Erick 06/06/2021
É um livro com animais de características humanas cujo humor e alguns eventos são pesados demais para ser recomendado ao público mais jovem, porém um tanto bobo em excesso para atrair um grupo mais velho... O conheci e o li após ver o próprio Léo Lins falar dele em um podcast, e ao final de suas 160 páginas não nego que teve partes bem pensadas e interessantes (a questão das baratas não se darem nomes para evitar criarem afeição entre si, por exemplo, já que elas morrem direto, ou muitos animais terem traços em suas personalidades relativos às suas respectivas espécies e nomes, e ainda boa parte das várias referências a eventos e pessoas no mundo real), porém isso se mescla numa historinha que por vezes o narrador traz piadas ou de mau gosto (homofóbicas, racistas...) ou então, simplesmente inseridas de modo forçado demais só para ter alguma citação aos vícios do cotidiano humano ou a uma celebridade, como se fosse uma apresentação de stand-up.
De todo modo, os momentos em que o humor acerta no ponto, e os instantes de seriedade e reflexão esparsos cá e lá fizeram com que no final eu ficasse com uma impressão mais positiva do que negativa após terminar de lê-lo. Dificilmente o recomendarei para alguém no futuro - certeza que não irei -, mas também não considero ter gasto tempo à toa com ele (o que me fez gastar tempo mesmo foi o app de navegação horrível onde o achei para ler...).