
Livro forte, desses que nos dão um soco no estômago.
Foi uma descrição muito minuciosa e imagino o quanto não foi difícil para o autor reviver os momentos, a fome, o frio, e os pensamentos que ele tinha naquela época.
Livro necessário para nos ensinar que não há limite para a maldade humana contra outro ser humano.
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Lorena 05/09/2021

triste!

é só o que posso dizer.
ao contrário dos muitos livros sobre a segunda guerra que li, e chorei, nesse não me veio as lágrimas. talvez pela escrita do Primo, foi tudo tão cru, eu me senti anestesiada. tentei imaginar o inimaginável, viver naquelas condições sem vida. fiquei com aquela tristeza quase palpável dentro do peito, uma amargura! acredito que é realmente isso que Primo quis passar, ele já não sentia nada ali, ele já não era um homem.

?já não sou vivo o bastante para ter a força de acabar comigo.?

?
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Lari Guimarães - @lendocomanatureza 09/09/2021

leitura intensa!
Apesar de ser uma obra bem curtinha, essa leitura foi bem difícil e delicada para mim.

Se você gosta de ler obras sobre segunda guerra e biografias, super indico esse livro. Mas já deixo avisado que é muito forte!
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Bia 10/09/2021

é isto um homem?, é o testemunho dos horrores vivido por Primo Levi no campo de concentração em Auschwitz.
No testemunho ele nos apresenta o dia a dia de humilhações, assassinatos, fome e trabalho duro.
Tudo o encarregou de desumanizar o que antes era um homem.
É um relato forte, triste onde conseguimos saber como funcionava os campos de concentração.
O livro nos deixa perplexo com tudo o que aconteceu.
Escrita fluida muito boa a leitura.
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Higor Flávio 11/09/2021

Maravilhoso
Livro que gera empatia, um misto de sentimentos e questionamentos sobre a vida. Recomendo muito para quem quer aprofundar um pouco na subjetividade daqueles que já viveram o campo de concentração. Livro de uma história real.
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