Juliana Failli 03/10/2019
Kathelyn Stanwell, é filha de um conde e seria a debutante perfeita, exceto pelo fato de odiar a nobreza e idealizar o sonho de escolher o seu próprio destino. Quando vai a um baile de máscaras, ela conhece um misterioso homem. Acreditando que ele não faz parte da nobreza e nunca mais vão se encontrar, Kathelyn o convida para entrar no jardim - passeio que pode custar sua liberdade e seu sonho.
Segura de que nunca mais vai encontrá-lo, ela se surpreende quando descobre que ele é Arthur Harold, o famoso duque de Belmont. E o que parecia uma noite de aventura, se torna uma paixão avassaladora. Prometida ao duque em segredo, eles vivem momentos intensos e cheios de amor, até que ela aceita se casar com ele por vontade própria. Tudo ia muito bem, até que um grande mal entendido acontece e é aí que a inveja fala mais alto e decisões erradas são tomadas.
Diferente dos livros desse gênero, aqui não temos felicidade o tempo todo. Longe disso: é muito sofrimento! Quando eu acreditava que não podia piorar, a autora conseguia me surpreender. Quantas decisões erradas foram tomadas deixando a felicidade muito distante. Uma estória nada previsível, que aos poucos ia arrancando um pedacinho do meu coração. Um caso de amor e ódio!!!
Vi algumas resenhas bem negativas sobre o romance e até concordo que seria um relacionamento bem abusivo nos dias de hoje. Porém, no livro, estamos em 1840, onde a protagonista é bem a frente do seu tempo, sendo ousada e muito determinada e temos o mocinho que foi criado para ser duque, então tem regras sociais a seguir, além de uma sociedade injusta que julga e condena. Também tem o fato do período em questão retratar uma sociedade machista.
Podemos colocar a culpa em Arthur por ter sido tão babaca e covarde? Podemos!
Podemos colocar a culpa no pai de Kathe, por se importar mais com seu nome do que com a própria filha? Podemos!
Podemos colocar a culpa nas atitudes inconsequentes de Kathe? Também podemos!
Mas podemos parar e enxergar todos os lados e perceber que isso realmente acontecia naquela época e, então, agradecer pela evolução que aconteceu para nós, mulheres.
Babi tem uma escrita maravilhosa, os personagens são bem construídos e interessantes. Senti que no final o livro ficou com algumas "pontas soltas", mas já descobri que essa história tem um spin off - "A sombra da rosa" - e eu estou louca pra ler e descobrir como foi esse desfecho com detalhes!