livrosepixels 26/04/2024Cuidado com o que você escolhe...Fiz a releitura do livro devido a adaptação que chega na Apple TV + agora dia 8 de maio. Como não lembrava de muita coisa, resolvi refrescar a memória. E olha, apesar dos problemas que relatei da outra vez (como o final) de umas coisas a mais que notei agora nessa segunda vez, Matéia Escura ainda é um dos meus livros favoritos.
Nesse novo mundo, Jasson tem exatamente a vida que deixou no passado, mas logo ele descobre que esse "eu" não é o seu "eu". É um outro, de uma outra realidade, e que possui um objetivo mais "obscuro", vamos assim dizer.
Partindo da premissa de que cada escolha que fazemos gera uma realidade paralela oposta a escolha (ou seja, se você escolhe atravessar a rua da esquerda para a direita, uma realidade alternativa surge e nela você atravessou da direita para a esquerda), mas que só podemos vivenciar a realidade que observamos (e escolhemos), acompanhamos o personagem Jason um dia sendo confrontado com o seu sequestro e mistérios envolvendo um antigo projeto seu.
Muito antes de o tema Multiverso virar modinha com a Marvel, Matéria Escura já abordava esse conceito muito bem, afinal, foi lançado pelo menos 3 anos antes de o tema estourar no cinema com os filmes dos heróis.
Mas ainda que apresente infinitas possibilidades, o autor nos proporciona boas reflexões sobre decisão, escolha, arrependimentos e rumos que tomamos na vida. Se cada ação nossa tem uma consequência, então quantas versões e "variantes" de nós podem existir? Milhares? Milhões? Infinitas?
O livro tem um ritmo frenético e você pode muito bem ler ele em um dia apenas se estiver disposto a isso. Mas não posso deixar de pontuar algumas coisas que me incomodaram na releitura. Dessa vez pude notar que as várias versões de universo que Jason e Amanda visitam começam a se tornar um pouco chatas, já que sabemos que não é a realidade ele, então não estamos interessados em perder tempo ali. Além disso, há momentos em que o autor para para tratar mais de romance, do que da tensão em si.
Outra coisa também que acho que fez falta na trama seria mostrar o ponto de vista da Daniela mais vezes, já que aos poucos ela começa a notar as diferenças na sua relação em relação ao que era antes. E o final, bom, igual da primeira vez: poderia ser melhor.
Sabendo que adaptação da Apple TV+ vai ter o autor como produtor e/ou roteirista, estou confiante que vai ser bem feita. Como exemplo, cito a série Silo, onde o autor do livro Hugh Howei, que ficou muito bem feita.
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