douglaseralldo 18/06/2020
10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O DOSSIÊ ODESSA, DE FREDERICK FORSYTH OU SOBRE MONSTROS NÃO DEVEM NUNCA SER ESQUECIDOS
1 - O Dossiê Odessa é um primor aos fãs do gênero espionagem. Forsyth te submerge numa Alemanha pós-guerra de tal modo e consistência que sua fusão entre história e ficção não te permite muitas vezes dizer onde está uma e onde está outra. Para coroar todas as virtudes e valores de sua narrativa, soma-se a está "união" entre ficção e história, personagens verossímeis e permanentes e um enredo dinâmico carregado de adrenalina;
2 - No romance, Peter Miller, um jovem alemão da nova geração, filhos e órfãos da Segunda Guerra, é um repórter ambicioso e um tanto idealista, que a partir de um diário que lhe cai às mãos começa uma espécie de desnovelar, tal como Ariadne, um novelo de teia labirintítica e por demais perigoso, de tal modo que pode trazer à tona uma rede de proteção a ex-membros da mais monstruosa e terrível organização de Hitler, a SS;
3 - E aqui temos de fazer uma observação. Há diferentes formas de pensarmos os contextos históricos deste livro. Publicado originalmente em 1972, por si só é narrativa que já nos escapa algumas décadas na história. Na obra, temos a informação de sua contemporaneidade dos anos 70, contudo, sua ambientação dá-se nos anos sessenta, entre 1963 tendo a morte de Kennedy enquanto fundo e o ano de 64 por qual se avança a investigação de Miller. Já para sua época de publicação, a história de que trata a obra enquanto romance histórico está o recuperar das monstruosidades da Segunda Guerra Mundial, em especial a atuação da SS. Com isso, podemos dizer que para além da história intencional abordada por Forsyth, temos ainda acesso ao contexto histórico em que ambienta o romance, numa Alemanha dividida por muros e pela ameaça de guerra correndo por todos os lugares, em especial as bases do conflito entre Egito e Israel ;
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