z..... 07/03/2017
A HQ é realmente muito envolvente e legal. O protagonista da edição não é o Luthor propriamente dito, mas um jornalista frustrado (Peter Sands) que passa a investigar a verdadeira identidade do vilão em um clima crescente de suspense e revelações.
Remexer nesse passado nefasto, cheio de megalomania e egocentrismo (só para ter uma ideia, Luthor se acha um deus e odeia o Superman por roubar essa atenção dele), é um ato perigoso e quanto mais Sands descobre coisas, mais aterrorizado vai ficando ao despertar represálias.
O magnata tem uma reputação de filantropia, estrategicamente construída, e procurou tirar proveito da situação revertendo para algo que o beneficiasse. Só mesmo uma mente fria e calculista para dar o desfecho que a história teve.
Uma curiosidade final. Essa edição é de 1990 e, em um tom irônico correlacionado ao Luthor, o Donald Trump é citado por esquemas de negociatas e abuso de mulheres. Originalmente foi lançada em 1989 nos EUA.
Só não gostei da arte-finalização, que deixa a desejar nas ilustrações do uruguaio Eduardo Barreto (já falecido e com essa HQ considerada uma obra-prima em sua carreira).