O gigante enterrado

O gigante enterrado Kazuo Ishiguro




Resenhas - O Gigante Enterrado


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Vinicius 05/02/2022

Não esperava e por isso achei tão bom.
"O gigante enterrado" é tudo que eu não esperava. Ele é surpreendente. E diria que, no início, ele surpreende de uma forma negativa. A narrativa é gostosa, mas você não se cativa por qualquer personagem, todos eles parecem comuns e há sempre aquela imagem de que já os vi em algum lugar (em alguma outra história).
A fantasia está ali, há dragões, ogros, magias, mas nada disso é central na obra, o autor explora isso de forma muito superficial. O foco do livro é a mensagem e nisso ele surpreende muito e de forma extremamente positiva.
Ishiguro mostra como as relações de amor, vingança, ódio e amizade estão ligadas a memória. Memória de coisas que aconteceram entre você e a pessoa amada e memórias que foram implantadas em você por seu antepassados. Os bretões e saxões no livro são tribos que convivem em harmonia, mas ela pode ser desfeita se lembrarem do que já se passou entre eles. O que você sente em relação a uma pessoa que gosta pode mudar, se você simplesmente se fixar em uma memória ruim e há sempre memórias ruins (a não ser que as esqueça com magia).
Foi isso que extraí da leitura. Para o perdão verdadeiro, além de desculpar, preciso esquecer. Enterrar a mágoa, como o gigante enterrado.
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Yuri 24/02/2022

Quem é o Gigante que jaz enterrado?
O Gigante Enterrado é o sétimo livro de Kazuo Ishiguro - autor laureado com o Nobel de Literatura em 2017. Após um hiato na produção literária de 10 anos, o autor retorna com uma proposta inédita em sua obra: se aventurar no território ilimitado da fantasia. Mas será que se trata de pura e simples fantasia mesmo? Ou o elemento mágico presente na trama funciona mais como uma alegoria, atribuindo um tom de parábola à narrativa?

A trama é ambientada em uma Inglaterra pós-arthuriana, onde a magia é parte inerente da rotina dos habitantes. Fadas, trolls, ogros, dragões e outras criaturas míticas integram o cenário tal como árvores, rios, pedras, montes e precipícios. A terra é dividida entre comunidades de bretões e saxões, que estão numa aparente trégua das guerras passadas.

Há uma misteriosa névoa que assola a região. Responsável por um esquecimento generalizado, a névoa torna a memória dos indivíduos num labirinto: só se pode entrever o passado em pequenos fragmentos embotados, confundíveis com um sonho qualquer. Nesta condição de desmemoriados, encontramos nossos protagonistas, os mais improváveis em uma obra fantástica: um pacato casal de idosos, Axl e Beatrice.

Poucos sabemos da vida pregressa desse casal, tampouco eles próprios. Lembrando-se subitamente da existência de um filho perdido, eles decidem partir à sua procura. Nesse o momento, o leitor também parte nessa caminhada por terras bravias, sem saber qual destino nos aguarda, numa singela alegoria à própria vida (ou ao final dela?). Para se lembrar do filho, é preciso que a névoa do esquecimento acabe. No entanto, será que é mesmo uma boa ideia despertar memórias silenciadas? Qual é a real importância que as memórias (ou a falta delas) têm nas nossas vidas? Será que a verdade vai permanecer sendo verdade após a volta da memória? Quais cicatrizes o gigante que estava tão profundamente enterrado irá suscitar quando se reerguer?

O Gigante Enterrado é um livro denso. Engana-se quem se contenta apenas com a superfície. O romance é repleto de camadas, metáforas e espelhos. A magia está presente tão somente para ilustrar e tornar mais fácil as discussões sobre a natureza humana e, sobretudo, sobre as relações humanas. A jornada do herói aqui não é necessariamente a superação de um obstáculo hercúleo, afinal aqui a jornada já se inicia perdida, frustrada, é o final da vida. Antes a caminhada se faz dentro dos personagens, totalmente intimista, é o olhar para dentro, da névoa interior, em busca de uma resposta urgente agora que falta tão pouco tempo para o fim da linha.

A memória e a morte talvez sejam os maiores temas aqui, não obstante o livro não se esgota e consegue abranger diversos outros temas: amor, velhice, hipocrisia, guerras, xenofobia, intolerância religiosa e cultural. Todos esses elementos alinhados e conduzidos por uma escrita lenta, poética, melancólica e, principalmente, contemplativa. Não raro o leitor vai se perceber preenchido por uma nostalgia nada bem definida, como uma “névoa”.

Gostei muito do livro e recomendo. Não é uma leitura que vá agradar a todos, especialmente àqueles leitores mais costumeiros de fantasia que possam adentrar esta obra já com certas expectativas. No entanto, vale a pena se debruçar sobre esse quebra-cabeça incrível que o autor criou e perceber suas próprias memórias encaixando-se uma às outras, paulatinamente formando um fio narrativo.
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Lulys 06/03/2022

Fantasia e realidade
A narrativa é construída através de uma história de guerreiros e dragões, mas fala muito sobre a humanidade. Qual a importância de lembrarmos e de esquecermos? Lealdade, amor, amizade... tudo isso é tratado nesse livro
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karinacardoso 27/04/2022

Interessante
A escrita do livro me incomodou um pouco, principalmente o excesso do uso de adjetivos, além disso, fantasia não é o meu gênero favorito, mas a história em si traz muitas questões interessantes relacionadas à vida em sociedade e isso faz com que a história se torne menos cansativa.
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Tati Vidal 08/05/2022

Pitoresco
Nunca tinha lido nada do Kazuo antes.

Peguei esse livro achando q seria uma fantasia das que curto e fui surpreendida. Não era, mas ainda assim era bom.

Um casal de idosos sem memorias viaja rumo a terra que agora está seu filho. Eles tem pouca lembranças, assim como seu povo, que meio que humilha eles. A viagem é recheada de curiosidades e vc vai meio captando uma mensagem aqui e ali, mas nada muito claro.

Quando chega ao final, é tudo tão fofo e melancólico que acabei vertendo algumas lagrimas.
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Maria Bia 23/05/2022

O preço da memória
Um livro que tráz várias reflexões e metáforas ao longo do enredo, impossível terminar essa história sem refletir sobre o amor, as memórias, censura, ódio e mt mais.
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Stephanie.Faralli 19/04/2023

Achei o livro confuso. Diversas vezes tinha que voltar a leitura para entender o que realmente estava ocorrendo.
Tenho a impressão que essa confusão é proposital para nos colarmos no lugar dos personagens que por algumas razões também se sentem confusos e principalmente, se esquecem muito do seu passado.
Mesmo com essa confusão proposital, achei a leitura difícil e por isso dei poucas estrelas avaliação, mesmo sabendo que foi um livro vencedor do prêmio Nobel.
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Andre 25/04/2023

Sobre memórias, passados e aventuras
Kazuo Ishiguro nos transporte para um mundo pós rei Arthur, onde a memória das pessoas está fragilizada e ninguém sabe os motivos.
Neste terra, um casal de idosos decide recuperar a distância do único filho e acabam participando de aventuras com guerreiros, cavaleiros, monges e dragões.
Um livro denso, com uma narrativa incomum, na que nos faz refletir sobre nossas memórias, nossos passados e emoções.
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Ingrid.Sombra 24/07/2023

O gigante enterrado
Meu segundo livro do Nobel de Literatura Kazuo Ishiguro. Soube que foi sua primeira incursão no estilo da fantasia, e é claro que o resultado foi mais uma obra incrível. Aqui, o vemos usar um contexto fantástico para fomentar uma reflexão que pode muito bem ser aproveitada por qualquer um de nós. Além disso, as raízes britânicas do autor estão expostas nesse mundo de bretões, saxões, dragões e cavaleiros da távola redonda. Creio que as principais questões levantadas pelo autor são sobre o papel da nossa memória na constituição de nossas personalidades e afetos. Será que somos os mesmos ainda que destituídos de nossas memórias? Nossos vínculos serão os mesmos? Há algo de intrínseco a tudo isso? Além disso, cada personagem adiciona à trama suas próprias questões de existência, enriquecendo a narrativa. Longe de nos dar uma resposta já digerida, Ishiguro convida o leitor a pensar em suas próprias conclusões, a partir das jornadas de Axl, Beatrice, e seus companheiros. Recomendo.
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Isa 18/08/2023

Eu comecei esse livro depois de uma ressaca literária das grandes, dá até pra dizer que ele foi o que me motivou a voltar com o hábito de leitura. Eu acho que demorei uns bons dois anos pra terminar esse livro, totalmente por minha culpa e nada pelo livro.

É difícil de explicar e talvez também seja pra entender, mas eu lia, gostava do que estava lendo, parava e demorava pra voltar por nenhuma outra razão que não a vida acontecendo. Mas era bom voltar, e continuar com a história na cabeça, pensar nos personagens e ter saudade, e querer voltar pra saber como tudo iria acabar.

Conforme o tempo ia passando eu acabei criando uma certa expectativa pro final, e cara, ela não foi atendida. Depois que o sentimento de frustração foi superado, eu até gostei e entendi o porquê do final aberto. Sem contar as analogias que podem ser feitas entre o hálito da querig e o tempo, tudo isso foi desafiador e aconchegante de uma forma estranha pra mim. Enfim, eu não sei muito sobre o autor, mas ele realmente foi incrível nesse livro. Leia e veja.
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Ingrid fields 24/11/2023

Poético
O livro é cheio de metáforas e até bonito mas não sei se é meu estilo de leitura ou talvez eu só não esteja acostumada mas achei bastante lento, já tinha começado a ler outras vezes e não conseguia terminar.
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