ana :) 11/01/2024
Estou aqui e agora
"Havia mais de sete bilhões de pessoas na Terra... a possibilidade de voltar a se encontrar com alguém em outra vida podia ser reduzida a um simples cálculo estatístico? Ou o caminho de uma alma obedecia a um padrão, como as linhas de um mandala?" (p. 194)
Acredito que coloquei esse livro na minha lista de leituras pela temática de almas gêmeas, mas demorei um ano para tirá-lo da estante e lê-lo. Como pude demorar tanto? Que livro fantástico!
Atormentado por sonhos desde a infância, Bryan passou por diversos psiquiatras que em vão tentaram medicá-lo e curá-lo. O que Bryan tinha não havia cura, o menino que se tornou homem com cada vez mais sonhos era acometido por lembranças de pessoas que já tinham feito suas passagens. Não apenas rememorava momentos de almas passadas, mas adquiria seus traumas, habilidades e crenças. Ao mesmo tempo, Linz sofria com recorrentes pesadelos de uma mulher queimada viva pelo exército romano.
Bryan utilizou da pintura para expressar as vidas lembradas e foi por meio dela que encontrou Linz.
"Existe uma razão para termos nos encontrado de novo. Existe uma razão para termos nos lembrado de outras vidas. A jornada não começou com a gente, nem com Michael e Diana. Estamos presos em um ciclo e precisamos enxergar além dele." (p. 301)
E disso os dois se juntam para desvendar esse emaranhado de sonhos conectados. Por meio de Michael e DIana, descobrem que parentes próximos escondiam momentos traumáticos e decisivos para um objetivo. O objetivo iniciou (mais ou menos, na verdade) em 10.000 a.C. no Egito e ainda no século XXI atormentava almas que tornavam a se encontrarem e ocasionavam conflitos.
"O amor os acompanhara através dos séculos, os guiara pelos caminhos da vida e os ajudara a se lembrarem um do outro. O amor fizera desaparecer uma diferença de dez mil anos." (p. 370)
A escrita da autora prendeu minha atenção que não conseguia largar o livro até saber o que cada novo sonho iria representar para a história e como ele apresentava semelhanças com outros. No final, a reviravolta do caso Conrad-Finn me pegou de surpresa, apenas isso que queria que tivesse tido maior desenvolvimento, foi muito rápido.
O gostinho de quero mais do último capítulo funcionou perfeitamente. Como assim não existe outro livro com a saga de Bryan, Linz e Irmandade de Hórus?
"O tempo se move em círculos. Um dia, haverá um modo de voltarmos a este momento e consertar as coisas. Viveremos várias vezes, adquirindo mais sabedoria e ajudando a humanidade a se preparar para receber este legado enquanto encontramos a forma de voltar a esta situação. Temos apenas de nos lembrar deste passado em nosso futuro... e, quando conseguirmos e o dois se tornarem um, então Hórus voltará para nos ajudar a curar o mundo." (p. 343)