Denise 21/04/2024Por que tão chato?Um clássico do Expressionismo alemão e da ficção científica mundial.
Metrópolis é uma cidade colossal, baseada na estratificação social onde os mais ricos vivem na parte superior e os operários nos andares mais baixos.
Joh Fredersen é quem comanda a cidade no alto da Nova Torre de Babel e controla os horários em que os operários entram e saem dos turnos de trabalho.
As máquinas fazem a cidade funcionar, são como deuses cultuados pela população; os trabalhadores são uma massa acrítica, alimento e sacrifício aos deuses-máquinas.
O governante pretende substituir os trabalhadores por robôs. Um protótipo é construído e ganha a aparência de Maria, líder religiosa por quem o filho de Fredersen se apaixona.
Enquanto Maria é casta, pura e prega a paz e a esperança em uma vida melhor, o seu duplo (a robô) é lasciva, perigosa e incita os trabalhadores a se revoltarem contra as máquinas, trazendo caos e destruição.
Infelizmente não gostei do livro. A escrita da autora é floreada demais, lotada de metáforas, todos os personagens são extremamente melodramáticos. A autora utiliza uma linguagem que não combina com a história, que pretende ser mais complexa do que realmente é.
Eu esperava uma ficção científica e encontrei um dramalhão religioso forçado, cheio de referências bíblicas.
A autora tinha ideais nacionalistas, filiou-se ao partido nazista e trabalhou fazendo propaganda do governo.
Apesar dessa mancha na biografia da escritora, Thea Von Harbou foi uma prolífica roteirista e Metrópolis é o seu texto de maior impacto na cultura pop.