Êxtase da Transformação

Êxtase da Transformação Stefan Zweig




Resenhas - Êxtase da Transformação


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Aline 25/12/2019

Do céu ao inferno
Adorei o livro começando pela escrita do autor, que traz uma narrativa leve, sem exagero nem falta de descrições. A melancolia marca essa história e no ato da leitura sentia que estava vivendo os mesmos sentimentos e agonia dos personagens, principalmente a protagonista. O história me fez lembrar "Madame bovary" e acredito que o final não revelado deva ter seguido a mesma linha trágica do clássico.
Foi uma leitura válida!!!!
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Gláucia 19/12/2019

Êxtase da Transformação - Stefan Zweig
Christine é uma pobre funcionária dos correios, vivendo as agruras do pós guerra de uma Áustria devastada. Recebe um convite de uma tia rica para passar suas férias na rica e luxuosa região dos alpes suíços e lá descobre um mundo de glamour e brilho, completamente o oposto de sua vida opaca numa pequena aldeia austríaca onde cuida de sua mãe doente e luta por seu sustento. Ela nunca mais será a mesma, esses poucos dias a transformaram e a partir de agora será mais difícil suportar a vida que vinha levando.
A narrativa é extremamente envolvente, desde as primeiras linhas percebemos que nada vai terminar bem e li relativamente rápido a fim de saber logo o que Christine faria após seus ilusórios dias dourados. Foi meu segundo livro do autor e foi igualmente maravilhoso.
I Danielle I 19/12/2019minha estante
Adorei tua resenha! Tenho muita vontade de ler esse autor!


Gláucia 19/12/2019minha estante
Eu li um de novelas da Zahar e amei!




Conça 13/12/2019

Minhas impressões, opniões e sentimentos...
4.7

Zweig nasceu em Viena, em 1881, no seio de uma típica família judaica da alta sociedade. Seu pai em um bem sucedido fabricante têxtil, e Stefan, convicto de sua vocação para a literatura desde muito cedo, revisou enfrentar a tradição familiar para não seguir os negócios do patriarca. Usava todo seu tempo livre para ler. Um dos maiores escritores europeus de seu tempo. Encontrou refúgio no Brasil após fugir do nazismo. Mas seu amor à pátria destruída foi mais forte e o levou à depressão e, posteriormente, à morte.

Êxtase da transformação é um romance que retrata com detalhes o impacto social da Primeira Guerra, o cenário de miséria que assolou incontáveis famílias. Ao mesmo tempo, explora as nuances e o universo íntimo maculado por esses processos exteriores e que resultam em depressão, ansiedade, sentimentos de exclusão e não-pertencimento, conferindo ao livro uma notável camada de complexidade psicológica.
Partindo dessa premissa, eu sabia que esse romance revelaria muito mais de Stefan Zweig.

O romance se passa em 1926, e a protagonista, Christine Hoflehner, é uma jovem de vinte e oito anos que trabalha como funcionária dos correios em uma pequena vila austríaca. Após ter perdido o pai e irmão na guerra, passa a viver com a mãe, uma mulher enferma. Christine, que nunca vivera nada extraordinário nem jamais saíra da terra natal, experimenta um abatimento advindo de sua dura vida em uma rotina entediante, sentindo-se tão derrotada quanto seu país em crise. Após um convite inesperado de sua tia, ela é lançada em um mundo repleto surpresas.

Narrativa de fácil entendimento que contribuiu bastante para o acompanhamento de toda a trajetória do enredo envolvido.

Christine chama atenção em vários aspectos, mas o principal é a variação de sentimentos que circundam as pessoas com deficiência na desigualdade social. Ela tem a oportunidade de sonhar após o convite da Tia. Mas, no regresso é tomada por grande decepção e revolta, natural de qualquer ser humano independente de raça, classe social e posição religiosa.

De várias impressões que tive a oportunidade de perceber na leitura desse romance, do começo para o meio da leitura, comecei a cogitar que era dois romances com objetivos diferentes. Porém, com a continuidade cheguei a conclusão que algo seria revelado como um enorme desabafo. E ao ler as notas suplementares percebi que minha conclusão estava correta. Na minha mais pobre das opniões, esse romance é uma grande arma carregada de munições para abrir nossos ideais quanto ao Estado e o que ele exige de cada cidadão, bem como, o estado psicológico das pessoas que estão entre as perdas e o ganhos de nosso cotidiano.

Recomendo a obra sem sobram de dúvidas a título de esclarecimento para os reflexos de uma guerra declarada e para o olhar do que não nos pertence.

Ah...antes que esqueça, me encantei com o mimo desse kit.
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Fabi.Filippo 10/12/2019

Que livro !!
Eu simplesmente adorei esse livro. Nunca tinha ouvido falar do autor e qual foi minha surpresa ao saber que o bordão ? Brasil país do futuro? foi inventado por ele.
Stefan Zweig era austríaco e chegou ao Brasil em 1936 , se suicidou em Petrópolis em 1942 e os manuscritos do livro foram achados em sua casa após sua morte. Pelo que li se suicidou durante a segunda guerra ao perceber o avanço nazista e concluir que a humanidade havia acabado.
O livro se passa na Áustria devastada após a primeira guerra, e mostra a vida de Christine uma jovem de 28 anos, funcionária pública , miserável que cuidava de sua mãe doente. Christine recebe o convite de sua tia para passar uns dias nos Alpes Suíços e lá conhece uma vida que nunca pensou existir.
De início ela tinha até medo mas depois fica tão feliz mas tão feliz que sente até que sua alma muda :
- ?Começa a suspeitar que nossa alma é urdida de um material misteriosamente sutil e maleável, que uma única experiência é capaz de expandi-la até o infinito, e todo um universo cabe em seu minúsculo espaço?. Alguns críticos comparam essa parte do livro com um conto de fadas semelhante ao da Cinderela.
Mas outros não deixam de sinalizar uma crítica social , onde para uma pequena parcela ter beleza , dinheiro e berço é mais importante.
Isso é reforçado quando por inveja e mexericos descobrem a origem humilde da protagonista e a ridicularizam. E com isso as férias de Christine terminam antes do tempo.
O choque ao ter que voltar para a sua vida de outrora é tanto , que se transforma em ódio e agressividade.
Christine então conhece uma pessoa tão revoltada quanto ela, meio que se envolvem emocionalmente mas não conseguem se ajudar, muito pelo contrário , quando estão juntos só lamentam a vida que levam e alimentam o ódio ao sistema.
Planejam o suicídio porém planejam um roubo para tentar usufruir de uma vida que nunca mais acham que terão. O livro termina meio de supetão, parecendo que não foi terminado, mas mesmo assim não deixa de ser uma leitura excelente.
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Rodrigo Brasil 04/12/2019

Tantos temas num livro só
Parece duas histórias diferentes em um só livro.
Na primeira parte, acompanhamos a visita de Christine a um novo mundo. Um mundo de riquezas, de coisas boas, mas também de inveja e preconceito social.
Já na segunda parte, a protagonista é movida pelo ódio ao deixar o hotel luxuoso. Com diversas críticas socias e políticas, Zweig retrata a sociedade europeia no período entreguerras. Uma sociedade devastada, pobre e revoltada com o Estado.
Uma luta anti-sistema é travada entre a protagonista e seu companheiro, Ferdinand, no final do livro. O resultado dessa luta fica em aberto. Nada é revelado. Só sabemos que haverá o confronto.
Ana (Marta) 08/12/2019minha estante
Segundo a nota do Editor, o autor parou entre a primeira e segunda partes e havia até uma versão que seguia o mesmo tom do início do livro, mas que foi deixada para trás. Eu também senti a mesma coisa que você, como se fossem dois livros em um.




Adriana Pereira Silva 01/12/2019

Somos a média das 5 pessoas com as quais mais convivemos, produtos do meio
“Êxtase da transformação” relata as consequências advindas da 1ª Guerra Mundial na vida de pessoas que viviam em meio a ela na Europa, tendo participado ou estado ao lado de todos os acontecimentos e sofrido com o que dela restou e se mantém em seus meios. Mostra o seu impacto no meio e o cenário de miséria que assolou incontáveis famílias e o contraste com o mundo da alta burguesia.
Narra a história da inocente Christine, uma moça de 28 anos que nada vivera de feliz na vida, apenas perdas, de pessoas durante a guerra e devido a ela, e de posses, fazendo com que ela e a mãe ficassem privadas dos mais elementares bens materiais para poderem viver.
Christine é convidada pela tia que mora nos EUA, a passar as férias onde ela se encontra, num imponente hotel na Suíça, nas redondezas de Pontresina. Ela acaba sendo convencida pela a mãe a ir e poder descansar, pois há dez anos trabalhava e nunca havia tirado férias. Aceita e parte para viver uma nova realidade que muda toda sua vida.
No hotel descobre um novo totalmente novo para ela, que em sua inocência, era outro mundo com pessoas diferenciadas, onde não podia haver tristeza ou sofrimentos. Mas tudo não é bem assim, e com isso, descobre, bem amargamente, que não faz parte dele, mas sim de outro mundo, da miséria, pobreza e privação de sonhos.
“algo está acontecendo, [...] algo que a consciência em sua paralisia não entende, e é o seguinte: aquele novo ser, o outro, aquele ser artificial e duplo dos nove dias de sonho, aquela irreal e, no entanto, bem real senhorita Von Booler, está agora morrendo dentro dela. [...] Já não faz parte dela, nada daqui, deste outro mundo, superior, mais ditoso, agora faz parte dela, tudo agora se tornou estranho e emprestado como no primeiro dia.” (p.146)
“ela deve novamente entrar naquela pessoa morta, a Hoflehner!” (p.147)
Retornando à realidade do mundo real, não mais será a Christine antiga, agora, o que resta é o ódio por tudo e por todos, “de si própria e dos outros, da riqueza e da pobreza, de toda a vida, pesada, insuportável e incompreensível.” (p.158)
E com o tempo passando, descobre as alternativas que lhe restam e que se revelam à sua frente, definindo seu destino.
De toda essa história, o que fica como reflexão: o quanto a riqueza pode transformar, para o bem e para o mal. E o quanto o ser humano é capaz de se transformar e guardar mágoas e ódio diante do mundo. E o que isso pode fazer com uma pessoa. É o poder da sedução e o que isso pode nos transformar que é o perigo. E, assim, o quanto temos que estar atentos com o que as ilusões e decepções podem fazer conosco mesmos.


“É possível sentir falta de um lugar e, ao mesmo tempo, saber que jamais passaremos por seus portões, seja porque não pertencemos à classe certa ou não temos a cor de pele certa, a nacionalidade certa. Este é o cenário em que a nostalgia se transforma em ódio. Este é o cenário em que o paraíso se transforma em inferno.” (Aylet Cundar-Goshen)
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Wellington Carneiro 14/11/2019

Saber como o mundo é do outro lado pode ser uma maldição
O livro mostra que a ignorância pode, realmente, ser um benção. Será que aceitaríamos viver da forma que vivemos caso soubéssemos como os mais abastados vivem?
O trabalho dignifica. Devemos lutar pelo crescimento e futuro da nação...Mas por que alguns só podem colher o frutos dessa luta? Por que um massa precisa se dedicar, exclusivamente, ao cultivo desse sucesso? O livro levanta essas questões e mostra como a nossa visão sobre como é o mundo é fundamental para definir como reagiremos diante dele.
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Litchas 13/11/2019

Conflitos humanos em tempos obscuros
O autor demonstra seus conflitos pessoas próprios de quem vive entre guerras.
De início o livro aparenta certa ingenuidade mas aos poucos vai revelando com profundidade conflitos existencias dos que vivem na miséria.
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