O Pai Goriot

O Pai Goriot Honoré de Balzac




Resenhas - O Pai Goriot


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Yago 26/06/2010

O Pai Goriot.

Um livro perturbador. É impossível chegar ao cabo dessa obra-prima sem nos sentirmos atordoados pela história. A devoção que o Pai Goriot sente por suas filhas, que sempre lhe retribuíram com a negligência que a vergonha traz, pode parecer um tanto piegas ao início, mas serve para mostrar a estrutura da sociedade francesa pós-revolução, na qual a burguesia não era só movida pelo dinheiro, mas também pelo anseio de tornar-se nobre.
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O jovem Eugène Rastignac mora em uma pensão burguesa. Não é nem um pouco luxuosa, no entanto, é o que pode pagar. Seu desejo é se inserir nas altas camadas sociais de Paris. Para tal, não hesita em pedir empréstimos, pedir dinheiro à sua família e até mesmo tentar algum romance (o qual não dá em nada). Graças à sua prima, Sra. Beauséant, conhece Dalphine, uma baronesa filha de um homem rico graças à venda de trigo. Esse homem, o Pai Goriot, mora na mesma pensão de Rastignac e é acossado por todos que nela vivem.
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Ao tomar conhecimento do parentesco de seu vizinho com sua a sua nova adorada, o jovem Eugene passa a se interessar bastante pelo Pai Goriot, tornando-se, assim, objeto de seu afeto.
A partir daí a história se desenrola, e contar algum detalhe além disso seria estragar o prazer de ouvi-lo diretamente do grande mestre Honoré de Balzac, que soube criar uma obra perturbadora e fascinante!
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Tatiana 26/02/2010

Indignação
Esta foi a sensação que tive ao terminar de ler o livro. Fiquei triste com o destino do velho Goirot! Que raiva das suas filhas!! Fiquei indignada com a ingratidão delas!!! Ao mesmo tempo fiquei encantada com Balzac! Que história marcante!

Não é a leitura mais fácil que já fiz... Balzac é super descritivo e esta característica às vezes me cansava... Mas valeu pela experiência! Foi bem significativo!
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cid 08/02/2010

Rousseau e o mandarim
Do livro o pai Goriot, o que me ficou mesmo, alem da estória de ingratidão filial , foi a conversa entre os estudantes Rastignac e Bianchon no jardim de Luxemburgo.Os amigos comentam Rousseau lembrando a passagem em que ele pergunta ao leitor o que faria no caso de poder enriquecer ao matar, apenas pela vontade um mandarim na China , trocando a vida de alguém por riqueza material. Eles discutem se o mandarim seria velho ou jovem , doente ou saudável e todas as coisas boas que poderiam fazer com o dinheiro, como ajudar a família.E afinal Bianchon , conclui que a nossa felicidade encontra-se sempre em nós mesmos , a percepção intrínseca é a mesma e independe de dinheiro. E termina o debate dizendo : Concluo pela vida do chinês . Em vários momentos , em que os estudantes se encontram eles se perguntam E então, matamos o mandarim ? Esse dilema, que reflete a orientação de vida, foi o que mais me impressionou no livro, e muitas vezes eu também pergunto se o mandarim ainda vive feliz em alguma parte da China.
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ale 25/07/2009

Um golpe profundo na individualidade pós- moderna
Tão atual, tão destrinchador do que era e viria a ser a crescente individualização da modernidade, pós-modernidade, e, os emos que me perdoem (vocês são apenas um pífio regurgito de uma pretensa volta ao sentimento) , mas acho que do muito que nos seguirá. Os lamentos pungentes do Pai Goriot são os lamentos do sentimento desencantado e desencarnado, que não fazem nada senão sofrer e estertorar na nossa sociedade, no nosso mundo cada vez mais distante da humanitas.

Comecei a ler o livro de má vontade, foi um dos que adiei a leitura na comédia humana. Pensei que ia me identificar com as filhas. Quando vi, era o pai Goriot.

Que horror, amar tão devotadamente pessoas que não tem profundidade nem para perceber as primícias do afeto, que sofrimento, receber a cada dia a ingratidão e a cobiça como resposta aos seus mais caros e sagrados sentimentos.

Ao mesmo tempo, como no poema A Flauta Vértebra de Maiakovski, sentir como Eugênio que o único modo de não sucumbir de dor é mudar, e essa mudança com todas as dores e náuseas possíveis não é empreendida por nós, nos é forçada goela abaixo. Dia a dia. A canção que toca a flauta não foi escolhida por nós, no entanto, está em nossa medula, Para uns o sucesso metrossexual ou a prostituição "de charme" capitalista, para outros, um calvário de amargura crescente e inevitável.

Mas o melhor é Vautrin. Não o pintarei. Não posso, não tenho forças nem profundidade. Apenas digo que como mulher, me sinto feliz de não ter cruzado seu caminho. Se pudesse ser homem, daria tudo para obter sua atenção, sentar com ele em uma estalagem, diante de um belo guisado e passar a noite ouvindo-o e tomando um belo borgonha, claro, acompanhado de figos da Provence.
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Geógrafo da Alma (Poeta) 15/04/2009

Excelente obra que aborda o perfil psicológico da nobreza parisiense da época, onde os jogos de interesse e uma gama de comportamentos dúbios nos leva a reflexão. Ainda hoje no âmago das elites, provavelmente caprichos, mesquinharias e vergonha de suas origens ou de seus familiares ainda persiste. Vale a pena a leitura.
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Cíntia 28/02/2009

Na maioria dos livros que li de Balzac, os personagens de má índole terminam muito bem. E os que procuram ter comportamento exemplar se dão muito mal. Isso é o que Balzac pensava da sociedade francesa da época (1700 e bolinha).

As estórias de Balzac são ótimas. Para quem gosta da fase realista de Machado de Assis e Eça de Queiroz. Entretanto mostram a descrença do autor. Confesso que fiquei deprimida ao ler alguns livros de Balzac.
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